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A Pesquisa na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
INTRODUÇÃO
ANUÁRIO 2008
A
Unicamp é uma universidade estadual autônoma cujo
orçamento é vinculado à receita de
ICMS do Estado de São Paulo. Além destes recursos
a universidade capta recursos de fontes estaduais, federais e privadas,
através de contratos e convênios para
realização de projetos de pesquisa financiados,
pesquisa cooperativa, treinamento, serviços e atividades de
extensão em geral.
Os
cursos de pós-graduação da UNICAMP
formam pesquisadores e profissionais de alto nível. Os
pós-graduandos e seus orientadores geram uma vigorosa
produção científica,
tecnológica, cultural e artística. Vale
à pena ressaltar o significativo número em torno
de 800 teses de doutorado que são concluídas
anualmente na UNICAMP.
Quatro grandes áreas abrangem as
atividades de ensino, pesquisa e extensão: exatas
(Física, Química, Matemática e
Geociências); tecnológicas (Engenharia
Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia
Química, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos,
Engenharia Agrícola, e Arquitetura); biomédicas
(Medicina, Biologia, Odontologia, e Educação
Física); e humanas e artes (Filosofia, Ciências
Sociais, História, Economia,
Lingüística, Literatura,
Educação, e Artes). A Unicamp compreende 20
unidades de ensino e pesquisa, numerosos centros e núcleos
de pesquisa interdisciplinar, e um vasto complexo hospitalar,
além de uma série de unidades de apoio num
universo onde convivem cerca de 30.000 pessoas e se desenvolvem
inúmeras pesquisas. A TABELA I mostra resumidamente esta
realidade.
A criação da Faculdade de Ciências
Aplicadas da Unicamp com inauguração em
março de 2009, através da
Deliberação CONSU-A-33 de 05 de agosto de 2008,
aumentou o número de unidades para 21, onde serão
desenvolvidas atividades em oito novos cursos de
graduação em Ciências do Esporte,
Engenharia de Manufatura, Engenharia de Produção,
Gestão de Comércio Internacional,
Gestão de Empresas, Gestão de
Políticas Públicas, Gestão do
Agronegócio e Nutrição.
Tabela
I - Indicadores Gerais e de Desempenho
Acadêmico da Unicamp no ano 2004 a 2008
Censo
2006 - Grupos de Pesquisa na UNICAMP – CNPq
O
Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil é um
projeto desenvolvido no CNPq desde 1992. Constitui-se em bases de dados
(censitárias e corrente) que contêm
informações sobre os grupos de pesquisa em
atividade no País.
Extraídas
periodicamente da base corrente (a cada dois anos), tem seus
conteúdos estáticos, isto é,
representam “fotografias” da pesquisa no Brasil,
tiradas em determinadas datas para a realização
dos censos. Essas datas são previamente anunciadas pelo CNPq
para que os participantes dos grupos atualizem seus dados na Plataforma
Lattes. O Diretório realizou até hoje oito censos
(1993, 1995, 1997, 2000, 2002, 2004, 2006 e 2008), sendo que o censo de
2006 foi consolidado em 2008 e o censo de 2008 encontra-se em
início do processo de estratificação,
não possibilitando um detalhamento das
informações.
Segundo
o último censo consolidado, o Censo 2006, à
pesquisa na UNICAMP se estrutura fundamentalmente em torno de 628
grupos de pesquisa, que envolvem a participação
direta de 3.253 pesquisadores, onde 87,8% são doutores que
atuam, de acordo com a categorização do CNPq em
seis áreas: Ciências Agrárias,
Ciências Biológicas, Engenharias e
Ciências da Computação,
Ciências Exatas e da Terra, Humanidades, e Ciências
da Saúde. Embora o censo de 2008 esteja em início
de avaliação, as
informações disponíveis no
período próximo a tomada de dados indica um
crescimento significativo de grupos, atingindo algo em torno de 680
grupos atualmente. Segundo os dados do Censo 2006, a UNICAMP
é a quarta instituição nacional em
maior número de pesquisadores doutores e a quinta
instituição em número de grupos de
pesquisa.
Em 2006 a análise estatística apontava para uma
divisão em 73% de grupos consolidados, 23% de grupos em
consolidação e 4% de grupos em
formação, sendo que 91% dos grupos classificados
como consolidados estavam entre as cinqüenta
instituições com maior
concentração de doutores, o que coloca em
evidência a concentração institucional
da pesquisa no País. Neste ranking a UNICAMP com 73% ocupava
a segunda colocação, tendo a sua frente apenas a
PUC/RJ com 79%. A estratificação de 2006 confirma
o equilíbrio e a qualidade das atividades de pesquisa
desenvolvidas na UNICAMP. Alguns dados relativos ao Censo 2006 podem
ser visualizados nas TABELAS II a IV e no GRÁFICO I. Os
resultados obtidos para esta avaliação do censo
2006 e a metodologia utilizada para a
classificação dos grupos encontram-se
disponíveis em:
Para a estatística de 2006:
http://dgp.cnpq.br/planotabular/
Para
a estatística de 2004:
http://dgp.cnpq.br/censo2004/estratificacao/2004/index_estratificacao_2004.htm
Tabela
II - Distribuição dos grupos de
pesquisa segundo a instituição, 2006
Tabela
III - Nº de grupos, pesquisadores, estudantes,
técnicos, linhas de pesquisa e
relações segundo
instituição com maior nº de grupos de
pesquisa
Tabela
IV - Distribuição dos grupos de
pesquisa por grande área, segundo as IES 1/
Gráfico
I - A Evolução da Estrutura dos
Grupos de Pesquisa da UNICAMP, segundo os censos de 2002 e de 2004 e
2006.
A Tabela V e o Gráfico II ilustram a produtividade
acadêmica dos docentes da UNICAMP desde 1995. O
esforço desenvolvido na UNICAMP nos últimos anos
é evidente. Enquanto o número de docentes ativos
diminui progressivamente, a partir de 1995 os indicadores de desempenho
acadêmico aumentam de forma relativa.
Tabela V - Indicadores de desempenho
acadêmico da UNICAMP desde 1995
Gráfico
II - Indicadores de desempenho acadêmico da
UNICAMP desde 1995.
Finalmente,
a Tabela VI mostra a evolução do financiamento
à pesquisa na UNICAMP nos últimos anos. O aporte
de recursos extra-orçamentários destinados ao
financiamento à pesquisa em 2008 representa uma parte
significativa comparados aos recursos
orçamentários da universidade.
Tabela
VI- Financiamento à pesquisa em R$ durante os
últimos anos
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