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......ANO XV -Nº 161 - Abril 2001

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Bailado futurista
Bailarina produz variados ritmos musicais por meio de sapatos especiais, tendo como parceiro um robô

CÉLIA PIGLIONE e RAQUEL DO CARMO SANTOS


um corpo de baile, cada integrante representa um instrumento musical, cujo som se reproduz a partir dos movimentos executados por esse bailarino. Uma harmoniosa interação homem-instrumento, coordenada por um pequeno robô. Pode parecer algo futurista, mas os primeiros ensaios deste bailado já acontecem. O Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS) da Unicamp, em conjunto com o Laboratório de Neuroinformática da Universidade ETHZ Zurique (Suíça), convidou a bailarina Christiane Matallo, pós-graduanda do Instituto de Artes, para realizar uma performance inusitada: calçando sapatos estilo tap shoes interativos, seus movimentos comandavam diferentes estilos musicais e, para surpresa do público, teve como parceiro um robô que também gerava sons ao contato com a luz e materiais coloridos – o Roboser.

Vestindo roupas pretas bordadas com argolas de latas de refrigerante, Christiane conseguiu um efeito virtual em sua apresentação no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp, no dia 29 de março, durante o 2o Encontro da Coordenadoria de Centros e Núcleos (Cocen) da Unicamp. O evento mostrou a produção científica, tecnológica e cultural dos 24 órgãos interdisciplinares de pesquisa da Universidade, por meio de conferências e estandes, num dos quais a bailarina e também pesquisadora do Nics fez a sua performance. No comando do espetáculo estavam o coordenador do núcleo, Jônatas Manzolli, e o pesquisador suiço Paul Verschure.

A platéia extasiada, estava atenta aos comandos dos três pesquisadores. Enquanto Verschure controlava o software específico para o funcionamento do Roboser, Manzolli manipulava a mesa que executava a interface com os sapatos calçados por Christiane. A bailarina executava seus movimentos em sintonia com a música produzida pelo robô. Eram reproduzidos diferentes ritmos musicais. Esta interação virtual dá maior dimensão à perfomance, pois segundo a bailarina amplia a expressão humana e exige mais concentração. Por outro lado, os movimentos são mais livres e ritmados.

Os primeiros acordes – A matemática aplicada e a música, embora áreas distintas, têm caminhado juntas na formação acadêmica de Jônatas Manzolli, que concentra suas pesquisas em modelos matemáticos aplicados à composição algorítmica, síntese sonora digital, desenvolvimento de sistemas interativos e interfaces gestuais. Após um árduo trabalho que começou em 1998 com o desenvolvimento do Laboratório de Interfaces Gestuais, Manzolli precisava encontrar um profissional de artes corporais que tivesse habilidades necessárias para a implementação do projeto. Na época, Christiane Matallo havia concluído a graduação na Unicamp e aceitou o desafio.

Bailarina desde a infância, não demorou para que Christiane interagisse com a nova interface. Nos calcanhares e nas pontas do calçado, Manzolli acoplou sensores que, ao movimento humano, produzem sinais elétricos e os processa por um programa de computador. A comunicação entre os sapatos e o computador é feita através de um cabo que sai do calcanhar e, preso à cintura, chega até o equipamento. Nele, um programa específico chamado CurvaSom, desenvolvido pelo pesquisador do Nics, apresenta opções de escolha por diferentes instrumentos musicais e padrões rítmicos associados aos sinais elétricos. A composição musical, então, resulta da harmonia entre os movimentos da bailarina no contato com os sensores.

Especialista em neuroinformática e criador do sistema IQR421 que se acopla ao robô e tem sido utilizado com sucesso em performances multimídias no Brasil e no exterior, Paul Verschure incentivou a idéia de unir a dança virtual com o Roboser. Este é uma aplicação de robótica à composição algorítmica na qual um pequeno robô gera as seqüências melódicas através de sensores infra-vermelhos que se localizam ao redor de seu corpo circular. Ao movimentar-se, mede a variação de luz e a proximidade de obstáculos: na presença de intensidade luminosa, aproxima-se da fonte de luz; na aproximação com obstáculos, afasta-se deles.

A combinação de estímulo e movimento no robô modifica o padrão sonoro executado ao vivo pelo computador, a quem ele se interliga por fios elétricos. “A sucessão de eventos musicais gera uma pequena improvisação que reflete a exploração do meio ambiente feita pelo Roboser”, explica Manzolli.
Para os ouvintes foi uma experiência inusitada. Para os pesquisadores uma realização musical que uniu recursos de última geração derivados da neuroinformática com a expressão humana.

 


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