Untitled Document
PORTAL UNICAMP
4
AGENDA UNICAMP
3
VERSÃO PDF
2
EDIÇÕES ANTERIORES
1
 
Untitled Document
 


Pesquisa da FOP contribui para a
caracterização do melanoma oral

O cirurgião-dentista Bruno Augusto Benevenuto de Andrade: novas informações a partir de marcadores imunoistoquímicos (Foto: César Maia) Uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) lança luz na caracterização de um dos tumores mais agressivos e de pior prognóstico que se desenvolve na mucosa oral, mais especificamente no palato e na gengiva. Trata-se do melanoma oral. Segundo o autor do estudo, o cirurgião-dentista Bruno Augusto Benevenuto de Andrade, há registros de que apenas 1% dos casos de melanoma ocorre em cavidade oral, ou seja, trata-se de um tumor raro, mas importante de ser estudado por ser assintomático e possuir características microscópicas muito semelhantes à de outros tipos de tumores da boca. Em geral, o problema se manifesta através de lesões nodulares, manchas e sangramento.

Andrade explica que o melanoma normalmente ocorre na pele, em locais onde há exposição ao sol, só que neste caso específico não se sabe ao certo por que o tumor atinge áreas da boca que não estão expostas. Por conta das causas ainda desconhecidas, invariavelmente, o diagnóstico é tardio e o prognóstico ainda mais difícil, pois quando se descobre a doença, ela já está em estágio avançado e com metástases em outras partes do corpo. “Neste sentido, são importantes as pesquisas nesta área, visto que não existem trabalhos no Brasil e, em outros países, também são raras as investigações nesta linha, explicando clinicamente o problema”, destaca Andrade, que acredita que as pesquisas podem facilitar o diagnóstico da doença.

O estudo, orientado pelo professor Oslei Paes de Almeida, analisou as características clínicas e histopatológicas e a expressão de marcadores imunoistoquímicos em prontuários de 33 casos detectados no Brasil, Peru e Guatemala. Por tratar-se de doença rara, Andrade explica que foi necessário recorrer aos casos existentes em outros países. “Conseguimos 11 casos na Guatemala, quatro no Peru e o restante no Brasil. Apenas um caso pertence aos prontuários da FOP; outros 27, do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo”, explica o cirurgião. Da amostragem, 13 envolviam pacientes do sexo masculino e 20 do gênero feminino, com idade média de 57 anos.

Nas análises clínicas e histopatológicas, o estudo destacou a localização dos tumores e as características que o diferenciavam de outros tipos de tumores na boca. Com o auxílio de um microscópio, Bruno Andrade descreveu as características microscópicas próprias deste tipo de tumor. Mas foi a partir da técnica para marcadores imunoistoquímicos que conseguiu acrescentar informações ao conhecimento científico sobre o assunto.

 

Dissertação “Melanoma oral e sinonasal primário: estudo clinicopatológico e imunoistoquímico”

Autor: Bruno Augusto Benevenuto de Andrade

Orientador: Oslei Paes de Almeida

Unidade: Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP)

Financiamento: CNPq

 

 

 

 
Untitled Document
 
Untitled Document
Jornal da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas / ASCOM - Assessoria de Comunicação e Imprensa
e-mail: imprensa@unicamp.br - Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Barão Geraldo - Campinas - SP