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Caro Cidadão

MARIA ALICE DA CRUZ

O artista plástico Bernardo Caro: prêmios nacionais e internacionais  (Foto: Antoninho Perri)Bernardo Caro não tinha compromisso somente com a estética. Suas séries Homens x Protesto, Mulheres x Protesto, assim como a obra Silencioso Lembrar Negro, revelam a dedicação do artista plástico à produção de obras de caráter crítico-social. E 25 peças produzidas pelo artista nas décadas de 1960 e 1970 estão expostas, desde o último dia 6, na Galeria de Arte da Unicamp, na mostra Arte como protesto: a obra e Bernardo Caro nas décadas de 1960 e 1970. A exposição é parte do projeto de iniciação científica “Bernardo Caro: vanguarda campineira nos anos 60 e 70”, de Nara Vieira Duarte, quartanista do curso de artes plásticas, orientado pela diretora-associada do Instituto de Artes, professora Maria de Fátima Morethy Couto. Aluna e orientadora dividem a curadoria da exposição, que se estende até 12 de dezembro. 

Nara Vieira Duarte, estudante, e a professora Maria de Fátima Morethy Couto, orientadora: resgate de obras produzidas nas décadas de   (Foto: Antoninho Perri)As obras expostas, segundo Nara, referem-se a um período de questionamentos sobre a censura, a repressão, a sociedade e até as convenções artísticas. São obras de caráter crítico-social, que, invariavelmente, questionavam os atos do regime militar instalado no país. Estão reunidas na galeria antigravuras, pinturas e instalações, como Meninos de Papelão, premiada na Bienal Internacional de São Paulo (1973), que Nara reconstitui na Galeria de Arte. 

Nara não conheceu Caro em vida, mas orgulha-se de poder desenvolver seu projeto a partir do trabalho de um artista campineiro, que teve papel importante na história do país e que compõe o grupo de vanguardistas da cidade. O trabalho é parte de um projeto maior, coordenado por Maria de Fátima, intitulado Vanguarda Campineira: 1960 a 1970, que tem como objetivo o entendimento do diálogo estabelecido entre o movimento local e a vanguarda nacional. 

Além da relação com os projetos, segundo Maria de Fátima, as obras expostas foram escolhidas por corresponderem a um período importante para Bernardo Caro, no qual o artista recebeu muitos prêmios em salões e bienais nacionais e internacionais. “Foi um momento em que ele se lançou com paixão no campo da arte de cunho experimental”, acrescenta Fátima.

Para Fátima e Nara, além de prestar uma homenagem ao artista, proposta que já fazia parte da programação da Galeria de Arte, a mostra é uma oportunidade de lançar o projeto Vanguarda Campineira para a comunidade.

 

 

 

 

 
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