Experiências do Mexa-se
ganham páginas de livro

02/12/2013 - 11:14

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Paulo César Montagner, chefe de Gabinete

Paulo César Montagner, chefe de Gabinete

Patrícia Asfora, coordenadora do Cecom

Patrícia Asfora, coordenadora do Cecom

Carlos Zamai, um dos organizadores do livro

Carlos Zamai, um dos organizadores do livro

Público que foi ao lançamento

Público que foi ao lançamento

Antonia Dalla Pria, uma das organizadoras do livro

Antonia Dalla Pria, uma das organizadoras do livro

Capa do livro

Capa do livro

“É impensável falar hoje em saúde sem a prática de atividade física”, garantiu Antonia Dalla Pria Bankoff, docente da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp, durante lançamento, nesta segunda-feira (2), do livro Atividade física e Saúde: Experiências, Organizações e Setor Público, publicado pela Paco Editorial e organizado por ela e pelo professor Carlos Aparecido Zamai, coordenador do programa Mexa-se. A solenidade ocorreu no Espaço Cultural Casa do Lago, que incluiu uma abertura, uma apresentação e uma sessão de autógrafos. A obra teve apoio da FEF e do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS).

A obra resultou da reunião de conteúdos apresentados em diversos fóruns pelo Programa Mexa-se, focalizando a temática atividade física e saúde como fatores primordiais para o ser humano. Destacou as principais doenças vividas pela população, causadas pelo sedentarismo. Na primeira parte aborda os cuidados com a saúde e educação para a saúde, ao passo que, na segunda, os relatos sobre as experiências.

Segundo Antonia Dalla Pria, a produção desse livro é um reflexo do trabalho do programa Mexa-se, que há cerca de dez anos foi delineado e que no momento já caminha praticamente sozinho. “E quem ganha é a comunidade”, enfatizou. Em 1996, começou o programa no Restaurante Universitário, depois foi para a Gráfica, e depois ainda à Marcenaria, expandindo-se para a Universidade como um todo.

Desde 2004, quando o programa foi oficializado, foram 1.500 atendimentos, 3 dissertações de mestrado, 5 de doutorado, 14 publicações em revistas de impacto, entre outros indicadores de produtividade. Quarenta e dois bolsistas passaram pelo programa até aqui. Pelos relatos, o programa, como efeito multiplicador, tem ajudado a promover qualidade de vida e saúde para a comunidade universitária, salientou a docente.

O professor Zamai realçou que a obra conta a história por si mesma. “Além de ser bom para as pessoas, o trabalho colabora para a formação e a capacitação de bolsistas que estudam na Universidade. Também resume a luta de quem se debruçou sobre o estudo do programa”, pontuou. Não raro, muitas são as experiências que confirmam o valor do Mexa-se. “Alguns relataram que pararam de tomar remédio. Outros pararam de entregar atestados, graças às práticas saudáveis incentivadas pelo programa.”

Para a cardiologista Patrícia Asfora Falabela, atual coordenadora do Centro de Saúde da Comunidade (Cecom), abordar saúde e exercícios físicos é intrínseco e, mais recentemente, sobressai um novo elemento: ser feliz. “Estudos científicos falam da felicidade para promover o bem-estar. Apesar de ser um termo abstrato, é a percepção que a pessoa tem de que o seu ideal está sendo vivido naquele momento”, definiu. “Quem pratica atividade física, é mais feliz."

O professor Paulo César Montagner, chefe de Gabinete da Unicamp, também docente da área de Educação Física, comemorou o lançamento do livro. Recordou que, na década de 1980, a Universidade resistiu, de certo modo (comprovado pela leitura das atas), à formação de uma faculdade de educação física, por entender que não haveria espaço para isso numa universidade de pesquisa.

“Vinte anos depois, o cenário é outro. Em 2007, o Conselho Universitário (Consu) votou inclusive a criação do curso de Ciências do Esporte, por reconhecer a sua importância em âmbito internacional. Hoje profissionais de educação física se alinham em termos de trabalho com terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, médicos, entre outros profissionais. O Mexa-se cresceu e está se consolidando como um campo de ensino, pesquisa e de intervenção. Este panorama veio para ficar”, constatou Paulo César. "A obesidade infantil, atrelada ao sedentarismo, é um tema sobremodo desafiador e que necessita de ações, como as desse programa, pois se trata de um problema de saúde pública", frisou.