| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 389 - 24 a 30 de março de 2008
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Estudo ressalta importância da
percepção na formação musical

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Alexandre Henrique Isler Chagas (à direita): orquestra infantil como ferramenta na formação do aluno (Foto: Antoninho Perri)O musicista Alexandre Henrique Isler Chagas propõe, em sua dissertação de mestrado apresentada no Instituto de Artes (IA), estudos dirigidos para o desenvolvimento da percepção musical do aluno em uma orquestra de cordas infantil. Diferentemente do enfoque dado nos métodos convencionais de ensino coletivo, no trabalho sugerido por Chagas há envolvimento de questões didáticas e pedagógicas, por meio do qual até o repertório tem valor preponderante no processo educativo. “A idéia não é apenas adquirir uma boa técnica no manejo do instrumento, mas antes utilizar a orquestra infantil como uma ferramenta na formação musical do aluno”, explica.

Para embasar suas sugestões, o musicista, orientado pela professora Aci Taveira Meyer, desenvolveu um trabalho específico com 25 instrumentistas que formam o Unicordas, projeto vinculado ao Núcleo de Integração e Difusão Cultural (Nidic) da Unicamp. Com participantes na faixa etária de 6 a 14 anos, a orquestra infantil é composta por violinos, violas, violoncelos e contrabaixo. Nos estudos dirigidos são abordados aspectos relativos às questões harmônica, rítmica e de técnica de arco. “O objetivo é levar o aluno a encarar a música não só como uma atividade lúdica ou recreativa, mas também como disciplina, essencialmente importante para o desenvolvimento humano em todos os sentidos. As apresentações públicas compõem o processo ensino-aprendizagem”, explica

Chagas, também violinista da Orquestra Sinfônica da Unicamp, conta que o projeto Unicordas foi criado em 2006. Seu interesse é elaborar, na pesquisa de doutorado, um currículo com medições qualitativas dos estudos propostos, para a formação de orquestras desse gênero em escolas. Segundo ele, a Lei de Diretrizes e Bases prevê o ensino de música como obrigatório, mas não há material pedagógico disponível neste sentido. “São mais de 30 anos sem a disciplina nas escolas e não foram elaborados métodos específicos. Não houve também investimento na formação de profissionais aptos a trabalhar com o tema”, esclarece.

No caso do ensino com instrumentos de cordas, afirma Chagas, a situação é mais complicada, pois não há material que contemple o vínculo com a pedagogia, envolvendo também a percepção musical. Neste aspecto, está o diferencial proposto pela orquestra de cordas.

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