Edição nº 557

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Jornal da Unicamp

Baixar versão em PDF Campinas, 15 de abril de 2013 a 21 de abril de 2013 – ANO 2013 – Nº 557

No topo da excelência


A pós-graduação da Unicamp avançou no último quadriênio tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Seus 142 cursos correspondem a 3% do total desse nível de ensino no Brasil e respondem por 7% das teses de doutorado produzidas a cada ano no país. Além disso, praticamente metade dos cursos da Unicamp apresenta nível de excelência internacional, segundo a última avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A nota média dos programas de pós-graduação da Unicamp vem aumentando a cada ciclo avaliatório, passando de 5,37 no triênio 2004-2006 para 5,49 no período 2007-2009. De acordo com a última avaliação trienal, 46% dos programas de pós-graduação da Universidade alcançaram conceitos 6 e 7. No período 2004-2006 essa participação era de 37%. A avaliação do próximo triênio (2010-2012) será divulgada em 2013.

Enquanto o conjunto de programas de pós-graduação no Brasil está concentrado entre os conceitos 3 a 5, com ênfase em torno do conceito 4, na Unicamp existe um claro predomínio do conjunto de cursos com conceitos 5, 6 e 7, que perfazem 82% dos programas. “Acompanhando a média das notas da Unicamp em um período mais longo, de 1998 a 2012, percebe-se que houve ao longo do período um forte empenho dos programas de pós-graduação e de suas respectivas unidades para alcançar, consolidar ou fortalecer a excelência desse nível de ensino”, diz o pró-reitor de Pós-Graduação, Euclides de Mesquita Neto.

Outro indicador da qualidade dos trabalhos desenvolvidos na pós-graduação é o desempenho da Unicamp no Prêmio Capes de Teses. No período 2009 a 2012, a Universidade conquistou 29 prêmios, 27 menções honrosas e quatro Grandes Prêmios. “Os indicadores mostram que a Unicamp continua tendo um papel de destaque no cenário nacional em termos de formação de recursos humanos em nível de doutorado”, observa Mesquita Neto.

Além de manter a liderança nacional em relação à qualidade, a pós-graduação da Unicamp também vem expandindo as atividades nesse segmento. Entre 2009 e 2012, foram iniciados cursos de mestrado e doutorado em 11 dos 71 programas vigentes, envolvendo oito unidades. Entre os cursos implantados estão Ciências da Nutrição e do Esporte e Metabolismo (FCA), Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação (FCM), Multiunidades em Ensino de Ciências e Matemática (FE), Arquitetura, Tecnologia e Cidade (FEC), Artes da Cena (IA) e Relações Internacionais (IFCH). O conhecimento gerado pela pós-graduação da Unicamp tem sido difundido para além dos limites da instituição por intermédio da divulgação das dissertações e teses produzidas. Uma das estratégias adotadas nesse sentido é a disponibilização dos trabalhos acadêmicos pela internet, o que permite o acesso a um sem-número de interessados. Ao final do ano de 2012, o número de teses e dissertações chegou a 38.695, o que corresponde ao total de teses e dissertações produzidas pela Universidade desde o início dos programas de pós-graduação. Esta produção já foi acessada cerca de 31.282.860 vezes e apresentou, até o final de 2012, um total de 6.198.201 de downloads.

No que diz respeito ao financiamento da pós-graduação, os dados também são positivos. Nota-se um incremento no número de bolsas, que passou de 3.948 em 2009 para 4.962 em 2012. Ou seja: houve um acréscimo de mil bolsas de pós-graduação no período. Dentre as agências de fomento, houve forte acréscimo de bolsas da Capes, que passaram de 1.654 em 2009 para 2.265 em 2012; da Fapesp, passando de 1.411 para 1.522 no mesmo período; e do CNPq, que saltaram de 1.125 para 1.522. Apesar desse incremento, o grau de cobertura de alunos com bolsas é de 44% do total dos alunos na pós-graduação.

Empenhada em melhorar a qualificação dos pós-graduandos para a docência, a Reitoria promoveu uma reestruturação do Programa de Estágio Docente (PED), com a adoção de medidas para agilizar a análise dos projetos e relatórios. Além disso, o financiamento de bolsas para os participantes, que antes ficava a cargo da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), a partir de 2010 passou a ser incluído no orçamento da Universidade. Em 2009, a verba orçamentária da Universidade para o PED era de R$ 1,9 milhão, chegando a R$ 3,6 milhões em 2012, alcançando o comprometimento do orçamento de R$ 4,1 milhões para 2013.

Também merece atenção a ampliação do número de alunos estrangeiros na pós-graduação da Universidade. Entre 1998 e 2001, havia 330 estudantes nesse segmento, decrescendo para uma média de 250 entre 2002 e 2006, e ficando em 300 alunos até 2010, quando o grupo representava apenas 2% dos matriculados. Em 2011 e 2012, esse contingente elevou-se ligeiramente, alcançando, respectivamente, as marcas de 424 e 597 alunos, refletindo os esforços institucionais de internacionalização no âmbito do ensino e pesquisa. Estes números indicam que houve um aumento na participação relativa desse segmento na Unicamp, passando de 3,82% em 2011 para 5,3% em 2012.

Os resultados obtidos em relação aos alunos estrangeiros refletem o incremento na política de internacionalização implementada a partir de 2009, quando o setor ganhou peso estratégico na administração central. Coube à PRPG coordenar o Grupo de Trabalho instituído em 2009 pela Reitoria com o objetivo de estabelecer metas e ações para expandir o grau de internacionalização da Universidade. Entre elas, a ampliação da visibilidade internacional da Universidade; criação de um International Office, a partir da expansão e adequação da Cori, dimensionado e preparado para o devido suporte às atividades de internacionalização; melhoria das condições e busca e criação de novas oportunidades para mobilidade e intercâmbio internacional de alunos e professores/pesquisadores; maior participação destes em redes, consórcios e convênios internacionais; e uma maior internacionalização dos programas de pós-graduação; e obtenção de recursos para a internacionalização no âmbito da Comissão de Planejamento Estratégico (Copei).

A PRPG também desempenhou ou participou de uma série de atividades que envolveram tanto ações ligadas estritamente à pós-graduação. Uma delas foi a criação do Anuário Estatístico da PRPG, que contou com cinco edições de 2009 a 2013, correspondentes aos anos base de 2008 a 2012. Estas publicações reúnem um grande conjunto de dados que permitem uma visão detalhada da pós-graduação na Unicamp. No Anuário de 2010, com dados do ano base 2009, além das informações-padrão, foram incluídos indicadores de distribuição por sexo dos estudantes, revelando que, na média, a Universidade apresenta uma distribuição igualitária na formação de homens e mulheres na pós-graduação.

Outra iniciativa foi a participação, juntamente com a USP e a Unesp, na Rede São Paulo de Formação Docente (Redefor), programa da Secretaria da Educação do Estado que está oferecendo cursos de especialização a distância para 30 mil profissionais da rede pública do Estado ao longo de 2010, 2011 e 2012. A iniciativa teve como objetivo oferecer cursos de pós-graduação Lato Sensu de alta qualidade visando capacitar professores, diretores e supervisores do ensino fundamental II e do ensino médio do quadro do magistério da rede pública estadual. Coube à Unicamp, por meio da PRPG e dos programas de pós-graduação das unidades participantes (IEL, IMECC, IFGW, IFCH e FEF), oferecer cursos de especialização em Língua Portuguesa, Matemática, Física, História e Educação Física, respectivamente, totalizando 4.050 vagas entre 2010 e 2011 e 8 mil vagas entre 2011 e 2012.