| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 379 - 5 a 11 de novembro de 2007
Leia nesta edição
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Projeto InovaNIT mostra
primeiros resultados

PATRÍCIA MARIUZZO
Especial para o Ju

Osvaldo Spíndola, da ABDI, e  (Foto:Antônio Scarpinetti)O Projeto InovaNIT, resultado de um convênio da Inova Unicamp com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), já colhe seus primeiros frutos: o Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe (Cefet-SE) anunciou na semana passada a implantação do seu Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). A Lei de Inovação, de 2004, determina que toda Instituição Científica e Tecnológica (ICT) organize um NIT próprio ou em associação com outras ICTs, com a finalidade de gerir sua política de inovação.

Nesse âmbito, o InovaNIT tem por objetivo apoiar a estruturação, institucionalização e operacionalização desses núcleos, capacitando profissionais em gestão da inovação e disseminando a cultura da inovação, propriedade intelectual e transferência de tecnologia.

O Gerente de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação do Cefet-SE, Edson Leal Menezes Neto, participou do primeiro curso de estruturação de NIT, organizado e realizado em agosto passado pela Inova Unicamp e pelo Fórum de Nacional de Gestores de Inovação Tecnológica (Fortec), em Fortaleza, Ceará.

“O curso foi de extrema relevância para sanar dúvidas sobre questões que envolvem a interpretação da lei de inovação e, principalmente, o modus operandi do núcleo de inovação, acelerando assim a implementação do NIT do CEFET-SE”, declarou Menezes Neto.

O novo NIT nasce com a missão de fortalecer o relacionamento da instituição com a comunidade, envolvendo órgãos governamentais, setor produtivo e demais organizações da sociedade civil. Segundo Menezes, o objetivo é criar oportunidades de inovação tecnológica para a transferência do conhecimento em prol do desenvolvimento econômico, tecnológico e social de Sergipe.

As secretarias estaduais de Ciência e Tecnologia e de Finanças, por exemplo, já demonstraram interesse em transferência de tecnologias voltadas ao uso racional de energia elétrica no setor público. Outra demanda que vai exigir atuação do NIT é a criação de um laboratório de metrologia e calibração de medidores de vazão, em parceria com a Petrobrás.

De acordo com Menezes Neto, o Núcleo deve estar funcionando já neste mês. Uma de suas primeiras ações previstas buscará orientar a comunidade em relação aos temas relacionados à propriedade intelectual. “A sensibilização de docentes e pesquisadores em relação a esse tema ainda é muito baixa. Desta forma, o NIT entra como agente articulador, no sentido de proporcionar a institucionalização de uma nova cultura acadêmica”, acredita.

No DF – Seguindo a meta de oferecer treinamentos em todas as regiões do país (veja quadro), os colaboradores da Inova Unicamp viajaram para Brasília para atuar como instrutores do Curso de Estruturação de Núcleos de Inovação Tecnológica, entre 22 e 26 de outubro. O curso teve o apoio do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB).

Os 31 participantes desta etapa de Brasília vieram do Ministério da Saúde, da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti), do Exército Brasileiro, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), de universidades e de institutos de pesquisa.

Para Osvaldo Spíndola, participante da ABDI, a sensibilização em relação ao tema propriedade intelectual e transferência tecnológica deve ser implementada como uma cultura dentro das ICTs. Segundo ele, a novidade de todo arcabouço legal que permeia as relações entre pesquisadores, universidades, ICT e setor privado, traz a necessidade de discutir estratégias e ações no âmbito dos objetivos da Lei de Inovação a serem executadas pelos diversos atores envolvidos no sistema de inovação.

“Somente após uma intensa interação entre os membros da cadeia de transferência de tecnologia, obteremos os resultados econômicos esperados pela sociedade. O Projeto InovaNIT oferece importante contribuição ao colocar em discussão a experiência da Unicamp e de sua Agência de Inovação”, concluiu. Spíndola trabalha no projeto Portal Inovação, ambiente virtual especialmente desenvolvido para promover a interação entre as empresas, as ICTs e as universidades.

Capacitação – Destaca-se também a presença significativa de oficiais e técnicos do departamento de tecnologia do Exército, um terço do total de inscritos. Segundo Patricia Magalhães, coordenadora do Projeto InovaNIT, a significativa participação de pessoal do Exército nesse curso decorre de seu interesse na definição de um modelo de gestão de inovação e tecnológica para essa instituição.

De todas as instituições presentes em Brasília, 35% têm NIT já constituídos. Uma das pioneiras na implantação de um núcleo de inovação é a Universidade de Brasília, UNB. Lá funciona, desde 1986, o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico. Segundo Luis Afonso Bermúdez, diretor do Centro, eles ainda enfrentam dificuldades na área de recursos humanos, tanto em termos de capacitação como para fazer contratações, já que nos quadros da Universidade não existem cargos para atender esta área.

“O InovaNIT é fundamental para formar recursos humanos. Precisamos ter pessoas informadas e formadas nos temas importantes para o desenvolvimento econômico e social como são a inovação e a geração e transferência de tecnologia das fontes geradoras para as fontes consumidoras”, afirmou ele, que foi também um dos instrutores deste curso.

A gestão de tecnologia requer uma cultura organizacional que vincule as ações dos indivíduos aos objetivos estabelecidos. “O curso proporciona esse debate que coloca em discussão as lógicas da academia e do mercado, visando a realização da transferência de tecnologia”, disse Rosângela Lameira, coordenadora da Escola de Empreendedorismo do CDT. “Isso é rico tanto para quem já está estruturado, que pode dialogar com outras experiências e assim aprimorar seus processos, como para quem precisa estruturar uma unidade, visto possuir material para refletir criticamente e construir uma proposta adequada a sua realidade”, completou.

O próximo treinamento vai acontecer na Região Norte. O curso será realizado entre 26 e 29 de outubro, em Manaus. Para atender às especificidades da Região, o curso terá um módulo sobre conhecimento tradicional, no qual serão introduzidos conceitos referentes à legislação nacional e internacional da biodiversidade e sua proteção e comercialização. Estão abertas também as inscrições para o treinamento em Florianópolis, organizado em parceria com o Fortec (Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia). O curso é voltado para as ICTs da Região Sul.

Cronograma dos próximos cursos do Projeto InovaNIT

Manaus – 26 a 29 de novembro

Florianópolis - 03 a 06 de dezembro

Campinas – Curso básico de propriedade intelectual para gestores de tecnologia – INPI/ Unicamp, 10 a 14 de dezembro

Alunos já podem inscrever projetos de pré-incubação

VÉRONIQUE HOURCADE
Especial para o Ju

Alunos de graduaO coordenador Paulo Lemos (à esquerda), Marcos Hashimoto, do IBMEC-SP, e Mariana Azevedo, presidente do NEJs: incentivando o empreendedorismo tecnológico (Foto: Antônio Scarpinetti)ção e pós-graduação da Unicamp, interessados em participar do processo de seleção de projetos de pré-incubação, podem fazer as inscrições até o dia 20 de novembro, através do site www.inova.unicamp.br/pre. Os trabalhos inscritos serão avaliados por uma banca examinadora. A intenção é que haja, pelo menos, um projeto selecionado por unidade de ensino da Universidade.

A pré-incubação de projetos é uma iniciativa da Agência de Inovação Inova Unicamp que tem como finalidade incentivar o empreendedorismo tecnológico na Universidade, através do suporte para transformação das idéias dos alunos em novos empreendimentos. Criado em 2005, já apresenta resultados concretos, com três projetos de pré-incubação tendo sido transformados em empresas e abrigados em incubadoras de Campinas (Vocalize, na Incamp, Pinuts no Ciatec e um projeto em MoSoSo, na incubadora do Softex).

O coordenador de Empreendedorismo Tecnológico e Pré-incubação da Inova Unicamp, Paulo Lemos, explica que haverá mudanças para esta edição, com enfoque, principalmente, na ampliação da pré-incubação a todas as unidades da Unicamp e a proposta de atrair uma maior quantidade de alunos da pós-gradução. “O objetivo é gerar inovação, futuros negócios e empreendimentos, mas também explorar os vários canais de transferência de tecnologia, a geração de patentes e de consórcios de pesquisa cooperativa”.

Outra novidade é a parceria firmada com o IBMEC-SP, um centro de excelência em ensino e pesquisa em gestão e economia. “A proposta é que, por meio da nossa experiência em gestão, façamos uma ponte com conhecimento o tecnológico gerado na Unicamp, transformando-o em oportunidades reais de negócios com forte relação com a pesquisa e o desenvolvimento”, ressaltou Marcos Hashimoto, coordenador e professor do Centro de Empreendedorismo do IBMEC-SP.

De acordo com Paulo Lemos, o formato da pré-incubação continua com a proposta dos mentores acadêmicos e empresariais, cujas funções são a de dar suporte aos projetos selecionados. O mentor acadêmico orienta as funções tecnológicas do projeto e o mentor empresarial dá orientação sobre a viabilidade econômica e comercial do projeto. “Entre nossos mentores empresariais estão profissionais atuantes na Coca-Cola, na MTV e na Petrobrás”.

A novidade a partir desta edição é que os alunos também passam a ser acompanhados por um grupo de profissionais, reunindo representantes da Inova, do Núcleo de Empresas Juniores da Unicamp (NEJs) e IBMEC-SP. “Nosso objetivo é que, cada vez mais, os projetos tenham características de empreendimentos voltados para a inovação utilizando o conhecimento científico gerado na Universidade”, ressaltou Lemos.

O Núcleo de Empresas Juniores da Unicamp vai atuar como parceiro no processo de acompanhamento dos projetos selecionados, apresentados por alunos da Graduação. Mariana Azevedo, presidente do NEJs ressaltou a importância da iniciativa da Inova e destacou o apoio do NEJs ao projeto.

Atualmente, a Unicamp tem oito projetos pré-incubados, o dobro de quando começou, em 2005. A expectativa com a ampliação do serviço é chegar a pelo menos 20 projetos pré-incubados. O evento de lançamento da nova fase da pré-incubação foi realizado no auditório da Biblioteca Central Cesar Lattes, no dia 15 de outubro.


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