Congresso Nacional de Matemática Aplicada e Computacional acontece até sexta-feira

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mesa de abertura

Teve início nessa segunda-feira (17) o XXVIII Congresso Nacional de Matemática Aplicada e Computacional (CNMAC), no Centro de Convenções da Unicamp. Sob o tema “Matemática Aplicada na América Latina", a mesa de abertura contou com professores de Argentina, Chile e Colômbia, que posicionaram os participantes sobre a área em cada país. “Essencialmente, a matemática aplicada busca contribuir com a resolução de problemas usando a matemática. Assim, além de matemáticos, esse evento atrai cientistas da computação, engenheiros, físicos e todos os cientistas que precisam de matemática. É um evento bastante amplo”, explicou Carlile Lavor, presidente da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC), responsável pelo evento.

O Congresso, que acontece anualmente, ganhou destaque não apenas nacional, atraindo pesquisadores de todo continente e estabelecendo-se como o mais importante evento da área na América Latina. Nesta edição, o CNMAC comemora os 50 anos do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) e os 40 anos da SBMAC, sociedade responsável por sua origem e organização. São esperados 700 participantes, mais de 100 trabalhos orais e em torno de 350 pôsteres, entre iniciações científicas e pós-graduação.

homem da entrevista
Carlile Lavor, presidente da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional

“É muito interessante o crescimento do evento, vemos que existe muita matemática aplicada sendo feita. Na verdade, existem muitas diferentes matemáticas aplicadas sendo feitas. Uma das coisas mais ricas nesse evento é por para conversar essas pessoas que trabalham com aplicações muito diferentes”, contou Marcelo Terra, professor do Imecc e membro da comissão organizadora do evento.

Conforme destacou Edson Cataldo, vice-presidente da SBMAC, até sexta-feira (21) serão 17 sessões técnicas, que abordarão temas como: modelagem matemática aplicada à engenharia, modelagem matemática aplicada à física, processamento de sinais, biomatemática e de ensino, entre outros. 

homem da entrevista
Marcelo Terra, do Imecc e membro da comissão organizadora do evento

“Mulheres na Matemática”
Entre as mesas redondas que compõem a programação, destaca-se a coordenada pela professora Walcy Souza, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A docente discutirá a baixa representatividade das mulheres na área.

“A proporção de mulheres na área está muito abaixo do que deveria. Apesar da questão de gênero ser mundialmente debatida, aqui no Brasil está ficando pior. Estamos fazendo o esforço de no mínimo começar a discutir e colocar pontos para as pessoas pensarem”, explicou.

mulher da entrevista
Walcy Souza, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Segundo a professora, com objetivo de debater a questão e promover a presença das mulheres nos congressos, foi formado um comitê de gênero na SBMAC. “Existem estereótipos que afastam as pessoas de tomarem a decisão por ser matemática. Eu mesma quando aluna da universidade, primeira da turma, ouvi de colegas: ‘doutorado não para você’. Infelizmente, a situação não evoluiu muito de lá pra cá”, opinou.

Walcy destacou ainda a ausência de mecanismos de proteção à maternidade e situações de discriminação em processos seletivos. Além da carreira profissional das pesquisadoras, Walcy observa o número de meninas nas Olimpíadas e competições da área. “Estamos investigando o que está evitando que as meninas sejam competitivas até o final”, relatou.

Confira a programação completa do evento.

Imagem de capa
XXVIII Congresso Nacional de Matemática Aplicada e Computacional (CNMAC), no Centro de Convenções da Unicamp

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