| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 331 - 31 de julho a 6 de agosto de 2006
Leia nesta edição
Capa
Artista-Residente
Cartas
Faculdade de Educação
Cérebro
Cérebro: suporte logistico
Mandarim 34
Desnutrição
Valorização dos veteranos
Unicamp por 40 ângulos
Música Erudita
José Caldas
Cênicas: Prêmios em Blumenal
Painel da semana
Teses
Livro da semana
Veneno da copa
Câncer
 

2

Cartas



Mandarim (1)
Por ocasião de nosso contato telefônico há dias [com Eustáquio Gomes], fui questionado a respeito de fatos ocorridos na Unicamp na década de 70, que se constituíram em verdadeira crise interna, dos quais participei de alguns e desconhecia outros citados em sua reportagem na edição 322. Inicialmente me cabe agradecer a fidelidade das afirmações referentes à minha participação, que, se não completas, retratam uma parte dos episódios por mim vividos. Surpreendido pela sua chamada telefônica e perguntado a respeito de fatos tão distantes no tempo, embora ainda vivos em minha memória, me preocupei em não poder documentar afirmações que fazia mas que ganharam sua credibilidade pelo que se vê publicado.

Fui então aos meus arquivos e encontrei alguns documentos relativos aos fatos que envolveram o meu afastamento da direção do Hospital de Clínicas da Unicamp, da posição de professor de cirurgia responsável pela cirurgia pediátrica, e de membro do Conselho da Faculdade de Medicina. É de se lembrar que após a reunião com o Sr. Reitor, em que me foi oferecida a direção da Faculdade de Medicina, me dirigi ao Dr. Pinotti, então diretor, e fiz ver a ele a situação reinante, dando ciência de meu afastamento do cargo de diretor do Hospital para o qual me nomeara. Como houvesse reunião do Conselho para alguns dias depois, aguardei a data para apresentar documento em que apontava irregularidades de conduta administrativa e ética na Faculdade, para favorecimento de manobras de cunho político de interesse da reitoria. Como o principal responsável por tais atitudes era o Dr. Antonio A Almeida, solicitei ao mesmo que permanecesse na reunião para que eu não o citasse na sua ausência. O documento foi lido e aprovada a sua inclusão em ata. Dias depois, ao verificar a ata, com triste surpresa, me cientifiquei de que tal documento havia sido sonegado da ata, e então, através de notificação judicial interpelei o já então diretor da faculdade Dr. Lopes Faria. A desculpa apresentada então foi a de que “se extraviara o original de minha manifestação”!

O meu pedido de demissão da função de professor se deu então em antecipação a “punição” já anunciada como era de costume na universidade, cuja falta de institucionalização propiciava exatamente o uso de “mãos de ferro” para entregar poder àqueles que comungavam com a situação e punir com demissões ou “encerramento de contrato” os que sonhavam com a democratização da instituição.

O longo período de encontros de professores da Unicamp que lutavam pela institucionalização tem capítulos múltiplos dos quais conheci e participei de alguns, não todos, e o relatado em sua reportagem focaliza um pico de crise tratado a “ferro e fogo”, mas que, embora descrevendo vitória de uma batalha, não impediu o predomínio final da idéia de que a Universidade ultrapassasse a fase personalista e ditatorial da gestão de seu destino. As vítimas que se espalharam pelo caminho, tenho certeza, não hesitariam em participar novamente de luta semelhante se a ela fossem chamadas.

Terminando, e reiterando os agradecimentos, quero me colocar à sua disposição para qualquer esclarecimento julgado oportuno.
Gustavo A.S. Murgel

Mandarim (2)
Sou funcionária da Unicamp desde abril de 1978 e tive o privilégio de conhecer o professor Zeferino Vaz. Não que tenha trabalhado diretamente com ele; eu trabalhava na antiga DGA-12, hoje chamada de DGRH, mas em nosso intervalo de almoço, quando nos sentávamos nas muretas das árvores da praça das Bandeiras, muitas vezes o vimos atravessando a praça ou mesmo saindo de carro oficial. Que figura frágil e ao mesmo tempo tão forte, pois ele nos transmitia respeito. Às vezes nos lançava um olhar quase paternal. Por isso fico ansiosa para receber a próxima edição do Jornal da Unicamp para ler, lembrar e muitas vezes me atualizar de fatos ocorridos naquela época que não chegaram até nós. Jamais imaginei que ele tinha passado por tantos problemas assim na Reitoria. Que homem forte! Gostaria de parabenizá-los pela excelente reportagem, pois muitos desses ocorridos eu presenciei.
Maria Angela Gabeto Baldin, secretaria da Coordenadoria do Cecom/Unicamp

Cerveja PET
Li a notícia “Cervejas entram na era PET” (edição 329).Gostaria de esclarecer que acho extremamente importante pesquisas nesta área de criação de novos materiais ou novos usos aos materiais já conhecidos, mas em boa parte dos casos não vejo a questão ambiental ser considerada. Explico: na notícia, não há nenhuma consideração ao custo ambiental do novo produto, apenas uma citação: “... com o detalhe de que o material também apresenta índices de reciclagem crescente”.

Será que se este material for lançado sem estudos desse tipo não corremos o risco de colocar no mercado um produto que, após seu uso, não terá tanto interesse assim para reciclagem, gerando uma quantidade muito maior de resíduos em relação às atuais latas de alumínio? Na notícia só foram abordadas as vantagens econômicas do produto. Gostaria muito de saber se a pesquisa também segue esta linha ou não.

Aqui no Ministério do Meio Ambiente temos trabalhado muito para tentar incorporar as questões ambientais em todas as políticas dos governos e nas ações da sociedade. O que não é simples, pois implica em mudanças de comportamento. Entendo que é fundamental ter as universidades como aliadas nesta iniciativa.
André Afonso Ribeiro, geólogo e analista ambiental da Secretaria de Qualidade Ambiental do MMA

RESPOSTA: Uma das razões da existência da universidade pública é poder pensar, trabalhar e desenvolver, de maneira livre, alternativas tecnológicas em função de demandas da sociedade em prol de atender situações emergentes, baseadas em princípios de evolução no campo da segurança alimentar e ambiental. Essa pesquisa especificamente foi baseada e motivada por demandas de entidades sociais no intuito de proporcionar alternativas de segurança, quer sejam nos aspectos alimentar, nutricional, físico, transporte, estocagem, ambiente, dentre outras, concentradas particularmente em embalagens para bebidas alcoólicas. Viajando pelo mundo certamente encontraremos em muitos países diferentes marcas de cervejas acondicionadas em embalagens de PET, na maioria das vezes lançadas como alternativa para proporcionar ao consumidor uma escolha livre e segura, olhando de todos os pontos de vista.
Carlos Alberto Rodrigues Anjos, professor da FEA

Encontro de Química
Bastante interessante e fecunda essa iniciativa de congregar professores e pesquisadores  na educação em química. Sou ex-aluna do Instituto de Química e da Faculdade de Educação da Unicamp e professora da escola pública básica e sinto a necessidade de aprender e compartilhar minhas angústias, dúvidas e necessidades com a universidade.
Creio que a ligação universidade- escola básica se faz cada vez mais necessária e urgente.Precisamos valorizar, incrementar, expor aquilo que a escola pública faz no seu cotidiano pois acredito no potencial de vários professores de diversas áreas do saber. É preciso buscar instrumentos políticos mais eficazes para sua revitalização. Parabéns aos coordenadores desse evento.
Dulcelena Peralis Corradi

ERRATA
Diferentemente do que saiu publicado no artigo “As aparências enganam” (edição 330), o vestibular da Unicamp de 2006 teve 49.606 candidatos inscritos, sendo 24.898 mulheres (50,2% do total).

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