Se a democracia se tornou o regime político predominante no planeta, a partir dos anos 1990, as formas de repressão se diversificaram, com um número cada vez maior de dispositivos de exceção normativa – da ocupação militar em favelas à censura indireta no campo da arte. A exposição Exceção será aberta no dia 10, às 12 horas, no Espaço Cultural Casa do Lago (fica até dia 21). Mesmo antes da abertura oficial já recebe visitantes a partir desta quinta (6). 'Exceção' aborda os mecanismos dos quais o Estado se serve frequentemente para suspender direitos básicos e subjugar indivíduos. A mostra, com curadoria de Gabriel Zacarias, professor de história da arte do IFCH (Unicamp), conta com obras de artistas consagrados de diferentes gerações.
Os trabalhos estão divididos em três núcleos. O primeiro, Exceção militar, remete diretamente à ditadura e exibe obras históricas da resistência política, como o Barril (1968) de Carmela Gross e a serigrafia Guevara vivo ou morto, realizada por Claudio Tozzi em 1967.
O segundo núcleo, Exceção renovada, evoca a escalada repressiva desencadeada pelos protestos de junho de 2013 e põe em cena obras que ironizam a ameaça “black bloc”, como os coquetéis molotov de Dora Longo Bahia (Lúcifer e Satã, de 2013). A artista também assina Arte a serviço do povo, obra que coloca em perspectiva cartazes da Revolução Cultural chinesa e do movimento de Maio de 68 na França com dizeres da Primavera Árabe e dos protestos brasileiros de 2013.
O terceiro núcleo, Exceção estrutural, aborda o estado de exceção cotidiano em que vivem as populações periféricas do Brasil, acuadas entre o crime organizado e o aparato repressor do Estado. Entre outros trabalhos presentes, Por que o senhor atirou em mim?, de Fábio Morais, ecoa a pergunta do jovem Douglas Rodrigues, 17 anos, morto sem razão por um policial militar em São Paulo em 2013.
Exposição Exceção será aberta no dia 10
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