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Pesquisador da FEC usa
efluente de esgoto
doméstico
para irrigar plantação de milho

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Plantação de milho onde foram feitos os experimentos, no interior de São Paulo: nutrientes são benéficos para o desenvolvimento da cultura  (Foto: Divulgação)O uso de efluente de esgoto anaeróbio mostrou-se eficiente para irrigação na cultura de milho. Pelos testes desenvolvidos pelo engenheiro Luciano Reami, em uma fazenda na cidade de Franca, interior de São Paulo, a produtividade do milho foi semelhante à observada em uma plantação, cuja irrigação e adubação ocorreram na forma tradicional. Anaeróbio é o nome que se dá ao esgoto doméstico tratado parcialmente e que não demanda custos de energia. Em geral, neste tipo de processo, elimina-se cerca de 60% da matéria orgânica, imprópria para o consumo humano.




Produtividade foi a
mesma
do sistema convencional

O objetivo do estudo, segundo o autor da pesquisa apresentada na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) e orientada pelo professor Bruno Coraucci Filho, foi aproveitar o efluente que, quando parcialmente tratado, não estaria adequado para o lançamento nos corpos d‘água. Para a agricultura, no entanto, os nutrientes desse esgoto são benéficos por suas características, principalmente por conter nitrogênio, elemento químico essencial para o desenvolvimento dessa cultura agrícola.

Para que o efluente pudesse ser lançado nos rios e córregos, explica Reami, necessitaria de uma fase adicional de tratamento mais complexa, o que geraria um aumento nos custos, de implantação e de operação, ao passo que fazer a aplicação na cultura agrícola, além de eliminar em grande parte estes custos, gera ganhos em produtividade.

Para as duas safras efetuadas, em dois anos consecutivos, a questão da produtividade ficou evidente, enquanto que não se observou impacto ambiental negativo. “Seriam necessárias as avaliações em mais safras para se ter a certeza”, acredita. Mas, num primeiro momento, já se pode afirmar que se trata de um sistema econômico para quem trata o esgoto e para quem usa na agricultura. A pesquisa contou com o apoio na área agronômica do professor Ronaldo Stefanutti.

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