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Campinas, maio de 2001 - ANO XV - N. 162.........
     
   
 

..SEU ESPAÇO

..

 

De Lisboa
Nesta época de Natal é costume enviar postais muito bonitos com frases buriladas, de recheio farfalhudo ou empolgante.
Eu quero dizer-lhe bem pouco: quero agradecer-lhe o envio do Jornal da Unicamp, aqui, para Lisboa. Um Jornal que percorre o teclado de toda a vida maravilhosa da Unicamp, que não esqueço nunca.
Fui professor, nos anos letivos de 1987 e 1988, na Faculdade de Educação Física e, em 1988, lecionei Epistemologia, para os doutorandos da Faculdade de Educação. E vivi, no Brasil, mais pro-priamente na Unicamp, momentos inesquecíveis desta minha existência que já não é curta.
E vejo, pelo último número do Jornal da Unicamp, que eu envelheci, mas que esta magnífica universidade continua igual ao denunciar as opressões e os embustes; ao promover, com rigor, o conhecimento científico; e ao distinguir Homens como D. Pedro Casaldáliga e D. Paulo Evaristo Arns – Homens na nvulgar qualidade do seu intelecto e pelo Amor com que acolhem o seu semelhante.
E, por isso, é para mim um privilégio poder receber mensalmente o nosso Jornal. Muito obrigado. Porque não tenho medo de esfolar as mãos quando aplaudo quem o merece. Parabéns pelo Jornal que faz, na companhia de uma equipe de gente honesta e competente.
Recordo a figura de D. Paulo Evaristo Arns, apoiando, sem medo, os justos que a inquisição ditatorial fazia sentar nos bancos, não do opróbio, mas da honra.

Manuel Sérgio

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"Case"
Acabo de completar minha leitura da edição sobre o caso Perus (que foi o grande case da Unicamp), e fiquei emocionada.
O material jornalístico está excelente. Mostra como é possível fazer jornalismo sério em assessoria institucional. É um belo exemplo a ser seguido por outras instituições, como Petrobras, prefeituras etc. Parabéns para todos os profissionais que se envolveram nisso. Espero que ampliem sua escola.

Soraya Agege
O Globo

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À luz
Recebi o Jornal da Unicamp no dia 03 de abril. Li de uma jornada só até o final. Gostaria de fazer a seguinte apreciação:
Em setembro de 1990, nos meandros de uma pesquisa jornalística, foi possível chegar à descoberta das ossadas, muito provavelmente de desaparecidos políticos, enterradas em vala comum no cemitério de Perus (SP). O Documento Especial elaborado pelos jornalistas do Jornal da Unicamp traz novamente à luz a reportagem que ainda não teve ponto final.
Que a matéria, ora “passada a limpo”, não permita que se enterre mais uma vez o assunto na vala comum do esquecimento, sem explicações institucionais e respostas convincentes aos familiares dos mortos e aos brasileiros solidários que aguardam por ética e justiça.

João Baptista de Almeida Junior (Jotabê)
Professor de Jornalismo da PUC-Campinas

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Ponto comum
Tenho um irmão e um vizinho que trabalham na Unicamp, mas este não é o único ponto comum entre ambos, que sequer se conhecem.
Eles não se cansam de elogiar as mais recentes edições do Jornal da Unicamp, destacando as várias mudanças feitas (para melhor, é claro). Estou com a edição de abril aqui comigo e pude comprovar que os elogios não são gratuitos.

Luiz Guilherme Fabrini

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Palavrinhas
Ontem, no Departamento de Ciência Política do IFCH/Unicamp, recebi a edição especial do Jornal da Unicamp sobre o “Projeto Perus”, o que foi uma grata surpresa e revela um belo trabalho jornalístico. Nossa memória teima então em falar algumas palavrinhas.
Em 1995, no auge da fama midiática de Badan e por conta dela, ele foi presidente de uma comissão processante do processo jurídico nominado “Sérgio José Custódio e outros”, movido pela então reitoria da universidade que visava a suspensão de coordenadores do DCE Unicamp da universidade.
Não só por causa do bandejão, advogou em nosso favor, como advogado do DCE Unicamp, o doutor Luiz Eduardo Greenhalgh, um dos autores do livro “Brasil: Tortura Nunca Mais”.
Visto sempre nos bastidores do DOI-CODI naqueles ditatoriais anos do início dos 70, pelo próprio doutor Luiz Eduardo Greenhalgh e outros militantes da causa dos direitos humanos, não parecia que o doutor que depois faria fama meteórica estivesse ali a passeio.
O pedido de liminar do doutor Luiz Eduardo Greenhalgh foi concedido em favor do DCE Unicamp pela Justiça de Campinas e Sérgio, Abdala, Adriana e Marta viriam a concluir seus estudos de graduação na Unicamp.
Ao anunciar a punição dos coordenadores do DCE, Badan o fez bradando seu parecer para a imprensa do Brasil inteiro. Foi um Deus nos acuda quando conhecidos, familiares, amigos e amigas souberam deste jeito, pelos jornais, telefonemas aflitos e pelas tabelas, num sábado de manhã, do que acontecia com nossos nomes, ainda mais vindo da boca de um doutor “tão respeitado pela sociedade”. Do nosso desespero pessoal e do desespero de nossos familiares nunca esqueceremos.
Com a ajuda do jornalista Sérgio de Souza, editor da revista Caros Amigos, no ano de 1999, por ocasião do “affair” de uma CPI no Congresso Nacional, onde o “doutor” estava, agora não muito confortável e risonho, novamente nos holofotes, propusemos e efetivamos, com a solidariedade de outros estudantes da Unicamp e o apoio político da então Coordenadora Geral do DCE, Regiane Beltran, o enterro simbólico do festejado homem de outrora no mesmo bandejão de tantas histórias.
A história da repressão no Brasil, que geralmente vitima os que lutam por transformação social, com certeza ainda tem muitas páginas para serem escritas. Mas, cada vez que aparece um fato jornalístico como o que vocês ofereceram para a comunidade da Unicamp e a sociedade no geral, ainda que premidos pelas contingências da realidade de poder no seio da universidade, os olhos se enchem de água, porque a vida ganha sua verdadeira dimensão e os combatentes pela humanização do mundo, lutadores e lutadoras do povo, esperançosos construtores de novos dias, com mais justiça e igualdade social, afirmam a necessidade de luta, sempre. Parabéns.

Sérgio José Custódio

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Arquivo
Parabenizo a equipe de jornalistas, fotógrafos, produtores, diagramadores, enfim, todos que fazem o informativo da Unicamp. Acabo de receber a edição especial de Perus e fiquei maravilhada com a qualidade do material. O jornal está simplesmente perfeito. É um documento histórico digno de fazer parte das melhores bibliotecas do mundo. O meu exemplar já está arquivado e servirá de fonte de pesquisas. Quando trouxe para a redação da TV, onde trabalho, foi um alvoroço. Todos queriam ler e vários colegas me pediram para levá-lo para casa, o que não permiti, temendo ficar sem ele.

Denise Moura
TV Serra Dourada

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Familiares
Quero registrar meu contentamento ao ver a edição 160 do Jornal da Unicamp. Muito oportuna, coerente e esclarecedora a pauta da edição. A nós, familiares de desaparecidos, resta a luta pelo resgate da história de cada um deles, e a insistência para que esta memória não morra.
Creio que o público universitário precisa muito conhecer a verdadeira história do nosso país e saber o quanto podemos estar próximos de ações semelhantes se não estivermos atentos. Temos buscado, incessantemente, as respostas que trazem angústia às nossas famílias, e ainda não somos respeitados como cidadãos, da forma que deveríamos ser.
Se todos os jornalistas estiverem conscientes desse papel, poderemos acreditar na justiça, mesmo que para as próximas gerações.
Especialmente, me emociona ver a matéria sobre o resgate de Maria Lúcia Petit, pois foi na busca dos restos mortais de meu irmão que a encontramos, em Xambioá.
Para nós do Araguaia, foi um passo muito importante e revelador. Ainda aguardamos uma posição do governo sobre as ossadas que trouxemos em 1996, também de Xambioá, que suspeitamos sejam de João Carlos. Algo há que impede o desenrolar desse episódio.
De qualquer forma, parabenizo toda a equipe pelo trabalho. Sigam assim, com garra, ética e coragem. Recebam um abraço fraterno.

Sônia Maria Haas
Irmã de João Carlos Haas Sobrinho,
médico gaúcho morto em 1972

 


 
 

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