HG 208 – Introdução à Filosofia Geral II

HG 202 – Filosofia Geral II

 

Graduação, 2o Sem. 2009 – Prof. Silvio Seno Chibeni

 

Lista de exercícios # 1 (30/9/2009)

 

Observações:

 

 

1.     Na Epístola ao Leitor do Essay, Locke conta um episódio que teria despertado seu interesse pela pesquisa epistemológica que, ao cabo de 20 anos, redundaria na publicação do livro. Ele conta que numa discussão acadêmica entre amigos suspeitou de que “haviam tomado um caminho errado”. Explique o ponto.

 

2.     Mais abaixo, na Epístola, faz referência a diversos dos grandes filósofos naturais (ou “cientistas”, como diríamos hoje) da época, dizendo que não pretende competir com eles. Atribui a si uma função modesta. Explique qual é ela.

 

3.     Na Introdução, Locke apresenta o plano do livro (Essay I.i.2). Nele diz que seguirá o “método histórico, simples” (Historical, plain Method). O que ele quer dizer com isso?

 

4.     Qual a definição inicial de idéia que Locke apresenta nessa Introdução? Dê 3 exemplos de idéias.

 

5.     Em I.i.3 descreve as etapas principais de seu projeto epistemológico. a) Enumere-as, resumindo. b) Qual delas indica a adoção, por parte de Locke, daquilo que um crítico (Edward Stillingfleet) chamou de “via das idéias” (way of ideias). O que isso significa?

 

6.     Qual das três etapas precedentes indica a preocupação de Locke com a questão que surgirá ao examinar os limites do conhecimento, e constatar que são muito estreitos (ou seja, que quase nada sabemos com certeza). Explique um pouco a proposta de Locke, para evitar que a partir daí cheguemos a uma posição puramente cética.

 

7.     Nos capítulos ii a iv do livro I do Essay, Locke analisa a tese da existência do conhecimento inato e critica vários argumentos a seu favor. O primeiro e mais importante é o argumento do assentimento universal. Apresente esse argumento em termos claros, explicando o raciocínio envolvido na transição da(s) premissa(s) para a conclusão.

 

8.     Qual a primeira crítica de Locke a esse argumento?

 

9.     A segunda e mais importante crítica que Locke faz a esse argumento dos inatistas é a de que contém uma premissa falsa. Que premissa é essa? Como Locke fundamenta a afirmação de que essa premissa é falsa?

 

10.  Além de apontar as deficiências do argumento do adversário, Locke fornece um poderoso argumento positivo para a inexistência de conhecimento inato. Apresente esse argumento, indicando claramente o papel essencial que nele desempenha a falsidade da premissa do argumento inatista exposto na questão 3, acima.

 

11.  No parágrafo 17 do capítulo ii, Locke apresenta o segundo mais importante argumento inatista. Reproduza esse argumento e comente a sua natureza.

 

12.  No parágrafo seguinte, Locke critica esse argumento inatista. Apresente detalhadamente a crítica de Locke.

 

13.  No Livro II do Essay Locke examina a origem das idéias e classifica-as segundo diversos pontos de vista. Segundo Locke, as nossas idéias se originam, em última instância, de duas fontes. a) Quais são essas fontes (explique)?  Dê três exemplos de idéias fornecidas por cada uma. b) Por que o estabelecimento dessas fontes é importante dentro da proposta epistemológica geral de Locke?

 

14.  Examinando as idéias que temos, verificamos facilmente que nem todas provêm diretamente das fontes apontadas na questão precedente. a) Como Locke resolve esse problema? b) Por quais critérios as idéias simples se distinguem das complexas? Dê pelo menos três exemplos variados de idéias simples.

 

15.  Atuando sobre as idéias que possui, a mente pode formar outras idéias. Quais as “ações da mente” na formação:

a) de idéias complexas (modos e substâncias)? Dê três exemplos de idéias formadas por essa ação.

b) de idéias de relações? Dê três exemplos de idéias formadas por essa ação.

 

16.  As idéias complexas dividem-se em idéias de modos e idéias de substâncias.

a) Explique a distinção. Dê pelo menos três exemplos variados de cada.

b) Segundo Locke, o que há de insatisfatório na idéia de substância pura?