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Fórum de Ensino Superior debate
a internacionalização da universidade

LUIZ SUGIMOTO

Internacionalização e Excelência Universitária” foi o tema de nova edição dos Fóruns Permanentes de Ensino Superior, que ocorrem no âmbito da Coordenadoria Geral da Universidade (CGU). O evento do último dia 22 no Centro de Convenções, organizado pela Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori) e pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), teve o propósito de discutir o significado da internacionalização, bem como suas consequências, riscos e benefícios institucionais.

Um dos convidados estrangeiros foi Francisco Marmolejo, professor da Universidade do Arizona (EUA) e diretor executivo do Consortium for North American Higher Education Collaboration (Conahec). Profundo conhecedor do sistema universitário brasileiro, Marmolejo falou sobre “Internacionalização do ensino superior: por que, como e quando?”. “Há alguns anos, Peter Drucker [filósofo e economista falecido em 2005] predisse que as universidades desaparecerão e não mais haverá instituições como a Unicamp. Ele exagerava um pouco, mas estou seguro de que o modelo tradicional de universidade já não responde às realidades de um mundo globalizado”.

O diretor da Conahec apresentou dados encomendados pela Unesco para a Conferência Mundial de Ensino Superior de 2009, em Paris, referentes às variantes mais importantes previstas para o período 2010-2020. Entre as variantes estão uma contínua massificação da educação superior; a persistência da desigualdade de acesso; a mobilidade crescente de estudantes e professores; uma revolução nos processos de aprendizagem; e a exigência de mecanismos de garantia de qualidade. “O ambiente de pesquisa, por sua vez, será cada vez mais competitivo e não podemos pensar na pesquisa sem uma perspectiva internacional. Equipes internacionais são cada vez mais numerosas”.

Na opinião do reitor Fernando Costa, a internacionalização é uma prioridade não só da Unicamp, mas de todas as grandes universidades brasileiras. “Sem dúvida, é uma das ações fundamentais para que qualquer universidade atinja um grau de excelência, de classe mundial. Todos os programas da nossa Universidade têm como objetivo o intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e de pesquisadores e professores. É preciso prosseguir e incrementar esse processo de intercâmbio”

Fernando Costa defende a presença de um número razoável de docentes permanentes de outras nacionalidades, que não tenham sido formados no Brasil. “A Unicamp apresenta esta característica desde sua criação, quando algumas faculdades e institutos tinham até 40% de seus quadros compostos por professores vindos do exterior, oferecendo uma formação extremamente internacional. Também vamos procurar dar condições para que os nossos pesquisadores e professores tenham uma experiência de pelo menos um ano em grandes universidades de outros países”.

A professora Maria de Fátima Sonati, assessora do pró-reitor de Pós-Graduação Euclides de Mesquita Neto, informou que a Unicamp possui atualmente 16 mil pós-graduandos, 3% estrangeiros, principalmente de países latino-americanos. “E, a cada ano, 3% dos nossos titulados vêm tendo uma experiência de pelo menos um semestre letivo no exterior. Dentro da meta de internacionalização desta administração, pretendemos atingir, nos próximos anos, 10% de estrangeiros no contingente de estudantes de pós-graduação; e também ter 10% dos nossos titulados com uma experiência no exterior”.

Para o professor Edgar Salvadori De Decca, coordenador-geral da Unicamp, está se trilhando um caminho novo no que se refere a percepção, visão e estratégias para o futuro das universidades. “A internacionalização é um fato histórico desde a origem de universidades como as de Cambridge, Harvard e Oxford, que sempre se caracterizaram como centros de atração de estudantes e intelectuais de todo o mundo, tornando-se centros irradiadores de conhecimento. Acho que chegou a vez dos países em desenvolvimento e esta é a razão para que os rankings retratem posições ocupadas por instituições que nunca haviam tido a oportunidade de se projetar no cenário mundial”.

Ressaltando que o mundo vem passando por uma onda de internacionalização das universidades, o professor Leandro Tessler, coordenador da Cori, anunciou que o outro convidado do exterior no evento seria o professor Alvaro Maglia, secretário da Associação de Universidades Grupo de Montevidéu (AUGM), que reúne 24 instituições públicas da Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Brasil. “Na parte da tarde, teremos um momento inédito: a mesa-redonda com os responsáveis pelas Relações Internacionais da USP, Unicamp e Unesp, discutindo nossas estratégias pela primeira vez em público”.




 
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