Unicamp, que administra mais leitos de UTI do que várias capitais do país, registra bom índice de recuperados

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Mapa disponibilizado pela Área de Saúde da Unicamp. Disponível no site . 

No enfrentamento diário da pandemia, milhares de profissionais de saúde atuam 24 horas por dia no Hospital de Clínicas da Unicamp, no CAISM e nos hospitais de Piracicaba e Sumaré. Somadas, estas instituições estão operando com 140 leitos exclusivos de UTI para a Covid-19. Um número robusto, que indica uma grande responsabilidade para os gestores da área de saúde da universidade. Várias capitais do país não costumam ter uma infraestrutura com este porte para o atendimento de casos graves. Mais 132 leitos em enfermarias, somadas todas as instituições hospitalares, são também administrados pela Unicamp.

Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, que registra os números dos hospitais espalhados pelo país no sistema SUS, revelam que se a Unicamp fosse uma das capitais brasileiras, incluindo o Distrito Federal, ela estaria na 18a posição em um ranking hipotético que listasse as capitais com o maior número de leitos de UTIs existentes para o tratamento da Covid-19. Na prática, muitas capitais contrataram mais leitos e, assim como Campinas, contam ainda com o sistema privado de saúde para o atendimento da população. Em áreas metropolitanas, a quantidade de leitos também cresce quando somados todos os números das cidades vizinhas de uma mesma região.

Segundo os registros feitos pelos gestores públicos no cadastro nacional, a Unicamp estaria na frente, por exemplo, de cidades como Florianópolis e Vitória. Além de capitais do Centro-Oeste, como Campo Grande e Palmas, do Nordeste (Aracaju e João Pessoa) e das capitais menores do norte do País (Porto Velho, Rio Branco, Macapá e Boa Vista).  

O complexo de saúde da Unicamp tem no Hospital de Clínicas o seu centro nevrálgico. No local, 63 leitos de UTIs estão em operação para o atendimento dos casos mais graves da Covid-19. O Hospital Regional de Piracicaba, com os seus 50 leitos de UTI, também está todo voltado para o enfrentamento da pandemia. Os outros leitos de UTI administrados pela universidade estão em Sumaré (24) e no Hospital da Mulher, o CAISM, que disponibiliza mais 3 lugares para as pacientes que são atendidas no local. Os hospitais de Piracicaba e Sumaré são geridos pela Unicamp por meio de convênios assinados com o Governo do Estado.  

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Diretor da FCM, Luiz Carlos Zeferino: Critérios para internação em enfermarias e UTIs no hospital públicos e privados costumam ser diferentes, o que pode prejudicar essa comparação

Números positivos

O esforço feito dia a dia em todas as unidades de saúde está sendo refletido de forma positiva em alguns números. Um dos índices que podem ser utilizados para verificar o sucesso da missão dos profissionais de saúde das mais várias especialidades é a relação entre casos confirmados no próprio hospital e número de pessoas recuperadas do coronavírus. No caso específico do Hospital de Clínicas da Unicamp, a média móvel de sete dias até o dia 28 de julho de 2020 mostra que a relação entre os registros de pessoas com Covid-19 e o número de altas hospitalares está em 66%.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, do dia 23 de julho, a variação deste índice de recuperados entre os hospitais privados e públicos em nível nacional, também na comparação pela média móvel de uma semana, está em 68% e 55% respectivamente. A extremidade superior do intervalo, perto de onde está o número da Unicamp, foi registrada em estabelecimentos privados. De acordo com Luiz Carlos Zeferino, diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, são números que precisam ser contextualizados de forma correta. “Os critérios para internação em enfermarias e UTIs no hospital públicos e privados costumam ser diferentes, o que pode prejudicar essa comparação”, explica Zeferino. 

Os dados apresentados pela Folha, fruto de uma análise de mais de 65 mil internações, também mostram uma grande disparidade entre os Estados. Em São Paulo, a variação entre o índice de recuperados do hospital público e do privado é uma das menores do Brasil, o que indica a efetividade da rede paulista. O número da Unicamp (66%) está um pouco acima da média do setor público, que foi de 65%, ante 71% da média registrada para o setor privado.

Até o dia 29 de julho, o sistema de saúde apenas da Unicamp (HC, Cecom, que atende a comunidade interna, e CAISM) registrou 3.961 notificações para a Covid-19. Dentro deste universo, dos 1.258 casos confirmados, 1.010 tiveram alta. Outros 179 continuam em acompanhamento. A Unicamp registrou, no total, 69 óbitos. Foram 67 no HC e 2 no CAISM. Pacientes de mais de 70 cidades passaram pelas unidades de saúde geridas pela universidade até agora. Além de Campinas, Piracicaba e Sumaré os outros cinco municípios que mais usaram os hospitais são Hortolândia, Rio Claro, Paulínia, Monte Mor e Americana.

Todos os dados registrados pelo sistema de saúde atrelado à universidade estão sendo tabulados de forma online. Os mapas, por exemplo, que indicam a dispersão geográfica dos casos registrados nos hospitais da Unicamp são públicos e podem ser acessados por meio do portal da Unicamp. As informações, assim como os boletins de registros da Covid-19, são atualizadas diariamente e fazem parte da política de transparência de enfrentamento da pandemia instituída pela universidade.  

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