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Anuário revela liderança e evolução da produção científica da Unicamp

Número de publicações em periódicos indexados
na base de dados do ISI registrou aumento de 24%

MANUEL ALVES FILHO

O professor Ronaldo Aloise Pilli, pró-reitor de Pesquisa: "Projeto de internacionalização da Universidade envolve a instituição como um todo." (Foto: Antoninho Perri)A Unicamp acaba de consolidar o Anuário de Pesquisa 2008, que está integralmente disponível para consulta no sítio da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), no endereço www.unicamp.br/anuario/2008. O documento traz dados que apontam a evolução da produção do conhecimento por parte dos pesquisadores da Universidade. O indicador mais significativo revela que a instituição alcançou no período a marca de 2.752 publicações em periódicos indexados na base de dados do Institute for Scientific Information (ISI), o que representa um crescimento da ordem de 24% em comparação com os números registrados no ano anterior (2.222). Nos próximos dias, o anuário será distribuído aos diretores de unidades e órgãos de ensino e pesquisa, bem como a organismos externos.

A Unicamp manteve a liderança nacional no que se refere à produção intelectual por docentes - 1,59 artigo per capita em 2008 naquela base de dados. Em 2007, esse índice foi de 1,27. De acordo com o pró-reitor de Pesquisa, professor Ronaldo Aloise Pilli, esse resultado foi alcançado praticamente sem variação no quadro de docentes. O desempenho positivo da Universidade está, em parte, associado à inclusão de maior número de revistas brasileiras na base de dados do ISI. "Ou seja, como a base aumentou, nossa participação consequentemente cresceu. O mesmo ocorreu, obviamente, com as demais universidades brasileiras. Graças a isso, o Brasil tornou-se atualmente o 13° país do mundo em número de publicações científicas indexadas", explica Pilli.

Outro aspecto relevante a ser considerado, conforme o pró-reitor de Pesquisa, é o fato de 70% dos artigos elaborados pelos pesquisadores da Unicamp serem publicados por periódicos indexados, justamente os que permitem maior repercussão e disseminação dos resultados obtidos. "Embora os números sejam relevantes, penso que devemos almejar melhora nesse índice. Tal objetivo é importante porque a publicação de um trabalho em revista indexada é precedida de criteriosa avaliação, o que revela a aceitação por parte dos pares. Ademais, a maioria dessas revistas está disponibilizada para acesso eletrônico, o que faz com que o trabalho atinja públicos cada vez maiores", salienta o professor Pilli.

Um dos objetivos de todo pesquisador, prossegue ele, é ver o trabalho divulgado nos fóruns mais adequados e qualificados possíveis, medida que contribui para o avanço do conhecimento. "Publicar em revistas indexadas de alto impacto é uma das maneiras. Evidentemente, esse esforço deve respeitar as peculiaridades de cada área. Todas elas têm fóruns privilegiados de discussão. Nossa disposição é de incentivar cada vez mais a participação dos nossos pesquisadores nessas instâncias. Isso também pode ser feito por intermédio da participação em congressos internacionais de prestígio ou pela publicação de livros ou capítulos de livros com amplo alcance nas respectivas áreas de pesquisa", esclarece.

 Pesquisadores em laboratório da Faculdade de Engenharia Mecânica: Unicamp manteve a liderança nacional no que se refere à produção intelectual por docentes. (Foto: Antoninho Perri)O pró-reitor de Pesquisa considera ser recomendável buscar, em paralelo ao esforço para aumentar o número de publicações em revistas indexadas, maior espaço em periódicos de elevado prestígio no mundo científico em geral, como Science, Nature e PNAS [publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos]. "Atualmente, a Unicamp tem um número limitado de publicações nessas revistas. No entanto, estou convencido de que temos pesquisas de alta qualidade que mereceriam ser submetidas à apreciação dos editores. Tal procedimento, diga-se, está alinhado com a disposição da atual administração de fomentar ações que confiram maior visibilidade internacional à Unicamp", afirma.

O projeto de internacionalização da Universidade, continua o professor Pilli, não está restrito naturalmente aos programas e iniciativas na área da pesquisa, embora esta constitua um dos pilares desse empenho. "Trata-se de uma ação estratégica que envolve a instituição como um todo: graduação, pós-graduação e extensão. Isso também é válido para a área de formação de recursos humanos para a Unicamp. Talvez estejamos no momento de retomar o fluxo de experiências com outros países. Se atualmente a Unicamp é uma das três melhores universidades brasileiras, temos que ter como perspectiva transformá-la num futuro próximo na melhor da América Latina e numa das 100 melhores do mundo", projeta.

Para se chegar a esse estágio, insiste o professor Pilli, é preciso ter visão estratégica e projetos que elevem ainda mais o grau de excelência das atividades desenvolvidas pela Universidade. "Temos trabalhado para atrair os melhores alunos e os docentes mais capacitados para a nossa instituição. A par disso, também temos procurado estimular o desenvolvimento de pesquisas de qualidade, sempre em associação com o ensino. Creio que um dos nossos principais desafios esteja na necessidade de estimular os alunos de graduação a buscar uma experiência de iniciação científica ao longo de sua formação. Precisamos, ainda, ampliar a participação da comunidade no programa PIC Júnior [Programa de Iniciação Científica Júnior do Estado de São Paulo], que dá a oportunidade para que estudantes do ensino médio convivam por um ano em nossos laboratórios, sob a supervisão de professores e pesquisadores. Penso que despertar precocemente a vocação para a ciência é uma das tarefas mais relevantes para o país, que continua carecendo de cientistas, engenheiros, médicos etc".

 . (Foto: Anuário de Pesquisa 2008

Ainda em relação ao segmento da pesquisa propriamente dito, o professor Pilli argumenta que a intenção da atual administração da Unicamp é estimular o desenvolvimento de projetos em áreas que sejam estratégicas para o Brasil, como energia, meio ambiente, biotecnologia, entre outras, sem prejuízo às iniciativas individuais. "Temos que incentivar trabalhos inovadores que possam vir a ampliar os horizontes atuais de pesquisa". Por último, mas não menos importante, o professor Pilli considera fundamental que a Unicamp continue a pleitear de forma competitiva novos financiamentos junto a empresas públicas e privadas e órgãos de fomento. Ele lembra que a Universidade teve um desempenho excelente no edital que culminou com a criação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), conquistando recursos para a instalação de nove dessas unidades. "É a conjugação desses e outros fatores que fará com que nos capacitemos para ocupar a posição de universidade de classe mundial", finaliza.

 
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