| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 390 - 31 de março a 6 de abril de 2008
Leia nesta edição
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Pesquisa mensura
riscos de carga
perigosa em rodovias

RAQUEL DO CARMO SANTOS

A engenheira Vivian Sanches Krause: identificando pontos mais perigosos (Foto: Antoninho Perri)Tre três acidentes envolvendo caminhões com cargas perigosas ocorridos na Rodovia Raposo Tavares, no trecho da Bacia do Rio Cotia, no período de 1998 a 2007, em dois deles o material químico transportado caiu no rio e causou sérios problemas de contaminação da água. Isto obrigou, inclusive, a interrupção do abastecimento – neste trecho, a Sabesp mantém uma estação de tratamento que abastece a zona oeste da cidade de São Paulo.

Estes são apenas alguns dos exemplos dos riscos que os acidentes com caminhões que transportam material perigoso podem oferecer. Por isso, a engenheira Vivian Sanches Krause desenvolveu, na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), um método capaz de dimensionar esses riscos nas rodovias. Trata-se de uma representação, por meio de mapas de fácil visualização, em que é possível, por exemplo, identificar pontos de maior conflito em determinados trechos.

“A ferramenta pode auxiliar o trabalho desenvolvido por policiais, concessionárias e outros interessados na prevenção deste tipo de acidente. Uma idéia é servir de parâmetro para se remediar situações de risco antes que o acidente aconteça ou até mesmo poder tomar providências que evitem o despejo de material tóxico nos rios próximos”, explica Vivian, que foi orientada pelo professor Antonio Carlos Zuffo.

Para testar o método, a engenheira estudou o trecho da Bacia do Rio Cotia, do km 24 até o km 40 e classificou as áreas em cinco classes diferentes – risco muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto. “Em 90% dos pontos identificados, classifiquei como risco muito alto, devido às características do local”, destaca. Segundo Vivian, este trecho da estrada sofre diversas influências por conta da Bacia, além de estar próximo a postos de combustível, residências e comércio.

“O trecho não tem acostamento e pode ser considerado como uma região de declive acentuado, além da intensidade do tráfego de veículos de passeio e caminhões. Outra questão é o comércio do entorno, muito próximo à rodovia, que não deveria estar tão concentrado no local”, denuncia. Em 2005, o volume médio diário de veículos era de 103 mil, sendo que em 2006, este número saltou para 108 mil.O número de acidentes no trecho também é considerado alto: de 1998 a 2007, foram registrados 35 acidentes.

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