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Sistema de monitoramento por câmeras no
campus entra em fase final de testes
Equipamentos devem entrar em operação entre os meses de maio e junho

Em fase final de implantação, o sistema de monitoramento por câmeras na Unicamp deverá entrar em operação entre os meses de maio e junho. As 240 câmeras já foram instaladas, a sede de monitoramento está concluída e os funcionários que irão operar os equipamentos estão sendo contratados. O projeto, que atualmente encontra-se na fase de testes e ajustes, deverá garantir maior segurança do patrimônio e da comunidade interna, bem como dos usuários de serviços e visitantes.

“A prevenção é o aspecto mais importante do monitoramento por câmeras. Com sua implantação, esperamos uma redução significativa do número de ocorrências, que na Unicamp já é menor que no distrito de Barão Geraldo e no restante da cidade de Campinas”, diz o pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Paulo Eduardo Rodrigues da Silva. Segundo ele, o sistema dará cobertura a todo o campus de Barão Geraldo. “Praticamente todas as ruas, avenidas, praças, áreas comuns de circulação e estacionamento estarão sob o olhar permanente das câmeras”.

Totalizando um investimento da ordem de R$ 3 milhões, o sistema apresenta alto grau de sofisticação. Ao todo são 226 câmeras fixas, instaladas em pontos altos como prédios, postes e caixas d’água, e outras 14 câmeras móveis, que permitem giro horizontal e vertical com zoom, instaladas em locais estratégicos. As câmeras estão conectadas a 22 equipamentos do tipo DVR (Digital Vídeo Record), que armazenarão as imagens gravadas. Para isso, cada DVR conta com HD de 2 terabyts. A partir dos DVRs, as imagens serão armazenadas e transmitidas para a central de monitoramento, onde os operadores poderão acompanhar as atividades no campus.

“Um dos benefícios do sistema é a recuperação de imagens para análise mais minuciosa”, observa o professor Roberto Rodrigues Paes, prefeito do campus. “Com isso, acidentes, incidentes ou qualquer outra ocorrência suspeita poderão ser examinados com riqueza de detalhes, identificando as pessoas envolvidas e as circunstâncias em que os eventos ocorreram”, completa. Idealizado por uma comissão coordenada pelo professor Carlos Alberto dos Reis Filho, ligado à Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), o sistema de câmeras também conta com um circuito de fibras óticas independente da rede que dá suporte à Universidade. “Com isso, evita-se a ação de hackers ou interrupção na cobertura das câmeras em caso de avaria no circuito do campus”, explica José Luiz Silveira, integrante da comissão. A equipe de rede foi coordenada por Gustavo de Oliveira Carvalho, do Centro de Computação da Unicamp.

De acordo com o prefeito, o campus foi dividido em regiões onde se situam 24 módulos denominados TCs (telecomunication closets), que gravam as informações enviadas por determinado número de câmeras a eles interligadas. Na área do Ciclo Básico, por exemplo, onde há grande circulação de estudantes e professores, estão instaladas 21 câmeras. Outras 21 farão o monitoramento na área de saúde, que compreende o Hospital de Clínicas, Gastrocentro, Hemocentro e Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti (Caism-Unicamp).

A Central de Monitoramento, com 100 metros quadrados, é blindada e climatizada. Nela foram instalados 16 monitores de vídeo mais quatro telões conectados ao circuito de câmeras, com capacidade de 16 a 24 imagens por tela. Os equipamentos serão operados por 50 funcionários, divididos em quatro turnos de seis horas, o que garantirá cobertura 24 horas por dia. Segundo o prefeito do campus, a equipe está sendo treinada para atuar de maneira integrada aos postos de vigilância distribuídos pelo campus.

“Acreditamos na eficácia do sistema para reduzir o número de ocorrências, melhorando sensivelmente o ambiente da Universidade”, afirma Rodrigues Paes. Por sua vez, o pró-reitor Paulo Rodrigues da Silva ressalta que o sistema visa apenas o controle de ocorrências relacionadas com a segurança pessoal e patrimonial. “Claro que essa iniciativa permitirá maior agilidade na repressão à criminalidade, mas um dos principais objetivos é dissuadir os criminosos que eventualmente planejam agir no campus”, diz ele.

Números mostram queda nas ocorrências policiais

De acordo com o pró-reitor Paulo Eduardo Rodrigues da Silva, mesmo sem a entrada em operação das câmeras, o índice de ocorrências policiais no campus de Barão Geraldo caiu de maneira significativa desde o segundo semestre de 2010. O número de furto de veículos, por exemplo, caiu de 20 no primeiro trimestre de 2010 para apenas três no mesmo período de 2011 (veja gráfico nesta página). Além dessas ocorrências, no primeiro trimestre de 2011 foram registrados apenas dois casos de roubo, mesmo número registrado em igual período do ano passado.

“Não ignoramos a ocorrência de crimes na Universidade, mas trata-se de um índice reduzido quando comparado ao centro urbano de Campinas”, pondera Rodrigues da Silva. “A Unicamp está atenta e tem tomado medidas no sentido de evitar as ocorrências”, completa. Segundo ele, a redução observada a partir do segundo semestre do ano passado já é resultado de medidas tomadas pela administração da Universidade, entre elas a contratação de um corpo próprio de profissionais que integram o Sistema de Vigilância Interna.

Outra medida adotada foi um acordo com instituições financeiras para a retirada de caixas eletrônicos que funcionavam em locais de livre acesso. Desde janeiro, os equipamentos estão disponíveis apenas dentro das agências bancárias que funcionam no campus. “Acreditamos que essa iniciativa tenha contribuído fortemente para reduzir a ação dos criminosos na área da Universidade”, observa o prefeito.

A redução no índice de criminalidade também é confirmada pelo delegado do 7º Distrito Policial, Tadeu Aparecido Brito Alencar. “Houve nos últimos meses uma queda acentuada no número de ocorrências no campus”, afirma. Segundo ele, além das medidas administrativas tomadas pela Unicamp, esse novo cenário também resulta de uma mudança de postura no corpo de segurança interna, que passou a articular-se de maneira mais eficiente com a polícia. “Hoje temos praticamente uma linha direta de comunicação entre a Unicamp e nossa delegacia”, explica Alencar.

A segurança do campus, incluindo os estacionamentos, é feita pelo Serviço de Vigilância Interna, que tem como principal objetivo a preservação patrimonial. Esse serviço conta com 215 profissionais, 11 automóveis e 11 motocicletas e, entre outras atividades, realiza diariamente um levantamento dos veículos que permanecem estacionados na Universidade além do horário das atividades de ensino e pesquisa. Em caso de suspeita sobre a origem do veículo, o setor comunica o fato à autoridade policial, para as providências cabíveis. “Hoje as informações chegam rapidamente, o que nos permite atuar de forma ágil na repressão a eventuais crimes”, explica o delegado.

 

Cancelas ampliarão controle de veículos

Além do sistema de monitoramento por câmeras, a PRDU e a prefeitura do campus também já preparam um sistema de cancelas eletrônicas que será implantado para maior controle no fluxo de veículos que entram e saem da Unicamp. O sistema substituirá o atual modelo, que utiliza adesivos para usuários cadastrados e cartões para visitantes eventuais. A expectativa é que a novidade entre em operação nos próximos meses. Diariamente, circulam pelo campus cerca de 35 mil veículos.

Em desenvolvimento por um grupo de estudantes da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), o novo modelo está orçado em R$ 600 mil. O sistema funcionará a partir de dois chips, um instalado no carro e outro num cartão eletrônico que ficará com o dono do veículo. O objetivo é vincular a identificação do automóvel à identidade funcional do motorista. Se no momento de passar pela cancela o sistema de leitura detectar discrepância nos dados, a cancela não se abrirá.

“Acreditamos que isso dificultará, por exemplo, que veículos furtados consigam sair do campus”, diz o prefeito. “Para que a cancela seja liberada, a identidade funcional terá de coincidir com o cadastro do veículo em nosso banco de dados”, completa. Já os visitantes não cadastrados receberão um cartão eletrônico que acionará as cancelas no momento da saída. Além disso, câmeras de monitoramento instaladas nos acessos de entrada e saída gravarão as imagens do veículo e do motorista. Vigilantes motorizados também permanecerão nas portarias, garantindo maior segurança ao sistema.

O campus dispõe atualmente de 9.240 vagas para estacionamento. Desse total, 5.340 estão localizadas nos bolsões próximos às unidades de ensino e pesquisa, complexo hospitalar e órgãos administrativos. Outras 3.900 vagas estão localizadas nas ruas e avenidas do campus. Para ampliar a capacidade, a Unicamp pretende criar mais quatro mil vagas dentro de dois anos, em área próxima à portaria 5, que dá acesso à rodovia D. Pedro I e à PUC-Campinas. O projeto inclui, ainda, a construção de um centro de convenções na mesma área.

 




 


 
 
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