| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 401 - 30 de junho a 13 de julho de 2008
Leia nesta edição
Capa
Opinião
Laser
Faces virtuais
Medicamentos
Política de bolsas
Sexualidade
Carlos Gomes
Aleitamento materno
Fitofarmacêutica
Painel da semana
Portal da Unicamp
Teses
Portal da Unicamp
Conecta 2008
SBPC
 


8


A importância do apoio profissional
durante o aleitamento materno

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Aline Alves Brasileiro: nutricionista acompanhou dois grupos de mães (Foto: divulgação)Grande parte das mães que precisa retornar às suas atividades profissionais, após o período de licença-maternidade, além de sofrer com a separação, ainda enfrenta o desafio de interromper o aleitamento materno, uma das práticas mais importantes para o bebê nos seus primeiros meses de vida. “Com atenção especial, orientações de como organizar a rotina no período de separação e explicações sobre cuidados ao oferecer o leite é possível minimizar as conseqüências deste período tão traumático, além de conseguir que o bebê continue a desfrutar do leite materno”, defende a nutricionista Aline Alves Brasileiro com base em pesquisa de mestrado realizada na Faculdade de Ciências Médicas (FCM).

Aline comparou dois grupos de mães, num total de duzentas voluntárias, para comprovar a importância do apoio profissional durante o aleitamento, para que este seja exclusivo até o sexto mês de vida do bebê. Pela pesquisa orientada pela professora Rosana de Fátima Possobon, da FOP, 33% do grupo que recebeu orientação e estímulo adequados manteve a amamentação exclusiva no peito até o sexto mês, mesmo com o retorno ao trabalho. No outro grupo comparativo, apenas 6% conseguiram manter o aleitamento até o período desejável. Todas as mães entrevistadas tinham filhos entre seis e dez meses.

“É uma diferença significativa. A média nacional de aleitamento materno exclusivo ao sexto mês é estimada em 10%, segundo dados do IBGE”, avalia a pesquisadora.

Na FOP, desde 2003, é oferecido um atendimento voltado para mulheres no período de aleitamento, em que são esclarecidas dúvidas sobre a saúde geral das crianças. O programa denominado Grupo de Incentivo de Aleitamento Materno Exclusivo (Giame) está vinculado ao Centro de Pesquisas e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais (Cepae). As mães participam de nove encontros com orientações gerais a partir de quinze dias do nascimento do filho.

Já passaram pelo Giame mais de 750 mães e a idéia da pesquisa desenvolvida por Aline Brasileiro foi comprovar a importância do programa para a manutenção do aleitamento. Embora reconheça as dificuldades em conseguir a amamentação exclusiva, a nutricionista afirma que é possível amamentar a criança até os seis meses de idade.

Algumas ações já são implementadas no sentido de minimizar o problema. Por exemplo, empresas que empregam pelo menos trinta mulheres com mais de dezesseis anos de idade devem oferecer às funcionárias um local apropriado no qual possam manter sob vigilância e assistência os seus filhos durante o período de amamentação. De acordo com as leis trabalhistas, as mães de recém-nascidos têm direito a dois intervalos de meia hora, durante a jornada de trabalho, para amamentação, até que a criança complete seis meses de idade. (Colaborou César Maia)

SALA DE IMPRENSA - © 1994-2008 Universidade Estadual de Campinas / Assessoria de Imprensa
E-mail: imprensa@unicamp.br - Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Barão Geraldo - Campinas - SP