| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 352 - 19 a 25 de março de 2007
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Pró-reitoria de Pós-Graduação e Graduação organizam
workshop que assinala nova fase do PED

Programas para formação
de docentes são unificados

Aula no Ciclo Básico: todos os anos, cerca de 800 estudantes ingressam em programas que oferecem estágios para aperfeiçoamento da atividade docente (Fotos: Antoninho Perri)Atuar como professor no ensino superior é um objetivo profissional para um grande número de alunos da pós-graduação. Só na Unicamp, todos os anos cerca de 800 estudantes – o que corresponde a aproximadamente 10% dos matriculados nos cursos de mestrado e doutorado – ingressam no Programa de Estágio Docente (PED) e no Programa Piloto de Bolsas para Instrutores Graduados (PPBIG), que oferecem estágios para aperfeiçoamento da atividade docente. A partir deste ano, os dois programas serão unificados e novas normas serão implementadas como forma de aprimorar a formação dos participantes.

Novas normas vão ser adotadas

“Os dois programas são um sucesso, mas concluímos que a unificação e a reorganização das normas serão uma maneira de reforçar o seu principal objetivo, que é a formação de pós-graduandos para atividades docentes”, diz a pró-reitora de Pós-Graduação, Teresa Dib Zambon Atvars. Com o pró-reitor de Graduação, Edgard Salvadori De Decca, ela lidera a Comissão Coordenadora que passará a gerir o PED em sua nova configuração. No próximo dia 20, a partir das 14 horas, os dois pró-reitores coordenarão no Ginásio da Unicamp o primeiro Workshop PED, que marcará o início dessa nova fase.
A pró-reitora de Pós-Graduação, professora Teresa Dib Zambon Atvars: "O PED não pode substituir as atividades dos docentes".

“Queremos abrir espaço para debater as metas do programa e seu impacto na graduação”, diz o professor De Decca. Segundo ele, tão importante quanto a qualificação dos pós-graduandos na atividade de ensino são as metas para preservar e ampliar a qualidade nos cursos de graduação. “Pretendemos que os participantes do programa atuem como parceiros na formulação das metas estratégicas para a graduação”, completa o pró-reitor de Graduação.

O pró-reitor de Graduação, professor Edgard De Decca: “Queremos  abrir espaço para debater as metas do PED e seu impacto na graduação"Criado em 1992 como parte do Projeto Qualidade, instituído na gestão do ex-reitor Carlos Vogt, o PED era dividido em dois níveis: no PED 2, direcionado a estudantes de mestrado, os alunos participavam apenas de atividades de apoio, enquanto o PED 1, voltado para doutorandos, permitia que os participantes assumissem parcialmente atividades de ensino supervisionados por professores. Já no PPBIG, criado em 2003, na gestão do ex-reitor Carlos Henrique de Brito Cruz, os estudantes podiam assumir sozinhos as atividades em sala de aula. “Isso criava um certo contraste, já que havia alunos sem atividade de ensino em sala de aulas e outros totalmente envolvidos com essa prática”, observa a pró-reitora de Pós-Graduação.

Os estudos realizados conjuntamente pelas duas pró-reitorias reforçaram a idéia de que, para atingir os objetivos propostos, todos os participantes deveriam desenvolver atividades de ensino. Para isso, além de unificar os dois programas numa única sigla (PED), redefiniu-se a participação dos estudantes em três grupos (A, B e C), que determinam os níveis de envolvimento com atividades de ensino. Além de favorecer o aproveitamento dos alunos, a idéia, segundo a professora Teresa, é preservar a qualidade do ensino na graduação. “O PED não pode substituir as atividades dos docentes”, destaca.

O grupo “C”, voltado para estudantes de mestrado e doutorado, abrange atividades de apoio à docência parcial sob supervisão. Os participantes poderão assumir carga didática de até duas horas semanais ou até 50% da carga horária semanal da disciplina, sempre sob orientação direta de um docente responsável pela disciplina. Devem prestar apoio em várias frentes, como programação das aulas, auxílio na elaboração de material didático e auxílio na elaboração e correção de projetos e exercícios, reforço e plantão de dúvidas, entre outras. Para casos em que não assumirem aulas semanais, deverão ministrar seminários e aulas de exercícios, perfazendo um total de 20% da carga semestral da disciplina. A dedicação do estagiário nesse grupo será de oito horas semanais.

Os pós-graduandos participantes do grupo “B” deverão assumir carga didática de no mínimo duas e no máximo quatro horas semanais, ou entre 50% e 100% da carga horária, sempre sob a supervisão direta do docente responsável pela disciplina. Poderão participar desse grupo somente estudantes em nível de doutorado. A dedicação do estagiário nesse grupo deverá ser de oito horas semanais.

Já os pós-graduandos do grupo “A” deverão assumir de forma integral a carga didática (mínimo de quatro e máximo de oito horas semanais), não sendo necessária supervisão direta do docente responsável pela disciplina, mas apenas a supervisão geral da Coordenadoria de Graduação. Poderão participar desse grupo somente estudantes em nível de doutorado com dedicação exclusiva ao programa de pós-graduação e que tenham participado anteriormente em pelo menos uma das duas categorias anteriores. A dedicação do estagiário nesse grupo deverá ser de 12 horas semanais. Eles também não poderão ter vínculo empregatício.

Para ingressar no grupo “A”, os interessados têm de ter passado pelos grupos “C” e “B”. A única exceção é para aqueles que já acumulam experiência em atividade docente em outras instituições. As bolsas de estudo financiadas pela universidade também serão escalonadas de acordo com os três níveis. A bolsa para estudantes do grupo “C” está fixada em R$ 348,50, o que equivale a um quarto da bolsa de doutorado concedida pela Coordenadação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Já para o grupo “B”, os proventos serão de R$ 464,67, ou um terço da bolsa de doutorado Capes. Para o grupo “A”, a bolsa será totalmente financiada pela Unicamp, no valor de R$ 1,9 mil. “Trata-se da única universidade brasileira que oferece bolsa integral para esse tipo de programa”, observa a pró-reitora.

Embora a Capes recomende a participação de todos os pós-graduandos em programas para aperfeiçoamento docente, o ingresso no PED continuará sendo voluntário. “O aluno deve estar predisposto para esse tipo de atividade”, diz a professora Teresa. Segundo ela, a forma de seleção é definida pelas próprias unidades. “Geralmente, o candidato passa por uma prova sobre o conteúdo da disciplina e também para avaliar sua capacidade didática”. O limite de vagas é definido de acordo com o orçamento anual da universidade. No final do período de integração, o estagiário receberá um certificado da Universidade, desde que suas atividades tenham sido aprovadas pelas comissões de Graduação e de Pós-Graduação.

A designação dos bolsistas nos grupos “B” e “C” será feita, cada vez, por um prazo de um período letivo, podendo ser exercida por três períodos no caso do grupo “B” e por dois períodos no caso do grupo “C”. A duração do estágio para o grupo “A” será de até dois anos (quatro semestres), sendo a designação semestral condicionada à aprovação do relatório. Nas três modalidades, o estágio poderá se iniciar em qualquer período letivo de cada ano escolar.

As reformulações também têm como objetivo avaliar o impacto desse tipo de programa na formação dos alunos. “Desde a sua criação, a avaliação tem sido positiva por parte das unidades, mas precisamos de indicadores que permitam uma abordagem mais quantitativa”, explica a pró-reitora. Segundo ela, a definição desses indicadores está sendo estudada pela comissão encarregada de gerir o PED. A professora Teresa já considera, porém, pelo menos três vertentes para medir a eficácia do programa: impacto sobre a redução do índice de reprovação na graduação, queda na evasão dos alunos e desenvolvimento dos atributos profissionais do pós-graduando que passa pelo programa.

Além de abordar as reformulações que estão sendo implantadas, o workshop programado para o dia 20 também marcará o início de uma série de encontros entre professores e pós-graduandos. O objetivo, segundo a professora Teresa, é realizar dois workshops por semestre. No primeiro, dois professores de disciplinas distintas farão conferências sobre o ensino superior do ponto de vista de suas áreas do conhecimento. No segundo, além das duas conferências, os pós-graduandos também poderão expressar seus pontos de vista sobre o PED. “Essa troca de idéias será importante para aperfeiçoarmos continuamente o programa”, diz o professor De Decca.


Programa do Workshop PED

Local: Auditório III CDC – Ginásio da Unicamp

Data: 20/03/2007

Horário

14:00 – Prof. Fernando Ferreira Costa (coordenador geral da Universidade). Profa. Teresa Dib Zambon Atvars (pró-reitora de Pós-Graduação)

14:30 – Prof. Edgar Salvadori De Decca (pró-reitor de Graduação). Palestra: “Humanidades de Ensino Superior”

15:15 – Discussão

15:45 – Intervalo

16:00 – Prof. João Frederico Meyer (IMECC). Palestra: “Fama, fortuna e estátua em praça pública: o desafio docente no ensino superior”

16:45 – Discussão

17:00 – Encerramento

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