Unicamp Queer 2021 prossegue no dia 1º de julho com aula magna de Jean Wyllys

Unicamp Queer 2021 terá exibição de filme, webinário e aula magna com Jean Wyllys

Iniciado em 2020, o Unicamp Queer retorna em versão mais reduzida, com atividades também totalmente remotas. O objetivo é compartilhar com a comunidade acadêmica e com o público em geral debates e reflexões acerca de temas da comunidade LGBT+ e queer.

O evento foi idealizado e é coordenado pelo professor Gilberto Alexandre Sobrinho, do Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação, do Instituto de Artes (IA). Conta com apoio e estrutura do IA, da Atlética do IA e da Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH). A execução é realizada por estudantes do Curso de Comunicação Social – Midialogia.

A programação será iniciada, dia 28 de junho, às 17h, com a exibição do longa-metragem LIMIAR (2020), dirigido por Coraci Ruiz. “Limiar” é um documentário autobiográfico realizado por uma mãe que acompanha a transição de gênero de seu filho adolescente: Entre 2016 e 2019 ela o entrevista abordando os conflitos, certezas e incertezas que o perpassam numa busca profunda por sua identidade. Ao mesmo tempo a mãe, revelada por meio de uma narração em primeira pessoa e por sua voz que conversa com o filho por detrás da câmera, passa ela também por um processo de transformação que a obriga a romper velhos paradigmas, enfrentar medos e desmantelar preconceitos.” Para assistir ao filme, preencha o formulário eletrônico.  [Mais informações sobre o filme]. 

Webinário "Audiovisual e artivismos LGBT+ e queer”
No dia 29 de junho, às 19h, no Canal do Youtube do IA, acontece o webinário “Audiovisual e artivismos LGBT+ e queer”. O evento discutirá o longa-metragem LIMIAR e também as relações entre o ativismo LGBT+ e as práticas artísticas a ele relacionadas. Participarão do debate, mediado por Gilberto Alexandre Sobrinho:

Alessandra Brandão - Professora do Curso de Cinema da UFSC, também faz parte do coletivo Tenda Queer e da Rede Macunaíma de Afetos, pesquisando feminismos decoloniais, questões de gênero e sexualidade no cinema e na literatura

Amara Moira - Doutora em teoria e crítica literária pelo IEL/UNICAMP, publicou em 2016 seu primeiro livro autobiográfico, além de estar inclusa em outras obras falando sobre suas vivências enquanto travesti e feminista

Bruno Victor - Mestrando em Multimeios pela Unicamp, foi diretor e roteirista do curta "Afronte", exibido em diversas mostras internacionais, e recentemente esteve envolvido na realização de diversos festivais, longas e documentários

Coraci Ruiz - Doutora em Multimeios pela Unicamp, participou da fundação da produtora Laboratório Cisco, em 2003, e é documentarista desde então, atualmente trabalhando no longa "Germino Pétalas no Asfalto", selecionado para o DOC LAB do DOC SP 2020

Aula magna com Jean Wyllys
A última atividade será a Aula Magna “Desinformação é também questão de sexualidade e de gênero”. Ela será proferida por Jean Wyllys. A transmissão ocorre no Canal do Youtube do IA, dia 1 de julho, às 14h30. Para participar não é necessário se inscrever. 

Jean Wyllys - Além de ser jornalista, professor e escritor, é Mestre em Letras e Linguística pelo Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia e doutorando em Ciências Políticas, na Faculdade de Direito e Ciências Políticas, da Universidade de Barcelona. Ativista de Direitos Humanos com prestígio internacional, em especial na área dos direitos das pessoas LGBTQ+, Wyllys exerceu dois mandatos consecutivos como deputado federal, mas antes que pudesse iniciar o terceiro, ameaças de morte a ele e à sua família obrigaram-no a se exiliar.

O termo queer
É original da língua inglesa. O uso apontava, principalmente, para os sentidos de “estranho” e “esquisito”, em práticas declaradamente homolesbotransfóbicas. A comunidade LGBTI+ apropriou-se da palavra, negando suas conotações depreciativas e transformado-a em auto-denominação positivada que passou a funcionar, assim, como um “guarda-chuva” para representar e enaltecer identidades lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersex, e uma gama de possibilidades não normativas. A palavra ganhou o mundo e os movimentos sociais, e ela também alcançou a academia, derivando daí novos saberes e epistemologias em diferentes áreas.

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Mais informações pelo e-mail gilsobri@unicamp.br
(Da Redação/Hélio Costa Júnior)

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