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Unicamp é protagonista de parceria
em inovação entre Brasil e Reino Unido
Seminário e acordo de cooperação estreitam
laços com Universidade de Cambridge

Uma delegação da Unicamp esteve nos dias 1 e 2 de março como convidada na Universidade de Cambridge (Reino Unido) para uma visita e para participar do seminário “Colaborações de pesquisa: Oportunidades, Política e Prática”, organizado pela Cambridge Enterprise, agência de inovação da Universidade de Cambridge, em parceria com a Agência de Inovação Inova Unicamp. O seminário foi realizado em uma das “Old Schools”, como é chamada a parte mais tradicional da universidade britânica, na qual são realizados somente eventos de grande relevância estratégica para a universidade, o que evidencia o destaque atribuído à parceria com a Unicamp. Financiado pelo Prosperity Fund, fundo do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, e coordenado pelos Escritórios de Estratégia Internacional e de Pesquisa de Cambridge, além do Instituto de Produção da Universidade, o evento contou com a presença do reitor da Unicamp, professor Fernando Costa, bem como do vice-chanceler de Cambridge, professor Sir Leszek Borysiewicz, além da presença de Sir Adrian Smith, diretor-geral de Conhecimento e Inovação do Departamento para Negócios e Inovação do Reino Unido (BIS-UK), e de professores das duas universidades. Além do reitor, integraram a comitiva da Unicamp o pró-reitor de Pesquisa, Ronaldo Pilli; o diretor executivo da Inova Unicamp, Roberto Lotufo; e os professores Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ), e Gonçalo Pereira, do Instituto de Biologia (IB).

Para o reitor Fernando Costa, a parceria Unicamp-Cambridge corrobora o reconhecimento internacional da Universidade. “A Unicamp tem condições para estabelecer colaborações com as melhores universidades do mundo. Isso é fundamental para o processo de internacionalização da Universidade”, afirma. A visita e o seminário são parte de uma parceria mais ampla entre Unicamp e diversas instituições no Reino Unido que vem sendo estreitada principalmente por ação da Inova Unicamp em cooperação com o Consulado Britânico em São Paulo.

Patricia Magalhães de Toledo, diretora de propriedade intelectual e de transferência de tecnologias da Inova Unicamp, conta que o início da aproximação ocorreu a partir de 2008, quando o Departamento de Ciência e Inovação do Reino Unido veio buscar universidades renomadas do país que tivessem interesse em aproximar os laços em ciência e inovação. “O consulado britânico objetivava ampliar a cooperação entre os dois países e, como parte dessas atividades, uma delegação inglesa realizou uma missão no Brasil em 2008 para conhecer nossa realidade e estreitar laços”, relata.

Desde então, a aproximação da Unicamp com o Consulado Britânico foi se firmando e tem sido fortalecida, com a realização de eventos em cooperação e outras missões em ambos os países, e mais recentemente com o estabelecimento de dois projetos em 2011. Patricia explica que os projetos são de fundamental importância e foram aprovados com recursos do BIS UK – departamento britânico que visa impulsionar a inovação e alavancar negócios – e do Prosperity Fun – fundo do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido voltado para a promoção do desenvolvimento sustentável que opera em 14 países prioritários, dentre os quais o Brasil. “Os dois projetos nos proporcionaram maior aproximação especificamente com a Universidade de Cambridge e seu ecossistema de inovação”, ressalta Patricia.

Damian Popolo, que foi vice-cônsul de Ciência e Inovação do Reino Unido no Brasil e atualmente é gerente de tecnologia na empresa BG, explica que as parcerias firmadas entre Brasil e Reino Unido antes de 2011 foram importantes, contudo mais focadas em ciência do que em inovação. Segundo ele, desde 2006, Brasil e Reino Unido vêm fortalecendo seus laços em ciência, com resultados positivos como o aumento da colaboração entre os dois países em termos de quantidade e qualidade de publicações. Com estes resultados, o Reino Unido tornou-se o segundo maior parceiro do Brasil em pesquisa científica, sendo ultrapassado apenas pelos Estados Unidos.

Entretanto, de acordo com Popolo, em 2011 os países incluíram na parceria uma estratégia mais voltada para a inovação, com o fortalecimento da troca de experiências em incubação de empresas de base tecnológica e em transferência de tecnologias, bem como na cooperação entre agências de inovação. “O Reino Unido iniciou um trabalho com países e instituições que possuem núcleos de inovação mais avançados, como a Unicamp”. Segundo Popolo, a Universidade foi escolhida para a parceria justamente por possuir a agência de inovação mais tradicional e avançada do Brasil, além de ser uma referência no âmbito científico-inovador.

Já no Reino Unido, foi destacado como parceiro mais indicado para a cooperação neste âmbito, a Cambridge Enterprise, agência de inovação da Universidade de Cambridge, que é fomentadora de um polo fortemente inovador. Patricia, que esteve na Cambridge Enterprise este ano, conta que a universidade foi muito bem sucedida na criação de uma cultura empreendedora diferenciada na região em seu entorno. “Podemos tomar a experiência da Universidade de Cambridge e da Cambridge Enterprise como exemplos para seguirmos na Unicamp e na região metropolitana de Campinas, já que existem diversas similaridades nos dois ecossistemas”, avalia Patricia. Para a diretora, não só a região de Campinas pode ser comparada com a de Cambridge em termos de potencial inovador, mas também as chamadas “Empresas Filhas da Unicamp” possuem pontos semelhantes com as empresas de base tecnológica na região de Cambridge. Entretanto, a diretora relata algumas iniciativas ainda não implantadas na Unicamp que impactaram fortemente na construção do principal polo de inovação acadêmico do Reino Unido.

Segundo Patricia, além dos eventos de networking entre os empreendedores, que a Unicamp também tem fomentado mais recentemente, a Universidade de Cambridge possui fundos de investimento para empresas nascentes, criadas no contexto da academia, que têm um papel importante no estímulo ao empreendedorismo de base tecnológica. Para a diretora, nossa região tem potencial para, como Cambridge, diversificar a economia de base tecnológica. “As Empresas Filhas da Unicamp são concentradas no setor de Tecnologia da Informação. Para seguir o exemplo do polo de Cambridge também temos que aproveitar nossos excelentes resultados em produção científica para fomentar a criação de empresas de biotecnologia, energia e outras áreas”, pondera a diretora.

Sobre a parceria com a Unicamp, Jennifer Barnes, pró-vice-chanceler de Estratégia Internacional da Universidade de Cambridge, relata que a instituição é cautelosa em relação à busca de parceiros. “Explorar oportunidades de parceria com a Unicamp nos agrada imensamente, pois é uma universidade de classe mundial, que complementa nossos pontos fortes e coincide com a nossa visão”. Segundo Jennifer, o envolvimento com o Brasil é uma prioridade estratégica para a universidade nas próximas décadas. Assim, além da parceria com a Unicamp, Cambridge possui acordos com agências brasileiras de fomento, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para oferecer bolsas de estudo para cidadãos brasileiros. Esses acordos também foram tratados na visita à Cambridge, uma vez que um dos objetivos da delegação da Unicamp à universidade britânica foi explorar a possibilidade de enviar alunos de pós-graduação e pós-doutores por meio do programa brasileiro de mobilidade de pesquisadores, o Ciência sem Fronteiras, anunciado no ano passado pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

O professor Rubens Maciel, da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, participou da visita e dos seminários, e avalia que a parceria Unicamp-Cambridge impulsiona naturalmente o contato com universidades do exterior, abrindo caminhos para pesquisas e avanços científico-tecnológicos. “Cambridge é uma universidade de excelência e preza as pesquisas multidisciplinares, o que auxilia na resolução de problemas imprescindíveis à sociedade”, explica.

Seminário
Uma das propostas do seminário no Reino Unido foi explorar meios pelos quais as relações entre Unicamp e Cambridge possam ser fortalecidas e desenvolvidas. Para o diretor executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp, Roberto Lotufo, o projeto revelou o interesse real por parcerias em pesquisas acadêmicas. “Isso ficou constatado pela participação de um expressivo número de professores da Universidade de Cambridge neste seminário e por ter sido realizado na Old Schools, lugar reservado apenas para eventos estratégicos da universidade”, ressalta.

O One Day Seminar, como é conhecido o seminário, dividiu-se em duas sessões paralelas para discutir oportunidades e desafios para pesquisa colaborativa. “Nossos pesquisadores identificaram no Brasil possíveis áreas para projetos colaborativos, como células-tronco e câncer. Também temos que ressaltar o progresso dos cientistas brasileiros nas áreas de energia e conservação”, ressalta a doutora Jennifer Barnes, pró-vice-chanceler de Estratégia Internacional de Cambridge. Ao longo dos trabalhos, os convidados do Reino Unido abordaram tópicos como oportunidades de financiamento para pesquisa colaborativa com universidades brasileiras e compartilhamento de experiência acadêmica. Para o reitor da Unicamp, o seminário foi muito produtivo e deve ter consequências concretas. “Acredito que o evento foi o começo de uma crescente e verdadeira cooperação entre a Universidade de Cambridge e a Unicamp”, prevê Fernando Costa.





 
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