Edição nº 666

Nesta Edição

1
2
3
4
5
6
8
9
10
11
12

Jornal da Unicamp

Baixar versão em PDF Campinas, 22 de agosto de 2016 a 28 de agosto de 2016 – ANO 2016 – Nº 666

Mapeamento socioambiental
revela primeiros resultados

Levantamento vai subsidiar formulação
do Plano Diretor da Unicamp

A Câmara Técnica de Ambiente Urbano (CT-AU), que está realizando um diagnóstico socioambiental dos campi da Unicamp, a pedido do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), apresentou os primeiros resultados de oficinas/teste desenvolvidas no campus de Barão Geraldo. O mapeamento foi feito, até o momento, no Instituto de Geociências (IG) e Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), e apresentado na reunião ordinária do Conselho de Orientação Universidade Sustentável (COUS), dia 17, no auditório da Diretoria Geral de Administração.

O projeto, que envolve as metodologias da cartografia social e o Green Maps ou “mapa verde”, ferramentas que relacionam nos mapas os pontos positivos, negativos e situações de conflito no espaço territorial, está sendo coordenado pela professora Emilia Rutkowski, da FEC.

Estão programadas ao todo 32 oficinas com a participação de toda a comunidade universitária. “Vamos fazer uma oficina por unidade de ensino e pesquisa, uma oficina na área administrativa central, uma na área de saúde, que é diferenciada, uma de centros e núcleos, uma da área de serviços e moradia, CPQBA e no Cotuca”, afirma a professora.

O mapeamento prevê o diagnóstico socioambiental e também prognósticos, relacionando as expectativas da comunidade ao objetivo de construir uma universidade sustentável “como um laboratório vivo de sustentabilidade”, de acordo com a docente. Ela explica que o “laboratório vivo é um lugar onde você tem a aprendizagem e o ensino acontecendo em todos os seus espaços, inclusive nos espaços físicos”. Os resultados do mapeamento servirão ainda de base para o Plano Diretor da Unicamp.

De acordo com Emilia, os alunos gostariam, por exemplo, de poder se apropriar de todo o campus de bicicleta, ter uma agilidade maior de uso do transporte coletivo interno, ou espaços de trabalho funcionando 24 horas. “São coisas que demandam tempo. Estamos em progresso”, salientou. O diagnóstico socioambiental começou pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) e Faculdade de Tecnologia (FT). “Consideramos que estes são espaços mais contidos e com menos diversidade de ofertas de áreas diferenciadas de conhecimento, para depois entendermos como lidar com a diversidade do campus de Campinas”.

O coordenador-geral da Unicamp, professor Alvaro Crósta, destacou que a iniciativa “vem na linha de atuação participativa que a CGU e a atual reitoria têm desenvolvido porque, ao mesmo tempo em que nós pensamos o espaço sustentável na Universidade, nós fazemos isso de forma pedagógica, envolvendo os alunos, que é o chamado laboratório vivo”.

Crósta lembrou que há cerca de dois anos a Unicamp se filiou à rede internacional de universidades sustentáveis, a International Sustainable Campus Network (ISCM).  “Um dos focos da rede é o desenvolvimento de laboratórios vivos que sirvam para definir ações sustentáveis envolvendo atividades de ensino”.