| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU |Edição 344 - 20 a 26 de novembro de 2006
Leia nesta edição
Capa
Opinião: 10 anos de Cemarx
Renda do brasileiro
Morfologia do trabalho
Retrato dos ex-alunos
'Unicamp Ventures'
Reencontro festivo
Adubo
Convivência em sala de aula
Espaço midiático
Maturação sexual
Coração
Saúde da Região Metropolitana
Painel da semana
Teses
Livro da semana
Longevidade empresarial
Vinho
 

6-7

Metade dos ex-alunos
da Unicamp está em
posição de comando

O reitor José Tadeu Jorge saúda 1.530 ex-alunos no Ginásio: até o bandejão despertou saudade. A maioria dos ex-alunos da Unicamp está empregada, considera adequada a formação recebida na Universidade, ocupa cargos de destaque, atua na área em que se graduou e tem índice de escolaridade acima da média. Os dados constam de pesquisa formulada pelo Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), órgão que coordenou o I Encontro de Ex-Alunos da Unicamp, ocorrido no último dia 11. Dos 1.530 ex-alunos que participaram do evento, 555 devolveram o questionário respondido. O levantamento não tem valor estatístico e foi elaborado com o objetivo de ser a primeira etapa de mapeamento sistemático que o SAE pretende fazer com os ex-alunos.

Levantamento mostra que 88,2% dos formados na Universidade estão empregados
e que 39% fizeram pós-graduação

A pesquisa mostra que 88,2% dos entrevistados estão empregados. Em um mercado de trabalho cuja tendência é de retração, este índice pode ser considerado muito alto. Apenas 2,5% dos entrevistados estão sem ocupação no momento. Outros 9,3% optaram por continuar seus estudos.

Não é só o alto índice de empregabilidade que chama a atenção na tabulação do questionário. Os números mostram que o ex-aluno está bem situado na hierarquia de seus postos e comprovam a vocação da Unicamp na área do empreendedorismo. Os percentuais de entrevistados que tocam seu próprio negócio (17,1%) ou ocupam cargo de direção (9,7%), gerência (14,9%) ou chefia (6,6%), quando somados, chegam a 48,3%. Os funcionários perfazem 43,5%. Os aposentados são 1,8%. Os demais 6,4% dos entrevistados optaram por não responder sobre a função que exercem.

A boa colocação no mercado pode ser explicada por três fatores que se inter-relacionam. O primeiro é o alto índice de satisfação do ex-aluno com a formação recebida na Unicamp, considerada adequada por 88,5% dos entrevistados. Apenas 0,5% afirmaram que o modelo de ensino da Universidade foi inadequado em relação ao exercício profissional, enquanto outros 7,5% responderam que o ensino foi adequado “em termos”. Outros 3,5% não responderam. Maria Teresa Rodrigues, organizadora do evento: surpresa com o alto índice de empregabilidade dos ex-alunos em tempos difíceis.

Outro fator é o grau de fidelidade dos entrevistados ao curso que escolheram. Segundo dados da pesquisa, 70,5% atuam em suas respectivas áreas de formação. Os demais ficaram divididos entre os 17% que responderam “em termos” e 9,1% que disseram estar trabalhando em outro campo que não aquele escolhido na graduação. Isso pode ser explicado pelo caráter multidisciplinar dos cursos oferecidos pela Unicamp, sobretudo quando o ex-aluno optou por continuar sua formação no nível de pós-graduação. Dos entrevistados, 3,4% não responderam à pergunta.

Com efeito, um expressivo número de ex-alunos fez essa opção. Chega a 39,3% a soma dos que fizeram ou estão cursando mestrado (22%), doutorado (10,9%) e pós-doutorado (6,4%). Estes números corroboram outra característica da Universidade, que detém a maior proporção de estudantes na pós em relação à graduação, no país: 48% e 52%, respectivamente. O percentual dos que cursaram somente a graduação na Unicamp, de acordo com o levantamento, é de 58%; outros 2,7% não responderam à questão sobre o nível de escolaridade.

Na opinião do pró-reitor de Graduação, professor Edgar Salvadori de Decca, os números do levantamento confirmam que a proposta acadêmica da Unicamp, que privilegia uma forte interação ensino-pesquisa, é altamente congruente. “Este alto índice de empregabilidade é um indicativo de que temos um ensino de graduação diferenciado”, avalia De Decca, ressaltando o investimento maciço da Universidade em bolsas-pesquisa e de iniciação científica. “Temos hoje aproximadamente de 1,2 mil bolsistas de iniciação científica na graduação”.

O pró-reitor observa ainda que a adoção do regime de dedicação exclusiva, no qual está inserido 87% do corpo docente da Unicamp, colabora para que o aluno tenha uma formação sólida. Pesa também, avalia De Decca, o fato de a qualidade ser um traço comum em diferentes cursos e períodos. Exemplo emblemático, menciona o pró-reitor, são os programas dos cursos noturnos que, ao contrário do que acontece em outras instituições, merecem a mesma atenção dedicada aos dos cursos diurnos. “Trata-se de um elemento importante. O ingressante menos favorecido economicamente, conforme mostram as estatísticas, conta com a oportunidade de fazer uma excelente graduação, colocando-se em pé de igualdade com os seus pares do diurno quando ingressa no mercado”.

De Decca ressalta a eficácia do programa de assistência estudantil, sem o qual, acredita, muitos estudantes teriam dificuldades de se manterem na Universidade por falta de condições financeiras. Segundo levantamento recente, 13% do custeio da universidade é direcionado para bolsas que auxiliam ou isentam o aluno em gastos com transporte, alimentação e moradia, entre outros, o que é bem acima da média nacional. Isso ajuda a explicar, segundo o pró-reitor, o baixo índice de evasão registrado. “Os dados da pesquisa refletem o acerto das políticas adotadas pela Unicamp. Elas fazem com que o aluno dê um salto em sua formação, do momento em que entra ao momento em que sai”.

A coordenadora do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), professora Maria Teresa Rodrigues, afirmou ter ficado surpresa com os resultados do levantamento. Três dados chamaram a atenção de Maria Teresa, que coordenou o I Encontro de Ex-Alunos: o nível de empregabilidade, o número de empresários e o reconhecimento, por parte dos entrevistados, da importância da formação recebida na Unicamp.

“Já tínhamos algumas pistas desse quadro, detectados intuitivamente em eventos que organizamos, mas desconhecíamos sua dimensão. A pesquisa serviu para referendá-los”, observa a coordenadora do SAE. Maria Teresa ressalta que o levantamento não reflete um quadro geral, e por isso será estendido a todos os 4,5 mil ex-alunos registrados no banco de dados do SAE. A docente revela que a prioridade hoje é ampliar essa rede de contato, trabalho classificado por ela de “complexo e demorado”. O objetivo da prospecção, segundo ela, é obter respostas detalhadas e, em última instância, saber o que eles esperam da Unicamp.

 

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