Salários e benefícios atraem
profissionais para a Unicamp




Posicionada entre as três melhores universidades da América Latina, segundo o ranking TopUniversities, divulgado em outubro pela Quacquarelli Symonds, a Unicamp também passou a ser o objetivo de um número cada vez maior de profissionais que buscam uma vaga no mercado de trabalho. Só esse ano, 4.146 candidatos disputaram as 79 vagas disponibilizadas em 71 processos seletivos promovidos pela Universidade. Em decorrência desses concursos públicos e de outros já concluídos, foram admitidos 404 novos profissionais.

Dos 71 processos seletivos realizados esse ano, 13 ocorreram no primeiro semestre, com 382 inscritos disputando 14 vagas, o que resultou na média de 27 candidatos por vaga. Já no segundo semestre, foram realizados 58 processos seletivos, com um total de 3.764 inscritos disputando 65 vagas, o que representou a média de 57 candidatos por vaga. Houve casos, porém, em que a disputa chegou a 90 candidatos por vaga, o que caracteriza a elevada demanda de profissionais interessados em trabalhar na Unicamp.

Para a coordenadora da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), Patrícia Maria Morato Lopes, diversos fatores contribuem para o crescente interesse dos profissionais em conquistar uma vaga de trabalho na Universidade. Segundo ela, a instituição oferece um ambiente diferenciado principalmente quando comparado com a iniciativa privada. As vantagens vão desde salários acima da média de mercado a benefícios sociais, passando por oportunidade de crescimento na carreira e formação profissional.

“Uma preocupação latente da Universidade é a preservação do poder de compra dos funcionários”, observa Patrícia. “Anualmente, os servidores têm os salários reajustados em índices frequentemente superiores aos obtidos por inúmeras categorias profissionais”, completa. Na última negociação salarial, realizada em maio, quando ocorre a data base da categoria, o reajuste foi de 8,4%. Esse índice, aplicado sobre os salários de maio de 2011, situa-se 2,0% acima do índice de inflação medido pelo IPC-Fipe no período de maio de 2010 a abril de 2011, que foi de 6,4%.

O esforço de preservação e de crescimento salarial vem sendo constante ao longo dos últimos anos. Basta ver que, no período de junho de 2000 a maio de 2011, os salários na Unicamp foram reajustados em 137,93%, contra uma inflação de 90,14 %, medida pelo IPC-Fipe no mesmo período. “Como resultado dessa política, os salários têm se mantido acima da média de mercado”, destaca Patrícia.

Segundo ela, pesquisa realizada neste mês de outubro pela Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), por exemplo, confirmou esse quadro. Para realizar a pesquisa, a DGRH confrontou os salários de funções que compõem o quadro da instituição com os praticados pelo mercado, tendo como fonte o Salariômetro de Campinas e São Paulo. Em todas as situações, os rendimentos médios pagos pela Unicamp se mostraram superiores (veja gráfico).

Além de contar com salários acima da média de mercado, os servidores da Unicamp contam com a garantia de pagamentos em dia e um sistema complexo e eficiente que permite às pessoas avançarem na carreira. Esse sistema leva em consideração não somente os níveis de escolaridade, mas também a qualidade do trabalho executado. “Estamos com um processo avaliatório em andamento, e a instituição deverá fixar recursos que possibilitem a progressão tanto horizontal quanto vertical dos nossos melhores quadros”, explica Patrícia.

Os referidos recursos, prossegue a coordenadora da DGRH, serão destinados às unidades e órgãos, que decidirão sobre como será a progressão. “Essa descentralização é muito positiva, pois os dirigentes das unidades e órgãos conhecem de perto as suas realidades, especificidades e necessidades”. Além disso, segundo ela, a carreira dos funcionários já passou por duas reestruturações, o que significou um investimento superior a 6% do total da folha de pagamento.

Outro ponto que ajuda a transformar a Unicamp em um lugar disputado por profissionais de toda a região é o leque de benefícios sociais, como subsídio ao transporte e alimentação, oferta de planos de saúde com custos reduzidos, além da estrutura e dos serviços oferecidos pelo Centro de Saúde da Comunidade (Cecom), que garante atendimento médico e odontológico gratuito. Uma vantagem adicional proporcionada pela Unicamp aos docentes e servidores técnicos e administrativos – o benefício também é estendido aos alunos – é o seu programa educativo. Atualmente, 1.100 filhos de integrantes da comunidade acadêmica estão matriculados no programa de educação infantil, que atende a crianças de 0 a 14 anos.

Recentemente, a reitoria anunciou a criação de mais dois benefícios: o Auxilio Educação Especial e o Auxilio Criança. Cada um desses novos benefícios garante auxilio mensal no valor de R$ 500,00 aos servidores que têm filhos em idade pré-escolar ou portadores de necessidades especiais. “A instituição do Auxílio Educação Especial tem a intenção de colaborar com docentes e os servidores técnico e administrativos que tenham filhos cuja educação e amparo necessitem de atenções especiais.”, disse a coordenadora da DGRH.

Outra proposta aprovada, conta Patrícia, é a criação de um prêmio de reconhecimento aos servidores técnicos e administrativos, a exemplo do Prêmio de Reconhecimento Acadêmico Zeferino Vaz, destinado apenas a docentes. A ideia surgiu a partir da constatação da elevada qualidade dos trabalhos apresentados pelos funcionários nas três edições do Simpósio de Profissionais da Unicamp (Simtec). Com o eventual advento da premiação, de acordo com Patrícia, será possível destacar as pessoas capazes de formular sugestões, projetos e processos que possam contribuir para o aprimoramento das atividades desenvolvidas pela Unicamp. O prêmio destinará um valor de R$ 3.600,00 para a proposta vencedora de cada unidade. Além disso, o melhor projeto dentre todos os contemplados será eleito como o destaque da edição e dará ao seu idealizador mais R$ 3.600,00.

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