Pesquisadores latino-americanos discutem serviços ecossistêmicos no contexto dos acordos ambientais

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Joshua Farley, professor da Universidade de Vermont
Joshua Farley, professor da Universidade de Vermont

A redução de florestas e vegetação nativa para a exploração de atividades econômicas gera uma perda anual de pelo menos US$ 4 trilhões em escala mundial ao impossibilitar a prestação de serviços ecossistêmicos e benefícios da natureza. Temas importantes na discussão do desenvolvimento sustentável, como segurança alimentar, regulação do clima e produção de água e o papel da humanidade nesse ciclo findável de recursos, foram debatidos na 2ª Conferência Regional América Latina & Caribe da Ecosystem Services Partnership/ESP, realizada no Centro de Convenções da Unicamp, entre 22 e 26 de outubro.

Biólogos, economistas, juristas, engenheiros e cientistas sociais de várias partes do mundo se encontraram em Campinas para discutir tópicos relacionados com serviços ecossistêmicos e a agenda ambiental. O evento também teve como premissa diminuir a distância entre a academia, a sociedade civil e os tomadores de decisão. “Mudanças Globais, Serviços Ecossistêmicos e Acordos Ambientais Multilaterais” foi a espinha dorsal dos debates.

Algumas questões apareceram em diversos momentos, como o desafio de comunicar e engajar pessoas para que os resultados obtidos pelas pesquisas sejam incorporados nas políticas públicas ou no processo de conscientização, além do contexto acadêmico. A necessidade de cooperação entre a universidade e os poderes público e privado foi outro aspecto recorrente. Professor da Universidade de Vermont, o economista Joshua Farley fez a palestra inaugural, trazendo como peça-chave a cooperação para vencer obstáculos acima de divergências ideológicas.

“Um aspecto que une diferentes tipos de pessoas é a necessidade de enfrentar um desafio comum. Precisamos de um líder que enxergue que a questão ambiental não é uma divisão política entre a esquerda e a direita, é uma questão sobre o futuro da civilização. E a única forma de enfrentarmos esse desafio é se trabalharmos juntos”, afirmou Farley.

A 2ª Conferencia Regional para América Latina e Caribe foi concebida pela ESP e realizada pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos/BPBES, com apoio da Unicamp, Embrapa e Biota. Com apresentação de pôsteres, conferencistas convidados e mais de 25 painéis, o evento foi organizado de acordo com grupos de trabalho já existentes e fomentados pela ESP, em que pesquisadores discutem práticas e compartilham conhecimento.

Como parte complementar do evento, antes da abertura oficial foram realizadas oficinas práticas, no dia 22, sobre como influenciar o processo de tomada de decisão, sobre a valoração e a avaliação dos serviços ecossistêmicos. Os parceiros que instruíram as formações, respectivamente, foram o projeto TEEB Regional-Local – uma parceria do Ministério do Meio Ambiente com a GIZ –, a FGVces e a USP.

Na cerimônia de abertura estavam presentes o chefe de gabinete da Reitoria da Unicamp, Joaquim Murray Bustorff; Carlos Joly, professor do Instituto de Biologia da Unicamp e coordenador da BPBES; Maíra Padgurschi, pesquisadora da BPBES; Marie-Anne van Sluys, professora do Instituto de Biociências da USP e coordenadora-adjunta de Ciências da Vida da Fapesp; Ana Paula Turetta, pesquisadora da Embrapa Solos; e Martine van Weelden, gestora de projetos da ESP.

Ouça reportagem da Rádio WEB Unicamp sobre o evento

 

 

Ana Paula Turetta, pesquisadora da Embrapa Solos
Carlos Joly, professor do Instituto de Biologia da Unicamp e coordenador da BPBES
Joaquim Murray Bustorff, chefe de gabinete da Reitoria da Unicamp
Martine van Weelden, gestora de projetos da ESP, e Maíra Padgurschi, pesquisadora da BPBES
Ana Turetta, Carlos Joly, Joaquim Bustorff, Marie-Anne van Sluys, Martine van Weelden e Maíra Padgurschi
Público acompanha palestra da 2ª Conferência Regional América Latina & Caribe da ESP

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