O Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (Nepo) será coordenado nos próximos dois anos pela pesquisadora Marta Maria do Amaral Azevedo, que substitui Estela Maria Garcia Pinto da Cunha. A cerimônia de posse foi realizada na manhã desta quarta-feira, 5, na sede do núcleo, com a presença do coordenador geral da Universidade, Alvaro Penteado Crósta e do titular da Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (Cocen), Jurandir Zullo Júnior. A fundadora do Nepo, Elza Berquó, também participou da mesa de posse e presenteou a nova coordenadora com um quadro de um desenho indígena.

Marta era uma antropóloga indigenista que no Nepo tornou-se demógrafa, como afirmou na cerimônia. “Gostaria de reconhecer e agradecer os meus mestres que aceitaram o desafio de me receber. Sou um produto dessa marca que o Nepo tem que é  produzir novos elos e avançar nos desafios de excelência." A pesquisadora salientou a importância do trabalho multidisciplinar e ressaltou que pretente dar continuidade e ampliar as colaborações entre áreas dentro e fora da Unicamp, inclusive internacionalmente.

Migrações, mudanças climáticas, a demografia relacionada à saúde, ao meio ambiente, e as questões etnorraciais, são linhas de pesquisa que a nova coordenadora acredita que poderão crescer no próximo biênio.

A fundadora Elza Berquó ressaltou que há no Brasil outros centros como o Nepo mas que não fazem a demografia dos povos indígenas. “É um pioneirismo nosso que a Marta trouxe." Berquó disse que a nova coordenadora “combina determinação e leveza” e que irá continuar “o belo trabalho realizado por sua antecessora".

Estela Pinto da Cunha salientou os números do período de agosto de 2011 até julho de 2015. “Graças ao trabalho de pesquisadores, funcionários alunos e bolsistas desenvolvemos 96 projetos de pós-doc, 47 projetos PIBIC, 386 produções divulgadas em diversos meios. Organizamos 51 eventos e realizamos parcerias, representações, cooperações e intercâmbios com 66 instituições."

O coordenador da Cocen falou do papel importante que o núcleo tem no sistema de pesquisa interdisciplinar da Unicamp. "A participação do Nepo é sempre construtiva”, avaliou. Para o coordenador geral da Unicamp, Alvaro Crósta, a Universidade acertou em cheio quando decidiu, há 17 anos, apostar na interdisciplinaridade. "Criamos um sistema de centros e núcleos saudável e vigoroso que contribui para a Unicamp ser uma Universidade de excelência, como ela é hoje."