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Degradação de petróleo é objeto de dissertação

RAQUEL DO CARMO SANTOS

A cirurgiã-dentista Marília Jesus Batista: jovens e adultos carecem de um trabalho de atenção (Foto: Antoninho Perri) Estudo realizado no Instituto de Química (IQ) isolou mais de 30 micro-organismos envolvidos na degradação de petróleo de amostras da Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. Os testes foram feitos a partir de uma colaboração com a Agência Nacional de Petróleo e Centro de Pesquisas da Petrobras, e os resultados interferem diretamente nos parâmetros de avaliação e detecção da origem do óleo. Segundo o autor da pesquisa, o químico Célio Fernando Figueiredo Angolini, a biodegradação é um processo natural que ocorre em grande parte dos reservatórios e, embora leve milhões de anos para se concretizar, se traduz em perdas econômicas com o passar do tempo.

É importante lembrar que, atualmente, existem grandes reservas de petróleo degradado, sendo que estes óleos resultam, principalmente, da transformação microbiana. “Os micro-organismos isolados foram depositados e, futuramente, servirão para novos experimentos a fim de se avaliar o potencial biotecnológico para sua aplicação em outras áreas, como por exemplo, na remediação de solos”, explica Angolini. Por enquanto, os testes priorizaram as análises químicas, em escala laboratorial, de três amostras de óleo oferecidas pela Petrobras, sendo uma degradada e duas sem passar pelo processo com o objetivo de se realizar a comparação dos dados.

Para conduzir o estudo, orientado pela professora Anita Jecelyne Marsaioli, o químico mimetizou o que ocorre nos reservatórios ao longo dos anos e acelerou o processo de degradação, reduzindo-o para 60 dias, de forma a não perder as características essenciais do processo de degradação in vivo. Para isso, foi necessário otimizar algumas condições, mesmo porque não são todos os micro-organismos cultiváveis em laboratórios. Muitos deles se mantêm ativos apenas nos poços de petróleo.

Angolini acompanhou todas as etapas dos ensaios para tentar entender a forma como corre o processo e de que maneira altera a composição do óleo. Em geral, os micro-organismos atuam de formas diferentes e cada reservatório tem propriedades específicas. “Por isso, é necessária a perfuração de vários poços e, depois de análises, se decide qual poço é mais viável economicamente de ser explorado. Neste sentido, o isolamento e avaliação dos consórcios microbianos são importantes para se utilizar como parâmetro de análise”, explica.

Outro fator significativo na avaliação da biodegradação do petróleo em laboratório é conseguir identificar a origem do óleo, através da análise de biomarcadores preservados no processo. Por outro lado, sem as devidas características dos consórcios envolvidos, pode-se chegar a informações erradas. “São dados essenciais no processo de tomada de decisão e análises de potencial econômico de poços de petróleo. Além de se ter conhecimento das propriedades envolvidas no caso de um vazamento, por exemplo”, esclarece.

 

 

 
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