Empreendedorismo sênior é tema de Oficina na Unicamp

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O médico e neurocientista Jô Furlan escolheu a Unicamp para lançar o conceito de empreendedorismo sênior. “Estamos defendendo o conceito no Brasil e escolhemos o Programa UniversIDADE como parceira”, declara. Jô Furlan é instrutor voluntário do Programa, além de conferencista internacional. Segundo ele, empreendedorismo sênior é a forma como se usa as competências e conhecimentos adquiridos com a idade para empreender. 

Autor do livro “Inteligência do Sucesso – A nova inteligência que explica a ciência do sucesso”, Furlan ministra Oficina sobre o assunto, que tem por objetivo equipar a população com idade mais avançada com as principais ferramentas e plano de negócios, assim como estimular o conceito inovador em uma população com mais de 50 anos e, como ele mesmo define, VES – Vivida, Experiente e Sábia.

Jô Furlan: Envelhecimento saudável é desenvolver longevidade produtiva   

Portal da Unicamp – Qual o significado da palavra empreender?

Jô Furlan – Empreendedor é a pessoa que vai investir, enveredar seja no meio social, empresarial. Você pode empreender como empresário, você pode empreender no setor social, na sua carreira profissional. Tudo que você estabelece disposição de crescer e que demanda um investimento pessoal, eu chamo de empreender.

 

PU – Então, o que seria o empreendedorismo sênior?

Jô Furlan – O empreendedorismo sênior foi criado como parte de uma das minhas teses sobre a questão da demência. Algo que eu identifiquei e acredito ser fundamental, diferente do que a pessoa entende como envelhecimento saudável, seria desenvolver a longevidade produtiva. Você só consegue ter uma longevidade saudável se for produtiva.

 

PU – Como surgiu o conceito?

Jô Furlan – Quando estava pesquisando em 2016, observei que mais de 50% das empresas abertas pertenciam a pessoas com mais de 50 anos. Isso levantou um amarelo para mim. Essa pessoa teve um emprego e agora está empreendendo, mas é um risco porque ela nunca foi dona de algo. As pessoas precisam entender que o parimônio que ajuntou ao longo dos anos é para aposentadoria ou para empreender. Já vi pessoas que perderam tudo o que ajuntaram por anos. Outro exemplo, pessoas que vendem o imóvel e investe tudo e depois fica sem condições de sobrevivência. Então, o empreendedorismo sênior é como eu uso as minhas competências e meu conhecimento da idade para empreender.

 

PU – Por que o termo sênior?

Jô Furlan – Eu questiono muito o termo idoso, terceira idade e melhor idade. Para mim, a gente tem que pensar que a pessoa com mais de 50 anos tem que ser VES – Vivida, experiente e sábia. Também não acho que é melhor idade, pois é certo que você não tem mais energia. Então, eu vou usar as vantagens a favor e consertar as desvantagens. Eu traduzo isso para o empreendedorismo e vejo o que eu tenho como experiência.

 

PU – Quais as características do empreendedorismo sênior?

Jô Furlan – Então, é necessário se adequar. Se o instrutor é um cara jovem para meia-idade, ele vai falar ao jovem e não para as pessoas com mais idade. A pessoa vai se sentir tola. É desestimulante, pois não entende algumas questões e começa a se achar incapaz. É necessário personalizar um programa de empreendedorismo para pessoas que já viveram e têm uma mega experiência de que teve um grande chefe, trabalhou, mas não era dona do seu negócio. A pessoa que já teve negócio não vai estar aqui com a gente, ela já sabe fazer.

 

PU – Qual é o impacto social, na família que este tipo de atitude pode ter?

Jô Furlan – Eu acredito que isso será transformador. Como neurocientista, eu sou absolutamente contra o conceito de que velhinho tem que ficar em casa. Que velho não tem que fazer nada. Não é uma questão de dinheiro. É questão de cérebro. Nosso outro curso aqui se chama “Como Usar melhor seu Cérebro”. Se você não exigir do seu cérebro, vai se acomodar e deteriorar precocemente. Você pode perguntar: Se eu usar melhor meu cérebro, eu não vou ter demência? Eu respondo que não há garantias, mas garanto que se você não usar, com certeza vai deteriorar mais rápido.

 

 

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Conferencista ministra Oficina na Unicamp

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