Morre o professor do CEL
Waldyr Carvalho Luz

28/08/2013 - 17:02

Faleceu na manhã desta quarta-feira (28) o professor aposentado do Centro de Estudos de Línguas (CEL) da Unicamp Waldyr Carvalho Luz, aos 96 anos de idade. Seu filho Waddell foi funcionário também da Unicamp, atuando por anos junto ao Conex (Conselho de Extensão).

Intelectual, Waldyr Carvalho Luz foi autor da tradução clássica de As Institutas (do Latim), de João Calvino. Doutorou-se em Filosofia pelo Princeton Theological Seminary, Estados Unidos.

Lecionou Grego e Hebraico no Seminário Presbiteriano em Campinas e foi autor de diversas obras, entre elas a gramática grega Manual de Grego Neotestamentário e a tradução Interlinear do Novo Testamento Grego.

Comentários

Fui aluno de Grego do Prof. Waldyr no Seminário Presbiteriano de Campinas durante dois anos. Também fui amigo pessoal dele (apesar de ele ser da geração de meu pai, de quem foi colega no mesmo Seminário de Campinas) e, depois, colega dele na UNICAMP. É uma grande perda, apesar da vetusta idade que ele tinha ao morrer.

Eu conheci o Waddel do CONEX. Meus sentimentos e que Deus lhe dê forças Waddel.

Email: 
marcia@unicamp.br

Em 1982 quando aos 17 cheguei em Campinas fui a ED do Igreja Presbiteriana do Jardim Granabara para conhecer o "Doutor", recomendação do Rev. Alvino Alves meu tutor. Assisti suas aulas por 4 anos, sempre que possivel, pautada ora na Times, ora no NY Times, Washington Post, JB, ou um artigo cuidadosamente garimpado. Era uma classe concorrida por professores e alunos da UNICAMP ou PUCCamp. Depois estudei Latim com ele por 4 semestres na UNICAMP. Neste período, já no fim do Seminário, passei a desfrutar de seu círculo de amizade mais íntima, passei a ser o "mancebo do Seminário Theológico". Ele me introduziu no conhecimento do Calvinismo das fontes, no Calvinianismo, no romantismo alemão e nos clássicos do grego e latim, que pedia lesse em voz alta (sempre me corrigindo). Homem de fé, ético, correto com dano próprio, severo com todos e consigo mesmo, remidor do tempo, poliglota ele dominava muitas línguas, amava estudar e aprender para fazer outra coisa que amava tanto quanto: ensinar. Um amigo singular. Só dois amores eram maiores, o por seu Deus e o por Amélia, esposa que o mimava e segundo ele "Amélia sempre me entendeu". Estive com ele há alguns meses atrás, ainda bem lucido aos 96 anos. Seu Senhor o chamou hoje a sua presença. Adeus amado "Doutor Waldyr", mestre e amigo.