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A visão dos diretores de unidades sobre o PEI

IQ - Célio Pasquini
O Planejamento Estratégico sofreu, como toda nova iniciativa de mudança conceitual, de alguns enganos de início de percurso que resultaram em uma participação da comunidade, creio, aquém da desejável para ação de tal vulto. No entanto, ele teve o mérito, ao meu ver irreversível, de elevar a um novo patamar a forma através da qual a comunidade e a administração central se relacionam com o objetivo de atender as demandas da instituição, contemplando sua visão de futuro. Aos diretores de unidade que se envolveram, por dever do ofício, mais diretamente com a sua elaboração, restou desta primeira, de muitas outras etapas pelas quais o PEI deve passar, uma visão ampla da Universidade e a certeza de que o entendimento é perfeitamente possível mesmo dentro da nossa enorme diversidade.
FEAGRI - José Tadeu Jorge
É imprescindível, para realizar uma administração moderna e eficiente, a existência de um processo de planejamento estratégico, que permita sintonizar os anseios da comunidade com as decisões institucionais que levem a Universidade a cumprir seus objetivos. Assim sendo, a expe-riência pioneira que está sendo realizada merece aplausos pela iniciativa e possui méritos indiscutíveis, devendo, sem dúvida, continuar. Como tudo que se faz pela primeira vez, há muito a ser melhorado. Destaco como exemplos dois pontos importantes: é inadiável a integração efetiva de toda a comunidade ao processo, buscando apurar demandas e estabelecer bases consensuais de ação; e desvincular a elaboração do planejamento estratégico do uso de recursos existentes, pois as ações estratégicas não necessariamente implicam no uso de dinheiro, podendo ser de atitudes, comportamento, filosofia ou outras.

FEEC - Léo Pini Magalhães
O hábito do pensar estrategicamente não está tão difundido o quanto deveria no âmbito da Unicamp e das unidades. Se não está difundido nas unidades, não se reflete no âmbito da Unicamp. Então, o PEI, por vezes, resvalou no planejamento emergencial: foi um pouco estratégico, um pouco emergencial. Como não havia o estratégico, muitas coisas passaram a ser emergenciais. O primeiro ponto positivo do PEI foi o de colocar as unidades frente à necessidade do pensar não só a curto prazo, mas também a longo prazo. O segundo ponto: possibilitar o trabalho conjunto, com cada diretor pensando não estritamente em sua unidade, mas olhando as outras, buscando planejamento menos local e mais global. Minha expectativa é de que o PEI funcione como uma câmara de planejamento, junto com os pró-reitores, obviamente com este grupo executivo discutindo com as bancadas do Consu, que representam todos os segmentos.

FEQ -Maria Regina W. Maciel
Considero o Planejamento Estratégico oportuno e importante, principalmente levando-se em conta a excelência de nossa Universidade. Tivemos a oportunidade de iniciar discussões e até mesmo elaborar uma proposta sobre “a missão e visão de futuro da Unicamp” e definir algumas estratégias e ações. O PEI caracteriza-se por ser um processo de planejamento e, como tal, passa a ser contínuo, considerando abrangências de curto e longo prazos. As unidades conquistaram espaço e tempo para definir necessidades, desde as emergenciais até as estratégicas propriamente ditas. Houve oportunidade, além disso, de, em conjunto, serem discutidas necessidades e prioridades da Unicamp e, com isto, já puderam ser elencadas ações dentro das possibilidades financeiras existentes.

IC - Ricardo Anido

Considero que um planejamento estratégico de médio e longo prazos seja essencial para o futuro da Unicamp (como, aliás, para qualquer organização). É importante que a Unicamp incorpore, em sua cultura, como parte do seu dia-a-dia, esse planejamento. É bom ver o Conselho Universitário debatendo metas e estratégias para o futuro da Universidade. Temos o dever de levar essas discussões adiante.

FEM - Antonio Celso F. Arruda
O Planejamento Estratégico Institucional deu início a um processo de gestão participativa nas decisões que poderão definir os futuros perfis da Unicamp. Na sua primeira versão apresentou algumas características típicas de um planejamento emergencial, principalmente pelo fato de atender a demandas reprimidas e contar com um volume de recursos financeiros expresso em valores absolutos e não em percentuais orçamentários. Acredito que, com o aperfeiçoamento deste tipo de planejamento, poderemos atingir níveis de maturidade na discussão de assuntos estratégicos que facilitarão, em muito, as decisões do Conselho Universitário. Visto desta forma o PEI acena para uma evolução, onde características estratégicas serão efetivamente contempladas.
COTIL - Antônio Manoel Queiroz
Em fins de 98, quando assumi, uma das metas do Cotil era fazer o Planejamento Estratégico. E como a Universidade tomou essa posição de implementar o PEI, para nós foi interessante porque deu para implantar o planejamento esperado a curto, médio e longo prazo. E, também, porque houve, por parte do Colégio, uma integração muito grande em se discutir o planejamento não só com os professores, mas também com os funcionários. Houve uma união muito grande entre todos os diretores das unidades, em várias reuniões em que a gente se manifestou. Houve, também, a possibilidade de ter um recurso extra para o Cotil, além daqueles R$ 100 mil que foram destinados para todas as unidades; depois, dentro daquelas reuniões de trabalho, o Colégio foi beneficiado com mais R$ 50 mil, para a construção de uma sala de Artes, e com outros R$ 100 mil, montante a ser investido na Graduação. Acredito, então, que o PEI foi muito interessante nesse aspecto.
FEA - Gláucia Maria Pastore
A concepção do PEI foi extremamente feliz, a partir do momento em que unidades começaram a pensar não só em suas necessidades prementes, mas também nas futuras, dentro de uma análise da Universidade como um todo e da conjuntura brasileira e mundial. Nenhum dirigente de ensino e pesquisa pode se dar ao luxo de evitar esse olhar mais amplo, caso contrário correrá o risco de estar muito bem internamente, mas muito mal em nível de cooperação nacional e internacional. Todos sabemos o que é importante para a unidade e quais são suas dificuldades estruturais. A grande lição nesta discussão foi a de reconhecer as necessidades das outras, ponderar o que é importante para o país. Foi um grande aprendizado, enriquecedor, que só contribuirá para o crescimento geral da Universidade.
FE - Águeda B. Bittencourt
O Planejamento Estratégico elaborado para a Unicamp deve ser observado, pelo menos, considerando dois aspectos: 1 – quanto aos resultados imediatos: um plano de aplicação de recursos discutido no âmbito das unidades de ensino e pesquisa e com a administração central; 2 – quanto ao seu lugar político: início de um estudo sobre a Unicamp, seus compromissos sociais, sua missão institucional, seus objetivos e metas para os próximos anos. Criou a possibilidade de uma gestão que, considerando os fins acadêmicos da instituição universitária, promove a participação da comunidade.
IA - Helena Jank
É um dos projetos mais importantes dos quais participamos na Universidade. No Instituto de Artes tornou-se um verdadeiro marco institucional: estabeleceu-se uma dinâmica através da qual se pode planejar as ações da unidade a curto, médio e longo prazos. Isto pode significar o fim de ações excessivamente improvisadas e recursos aplicados de maneira oportunista ou, no mínimo, desvinculadas de um planejamento mais amplo. Permite direcionar as ações para as grandes metas da Unicamp, que naturalmente também precisam ser discutidas e revistas constantemente. O Planejamento Estratégico deve continuar sempre, independendo da existência ou não de recursos.
IE - Paulo Baltar
Diante de um superávit no orçamento de 2000, o Planejamento Estratégico começou aplicando esses recursos em uma série de medidas que vinham sendo adiadas. Ainda estamos por solucionar questões fundamentais para ao futuro imediato da Unicamp, tais como o fundo para aposentadorias, a abertura de vagas para a reposição de professores aposentados, a recomposição do poder de compra dos salários e a valorização do RDIDP. A maneira como as unidades de ensino e pesquisa e outros órgãos da Universidade participaram da elaboração das prioridades do programa emergencial de investimentos pelo qual o PEI começou a ser implementado foi muito positiva e criou muita expectativa sobre a continuação deste Plano Estratégico.
IFGW - Carlos H. Brito Cruz
Fazer um Planejamento Estratégico para a Unicamp é uma ini-ciativa mais do que necessária e que poderá contribuir muito para melhorar a instituição. O processo que se inicia agora precisa ter continuidade e ser aperfeiçoado constantemente, visto que planejamento estratégico é um processo e não um ato. Mesmo com defeitos inerentes a toda primeira tentativa, o PEI é um bom começo. Para o sucesso deste tipo de iniciativa é fundamental a busca de consensos, o envolvimento de todos os setores e dos órgãos de direção da instituição na elaboração do plano. Este tem sido o ponto mais fraco do PEI na Unicamp: a maioria do Conselho Universitário não teve a chance de participar das ricas discussões que um grupo de trabalho realizou para estabelecer o processo.
IB - Octávio Henrique Pavan (associado)
O PEI é talvez o processo mais importante que ocorreu nos últimos anos dentro da Unicamp. Durante um período os professores reunidos em suas unidades exercitaram suas competências no sentido de elaborar os caminhos a serem atingidos dentro de cada área de conhecimento. Numa fase posterior os representantes das unidades priorizaram metas, ações e modelos. Uma imagem dos rumos futuros da Unicamp foi claramente definida através de uma avaliação crítica e técnica. Uma visão política estabeleceu prioridades. Duvido que qualquer outra universidade desse porte tenha discutido de modo tão amplo e tão objetivo o que ela espera para o futuro.
IEL - Luiz Carlos Dantas
O aspecto mais relevante e durável do Planejamento Estratégico, para além dos benefí-cios concretos que vão resultar de sua aplicação para a comunidade, é a forma com que foram conduzidas as suas discussões preparatórias. São elas que exprimem, no meu entender, o caráter estratégico das resoluções e ações a serem executadas. Quero dizer com isto que, a partir de necessidades diversas, de projetos e expectativas particulares existentes nas várias unidades de ensino e pesquisa, de desigualdades e do confronto entre tantas realidades heterogêneas, foram pensados objetivos de natureza global. Esse tipo de inteligência e de racionalidade é que eu chamaria de eminentemente estratégico, e o seu funcionamento o ganho mais notável do processo ocorrido em nossa instituição.
CESET - Maria A. Marinho
Achei muito importante a realização do PEI. Todos os diretores de unidades, juntamente com a Administração Superior, por meio de várias reuniões decidiram, num primeiro momento, discutir a Unicamp, sua visão de futuro e sua missão. Posteriormente, cada diretor teve oportunidade de realizar o PEI com participação dos servidores e alunos, discutindo em cada unidade a situação atual, a desejada e as ações que seriam implementadas para atingir os objetivos estabelecidos. Tivemos, a partir daí, uma visão mais ampla da Unicamp, optando por ações abrangentes nas quais toda a comunidade universitária fosse beneficiada. Conhecemos melhor cada unidade e, também, ficamos mais conhecidos. Como diretora, acredito que ficou mais fácil administrar qualquer tipo de recurso (humano, técnico e financeiro), apoiado na priorização coletiva realizada no PEI.
COTUCA - Michel Sadalla Filho
No Cotuca, as discussões sobre o PEI foram iniciadas no Conselho do Colégio, a nossa Congregação, órgão composto por representantes de todos os segmentos da comunidade escolar, culminando com uma grande reunião em 16 de novembro. Essa reunião contou com a participação de mais de 50 pessoas, divididas em quatro grupos de trabalho. Ao final, apresentamos 58 operações, envolvendo todos os departamentos/cursos do Cotuca, e, embora nem todas as operações tenham sido contempladas nesse primeiro momento, a oportunidade e motivação para discutirmos nosso futuro foi muito importante. Muitas operações que não dependem de recursos já estão sendo implementadas, outras, de pequena monta, estão em fase de implementação.
Participar do PEI, discutir os rumos da Universidade em condições de igualdade com todos os colegas diretores de unidades e ter sido escolhido como relator de um grupo de trabalho foi muito gratificante. Acredito que essa experiência incorporou definitivamente os Colégios Técnicos e o Ceset nas grandes discussões da  Unicamp,  possibilitando cada vez mais a integração de suas comunidades com todo o conjunto da Universidade .
FOP - Antonio W. Sallum
O Planejamento Estratégico Institucional, numa oportunidade única que nasceu em torno do mês de setembro e que trouxe como proposta básica a oportunidade dos diretores discutirem o excedente do orçamento do ano de 2000, foi extremamente importante na vida das unidades, uma vez que tiveram suas energias voltadas para uma reflexão sobre suas necessidades básicas e emergenciais, e até mesmo para uma avaliação das necessidades futuras.
O PEI proporcionou grandes discussões entre os diretores, possibilitando que cada um pudesse pôr em evidência seu planejamento. Após vários meses de reuniões, prolongadas discussões e ponderações sobre a questão, concluiu-se por aplicar esse excedente nas necessidades primárias, estruturais, físicas, atendendo a melhoria do ensino e traduzindo no progresso da Universidade.
FCM - Mário Saad
O Planejamento Estratégico Institucional deve ser encarado como um instrumento essencial para o desenvolvimento organizado da Universidade. Nesse sentindo, é fundamental que a discussão contamine o campus e que as propostas reflitam consensos mínimos da comunidade.
Destacaria alguns pontos gerais que considero importantes para a discussão: fundo de aposentadoria, atração e fixação de novos talentos, revalorização do RDIDP, ampliação de vagas na graduação, indução da interdisciplinaridade na pesquisa, entre outros.
O ponto específico essencial para a FCM é que não se exclua a área de saúde (unidades assistenciais) desse planejamento, porque entende-se que para o sucesso de uma empreitada como essa, não há lugar para exclusões, devendo o projeto ser o mais includente possível.

 


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