O projeto de cooperação técnica internacional “Apoio ao Desenvolvimento Urbano de Moçambique”, de autoria de Cezário Benedito Galvão, aluno de Pós-graduação da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, foi uma das 20 iniciativas premiadas na 8ª edição do Caixa Prêmio Melhores Práticas em Gestão Local 2013/2014. A partir deste reconhecimento, a prática será inscrita no Dubai International Award – Best practices 2014 e concorrerá com projetos realizados no mundo todo. O trabalho de Galvão foi orientado pelos docentes da Feagri Antonio José da Silva Maciel e Antonio Ludovico Beraldo.

Além da Unicamp envolveram-se com o projeto a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e as organizações: Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores; a Caixa Econômica Federal (CEF) e, por parte de Moçambique, o Ministério de Obras Publicas e Habitação (MOPH).

O Pós-graduando pela Feagri atua na linha de pesquisa “Avaliação e aplicação de Máquinas". Ele falou sobre o projeto ao Portal Unicamp.

Portal da Unicamp - O que visa o projeto?
Galvão - Visa transferir tecnologia de projeto de máquinas e projetá-las para a fabricação de materiais alternativos de construção civil, adequados à realidade moçambicana. A finalidade é oferecer melhor qualidade de vida fomentando a indústria local para dar um impulso na roda econômica daquele país.

PU – Qual o sentimento em saber que o seu projeto está entre um dos premiados?
Galvão - Toda premiação é bem vinda. Mas, a satisfação maior é saber que ele poderá melhorar a vida de pessoas que serão beneficiadas com esta ação, tanto com a formação de novos empreendedores que produzirão as máquinas e os materiais alternativos de construção como os que terão melhorias em suas habitações.

PU – Qual o significado da iniciativa para o cenário mundial?
Galvão – A tecnologia deve estar sempre voltada para melhoria de vidas, em todo o mundo. Devemos encarar a iniciativa como um exemplo. Em setembro de 2011 esteve na Feagri um coordenador técnico moçambicano. Ele ressaltou a importância de não receber as máquinas prontas. De acordo com ele, "era necessário aprender a construí-las, tentar aprimorá-las para buscar crescimento".