| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 343 -13 a 19 de novembro de 2006
Leia nesta edição
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Artigo: A festa dos ex-alunos
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Estudo sugere caminhadas
e musculação na menopausa

Valéria Monganha, aluna da Educação Física: voluntárias apresentam aumento da força muscular em pouco tempo (Foto: Antoninho Perri)Mulheres na menopausa devem fazer caminhadas e exercícios de musculação. É o que recomenda Valéria Bonganha, graduanda em educação física, em trabalho de iniciação científica orientado pela professora Vera Aparecida Madruga Forti, com bolsa do CNPq. Valéria fez uma avaliação da composição corporal em voluntárias e constatou que 80% estavam acima dos níveis considerados ideais, o que implica altos riscos para a saúde. Ela também submeteu as mulheres a um treinamento intensivo durante dez semanas e conseguiu uma melhora na força muscular e na capacidade aeróbia. Os resultados apontaram para um aumento maior do que o considerado significativo, ou seja, 5%, mesmo num curto período de treinamento.

Segundo Valéria Bonganha, as voluntárias adquiriram flexibilidade e resistência em uma série de atividades diárias, como realizar caminhadas mais longas até o supermercado e padaria, e subir e descer escadas. “Já se sabe que no período da menopausa há um aumento do peso corporal por conta da perda hormonal. Além disso, a mulher começa a perder funções importantes e é justamente neste ponto que os exercícios de musculação ajudam no ganho de força muscular”, explica. Inicialmente, a graduanda conseguiu 40 voluntárias, mas apenas 10 atendiam aos critérios exigidos para a pesquisa.

Em geral, as mulheres na faixa etária do estudo, entre 45 e 65 anos, escolheram atividades como a hidroginástica e as caminhadas. Uma justificativa, de acordo com Valéria, é o constrangimento por causa da idade, já que elas vêm a musculação como uma prática dos jovens. Na revisão bibliográfica, a pesquisadora encontrou poucos trabalhos sobre o treinamento para estimular a capacidade aeróbica em conjunto com a musculação. A partir da pesquisa, a maioria das voluntárias se mostrou incentivada a procurar uma academia e seguir na atividade. “A diferença foi visível, tanto no comportamento como nas respostas do questionário final”, afirma Valéria.

Nos testes, as mulheres que não faziam uso de hormônios apresentaram aumento de força muscular maior do que aquelas que ingeriam hormônios com freqüência. Outra vantagem já comprovada da musculação é a prevenção contra a osteoporose – doença nos ossos mais prevalente no sexo feminino e que não tem cura. Assim, quanto antes a mulher iniciar os exercícios, melhor, pois chegará na terceira idade praticando-os com independência, além de ter-se prevenido frente a problemas de saúde trazidos pelo envelhecimento.

Valéria Bonganha, que já preparou dois trabalhos de iniciação científica e um projeto de mestrado na mesma linha, dentro da Faculdade de Educação Física, agora vai submeter as mulheres a treinamento com suplementação de isoflavona e prebióticos. Ela explica que a isoflavona, por exemplo, está presente na soja e é ingerida em altas doses pelas mulheres orientais desde a infância, havendo entre elas uma incidência muito pequena de doenças relacionadas à menopausa. “Vamos observar o comportamento de oito grupos de voluntárias e observar se o efeito benéfico seria cumulativo ou pode vir em um curto espaço de tempo”.

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