Prorrogadas as inscrições do Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos

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As inscrições para a terceira edição do "Prêmio de Reconhecimento Acadêmico em Direitos Humanos Unicamp – Instituto Vladimir Herzog" (PRADH) foram prorrogadas até o dia 12 de fevereiro de 2023. Criado em 2020, o prêmio tem por objetivo contemplar trabalhos que manifestem compromisso com a defesa de uma vida digna para as gerações presentes e futuras.

“A ideia é enfatizar e valorizar o compromisso das instituições públicas com essa pauta de respeito e de preocupação com promover a vida digna em todas as suas formas de existência”, afirma a professora Josianne Cerasoli, que é presidente da comissão organizadora do III PRADH e idealizadora do projeto. “A maneira como entendemos os Direitos Humanos hoje é muito ampla. Inclusive a qualidade da vida humana afeta todas as outras existências no planeta. Não se trata apenas dos seres humanos e demais seres vivos.”

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Tayná Victória de Lima Mesquita (à esquerda) e Sofia Fransolin Pires de Almeida, ganhadoras da edição 2021, nas categorias Educação e Artes, respectivamente (Foto: Acervo pessoal e Raquel Modolo)

Os projetos

O prêmio contempla pesquisas acadêmicas realizadas em instituições públicas de pesquisa do Estado de São Paulo em todas as áreas do conhecimento, incluindo os institutos e as universidades. Para participar da edição de 2023, o trabalho deve ter sido concluído no período de 1º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022. “Nós focamos na pesquisa já concluída e aprovada no seu mérito acadêmico. O reconhecimento que o prêmio quer fazer é o de que essa pesquisa está comprometida com a dignidade da vida”, diz Josianne.

Nas universidades, podem ser inscritos Trabalhos Finais de Graduação (TFG) e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), projetos de iniciação científica da graduação e trabalhos de mestrado e de doutorado. Entre os institutos paulistas de pesquisa contemplados estão o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o Instituto Biológico (IB), o Instituto Butantan, o Instituto de Botânica, o Instituto Geológico, o Instituto de Zootecnia, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), as universidades estaduais paulistas (Unicamp, USP e Unesp),  as universidades federais (Unifesp, UFSCar e UFABC), a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, a Universidade de Taubaté, a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), a Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, as Faculdades de Tecnologia (Fatec) e os institutos federais que têm 36 campi no Estado de São Paulo.

Ouça a matéria produzida pela Rádio Unicamp 

Categorias

O III PRADH premiará trabalhos em cinco categorias diferentes: Exatas, Engenharia e Tecnologia; Ciências Biológicas e da Saúde; Ciências Humanas, Sociais e Econômicas; Artes, Comunicação e Linguagem; e Educação.

O prêmio nasceu na Unicamp e foi instituído junto com o Instituto Vladimir Herzog em 2020. “Nós nos orgulhamos muito disso porque o Instituto Vladimir Herzog é uma organização que tem importante atuação na defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão”, afirma a historiadora. Segundo Josianne, a iniciativa é inédita porque não existe no mundo ocidental nenhum prêmio que tenha essa abrangência temática. Há iniciativas dirigidas a áreas específicas, como Engenharia, na Austrália, ou Economia, no México.

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Lívia Helena Terra e Souza e Marco Antonio Pedra Silva, ganhadores da edição de 2021, nas categorias Ciências Biológicas e da Saúde e Arte, respectivamente (Fotos: Vanessa Lima/Raquel Modolo) 

Capacidade transformadora

“Quando propusemos o projeto ao Instituto Vladimir Herzog a ideia era realmente aproximar esse reconhecimento que o Instituto tem na área dos direitos humanos no Brasil com aquilo que estávamos propondo como novo. Para nós, foi uma grande satisfação quando o Instituto acolheu a ideia de braços abertos. Hoje eles são entusiastas do prêmio”, lembra a professora.

Josianne identifica no prêmio uma capacidade de transformar a sociedade e a universidade. “Eu entendo que, em tempos de desinformação e fanatismo, uma das coisas mais importantes que a universidade pode fazer é mostrar, naquilo que ela produz seu compromisso e respeito com o coletivo.”

Os premiados

O evento de premiação acontece no dia 22 de maio, quando os contemplados receberão as estatuetas. A divulgação dos premiados ocorrerá nos dias 27 de abril e 10 de maio.

Na primeira edição, o doutor em engenharia de produção pela Unesp-Bauru (Universidade Estadual Paulista) Marcelo W. B. Furlan Alves foi premiado pelo seu trabalho que propôs um índice mundial de justiça climática a partir da compreensão e quantificação da dupla relação entre desenvolvimento humano e práticas de adaptação às e de mitigação das mudanças do clima. Ele criou uma espécie de “novo IDH [Índice de Desenvolvimento Humano]”: um Índice de Justiça Climática.

Acesse o link do Edital para fazer a inscrição até o dia 12 de fevereiro.

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O prêmio contempla pesquisas acadêmicas realizadas em instituições públicas de pesquisa do Estado de São Paulo em todas as áreas do conhecimento, incluindo os institutos e as universidades

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