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......ANO XV -Nº 161 - Abril 2001

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O andarilho do software livre
Fundador do movimento GNU/Linux cativa
platéia na Unicamp
do conhecimento pela universidade

americano Richard M. Stallman, fundador do movimento GNU/Linux, é um dos mais ferrenhos defensores do software livre. Sua passagem pela Unicamp, no início de março, mostrou que seu carisma ultrapassa fronteiras. Existe sempre muita expectativa em ouvi-lo, apesar de vir ao Brasil com freqüência. São 17 anos lutando para assegurar às pessoas o direito de desenvolver novos softwares livres e, principalmente, de ter acesso a eles.

Ultimamente, Stallman se dedica mais a palestras e participações em congressos. Sua exposição, no Centro de Convenções da Universidade lotado, durou duas horas. Na sessão de perguntas, um interlocutor disse ter ouvido “críticas de que você não desenvolve mais nada”. Ele admitiu que não encontra mais tempo para programar. Segundo o americano, escrever softwares livres é uma tarefa que hoje vem sendo executada por mais de 100 mil pessoas no mundo.

“Não é mais necessário que eu escreva. Não sou bom como antes”, declara com modéstia. Ele considera mais importante divulgar a filosofia do software livre, como tem feito, viajando pelos países. Ao contrário de quando o movimento começou, com ele e mais alguns poucos, atualmente existem milhares de pessoas desenvolvendo programas, muitos deles sendo pagos para isso.

Velhos tempos – Stallman gastou boa parte da palestra para relembrar o tempo em que era um dos integrantes do grupo de hackers do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT. Formado em Física pela Universidade de Harvard (EUA), usava uma velha impressora para colocar no papel as programações que realizava na época. Com a tal impressora, não havia problemas. Qualquer defeito era resolvido na hora, mexendo aqui e ali. Ele conhecia em detalhes seu funcionamento e códigos.

Bastou a impressora tornar-se inoperante e chegar uma outra nova para que a dor de cabeça de Stallman começasse. Ele pediu ao fabricante os códigos-fonte do equipamento e a solicitação foi negada. Indignado, passou a pensar numa forma de tornar acessíveis os programas e códigos guardados a sete chaves pelos proprietários. Surgiu, então, a idéia do software livre, que vem ganhando corpo a cada dia.

Leis sobre patentes – “Não conheço as leis do Brasil sobre patentes, mas elas devem ser combatidas”, criticou Richard Stallman. E deu como exemplo a pressão sobre os brasileiros para que assinem leis de interesse americano e que protegem o acesso a DVD e outras mídias encriptadas. “Elas não devem ser assinadas. São estúpidas”, acusou, criticando as novas leis americanas para informática e chegando a compará-las com aquelas que eram praticadas na União Soviética.
Stallman teve seu momento de glória ao final da palestra, num ritual que repete em cada lugar por onde passa. “Vou apresentar meu alter ego”, disse, levantando-se da cadeira. “Eu sou Santo Ignucius e abençôo seu computador, meu filho. Abençôo, exorcizando os softwares proprietários dele”, finalizou, caracterizado com uma capa preta e um disco de computador adaptado a um chapéu.

A palestra de Richard Stallman foi organizada pela Unicamp, por meio da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori), e pela Informática de Municípios Associados (IMA), órgão da Prefeitura de Campinas.

Unicamp economiza com softwares há anos

 

A Unicamp é usuária de softwares livres há anos. Alguns dos sistemas operacionais do Centro de Computação são baseados em plataformas Linux, dentre outras. A servidora para Educação a Distância utiliza o Conectiva Linux. A Gerência de Conectividade estabeleceu como padrão, para roteadores e gateways nas unidades, o sistema FreeBSD. A Gerência de Produção do CCUEC migrou inteiramente para sistemas GNU/Linux, visando o desenvolvimento de todas as suas atividades.

Isto significa economia de dinheiro. A Universidade, ao comprar softwares proprietários, precisa pagar também por cada licença que deseje utilizar. O que não acontece com os livres, cuja licença dá acesso a novas cópias e até a desenvolver novos programas, desde que conhecidos os novos códigos-fonte.

O suposto lucro dos desenvolvedores de softwares livres está no suporte que prestam aos clientes. Para ampliar o uso de software livre, a Unicamp está em conversações com o Comitê de Incentivo à Produção de Software Gratuito e Alternativo (Cipsga), uma ramificação do trabalho de Richard Stallman no Brasil, o que pode resultar em breve num convênio de cooperação.

 

 

Frases
______________________________

Eu diria: consiga um emprego e faça software livre.

(Perguntado se software livre pode ser desenvolvido para ganhar dinheiro)


Na Europa descobriram o cripto em filmes em DVD e os autores foram processados, considerados mais perigosos que os fazedores da bomba atômica.


Hoje o governo dos EUA orienta as crianças para que digam sim às licenças impostas. Nas escolas, elas ouvem: ‘Trouxe software para a escola? Não compartilhe. Você vai ser julgado’. Isso é intolerável

 

 
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