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Pesquisa da FCM avalia
qualidade do sono de idosos

RAQUEL DO CARMO SANTOS

A enfermeira Cláudia Lysia de Araújo (à esq.) e a orientadora, professora Maria Filomena Ceolim: “Ambientes oferecem mínina estimulação”  (Foto: Antoninho Perri)Estudo desenvolvido na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) apontou que idosos de uma instituição de longa permanência – os antigos asilos – possuem má qualidade do sono. A enfermeira Cláudia Lysia de Oliveira Araújo realizou a pesquisa na cidade de Guaratinguetá com 38 idosos, de ambos os sexos, maiores de 60 anos e que residem no local há mais de um ano. Entre os principais problemas para uma noite mal dormida relatados pelos entrevistados estão o levantar-se para ir ao banheiro, interrupções do sono durante a madrugada e despertar muito cedo. “Para o idoso, dormir bem é primordial para uma boa qualidade de vida. Muitos casos de quedas ou mesmo dores podem ser conseqüência de sonolência”, atesta a enfermeira, que é especialista em saúde do idoso.

Cláudia Araújo foi orientada pela professora Maria Filomena Ceolim e relata que nas visitas às instituições era comum ouvir queixas dos internos com relação ao sono. Sabe-se, segundo ela, que o ciclo circadiano é comprometido com o envelhecimento, pois os idosos não entram na fase do sono profundo, podendo ser despertados por um mínimo ruído. Não sonham, inclusive, como os jovens ou adolescentes, que podem chegar a dormir até 18 horas. Na pesquisa, no entanto, a enfermeira apurou que além deste fator, os internos são submetidos a movimentações excessivas dentro do ambiente em que está dormindo.

“O sono é fragmentado, pois há questões de luminosidade, por exemplo. Em geral, estão alojados em quartos com outras pessoas e, por isso, pode ocorrer uma movimentação capaz de causar a interrupção do sono”, explica. Outros problemas apontados por Cláudia Araújo seriam os cochilos vespertinos e a falta de atividade física e lúdica que favorecesse uma noite de sono mais intensa.

Nas considerações finais de seu trabalho, a enfermeira propõe a implantação de atividades para melhorar a qualidade do sono dos idosos sem que precisem recorrer a medicações. “Os ambientes oferecem mínima estimulação durante o dia e pouco contraste entre o dia e a noite. Por isso, 63% dos idosos têm padrões irregulares de sono”, esclarece. A pesquisa apontou ainda que quase 90% deles relataram demorar até 30 minutos para adormecer e 47% dormiam mais de sete horas por noite. (R.C.S.)

 
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