Unicamp vai estudar a prevalência da Covid-19 no Estado de São Paulo

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Durante o mês de junho, a Unicamp vai realizar uma pesquisa em todo o Estado de São Paulo para estimar a prevalência da covid-19 na população paulista. O inquérito sorológico vai apontar a parcela da população que já teve contato com o SARS-CoV-2 por meio da aplicação de testes rápidos por imunoensaio enzimático (Elisa) em amostras de sangue. Ele será feito em 11 cidades, com 500 amostras coletadas em cada uma delas, totalizando 5,5 mil exames. O inquérito sorológico deve auxiliar no planejamento de ações para saúde ao apontar uma estimativa de quantas pessoas já foram infectadas pelo vírus, além de mostrar quais regiões e grupos populacionais estão mais vulneráveis à covid-19. 

foto mostra professor alessandro farias sentado apontando o dedo para a tela de um computador
Coordenador da frente de diagnósticos da Força tarefa Unicamp contra a Covid-19, Alessandro Farias destaca a importância do inquérito sorológico para compreender o perfil da pandemia nas cidades paulistas (foto: Antonio Scarpinetti)

Os testes serão realizados nas cidades de São Paulo, Sorocaba, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Araraquara, Campinas e São José dos Campos.  De acordo com Alessandro Farias, professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e coordenador da frente de diagnósticos da Força Tarefa Unicamp contra a Covid-19, um dos fatores que dificultam o controle da pandemia são as infecções que passam despercebidas. "Como nós escolhemos testar apenas pessoas sintomáticas, estamos subnotificados no número de infecções, sendo que cerca de 60% dos indivíduos são assintomáticos. Vai ser possível então termos uma predição epidemiológica do número de pessoas infectadas e entender a evolução dessas variantes", explica o professor.

Além da aplicação dos testes, a Universidade vai realizar ainda o sequenciamento de cerca de 600 amostras do SARS-CoV-2 coletadas em todo o estado. Isso possibilita a identificação de quais variantes do coronavírus estão em circulação e também a possível detecção de novas variantes que podem surgir e escapar da resposta imune de pessoas que já tiveram covid-19 ou da imunidade conferida pelas vacinas. Alessandro Farias ressalta que as capacidades de mapear a sorologia da população e de identificar variantes serão necessárias para o controle da circulação do vírus no futuro: "Daqui para frente, é importante termos a capacidade de fazer esse tipo de monitoramento. É bem provável termos que lidar com variantes do novo coronavírus nos próximos anos, então precisamos entender o que essas novas variantes causam na população vacinada, nas pessoas recuperadas, se é possível que ocorram reinfecções"

foto mostra profissionais de saúde, vestindo roupas de segurança, aplicando um teste tipo pcr em moça sentada em cadeira
Amostras coletadas de exames do tipo RT-PCR vão passar por sequenciamento para identificar variantes em circulação no estado (foto: reprodução Cecom/Unicamp)

O trabalho será realizado na Unicamp por meio de uma parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que coordenou o inquérito sorológico aplicado no Rio Grande do Sul, e conta com recursos destinados pelo Ministério Público do Trabalho. No total, serão investidos R$ 2,018 milhões. A coleta das amostras nas 11 cidades será feita por equipes do instituto Inteligência Pesquisa e Consultoria - Ipec (antigo Ibope Inteligência). Os profissionais aplicarão ainda questionários sobre os hábitos de vida e de trabalho dos participantes. "O Ministério Público do Trabalho tem interesse em conhecer os aspectos laborais desses indivíduos que demonstram já terem sido infectados, qual era o trabalho deles, que tipo de função eles exerciam", explica Alessandro Farias. 

Ainda segundo o professor, o apoio do órgão tem sido essencial para que a Unicamp seja uma referência em pesquisas e prestação de serviços relacionados à pandemia: "Só pudemos dar início aos trabalhos de diagnóstico com a ajuda deles e isso contribuiu para sairmos na frente. Nós fomos a primeira instituição não diretamente ligada a diagnósticos a ter validação para podermos fazer exames diagnósticos sem a necessidade de contraprova".

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foto mostra mão de profissional de saúde, com luvas, coletando amostra de sangue do dedo de um paciente

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