Cecom promove 7ª campanha de prevenção do câncer de intestino

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A idealização da campanha de prevenção do câncer de intestino, lançada como piloto em 2011, foi do médico coloproctologista do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp professor Claudio Coy. Encampada, a partir de 2012, pelo Cecom-Unicamp, Centro de Saúde da Comunidade, foi estendida para todos os funcionários e professores da Unicamp e, realizada anualmente, atinge em 2018 sua sétima edição. Este ano ela tem inicio no dia 06 de março e em um primeiro momento atingirá os funcionários da Funcamp e da Comvest e depois as  demais unidades, de acordo com uma programação que se estenderá até novembro.

A campanha tem como escopo alertar e conscientizar as pessoas da comunidade, com mais de 50 anos, sobre a necessidade de adotarem medidas preventivas em relação ao desenvolvimento de câncer de intestino. Uma delas é identificar possíveis vestígios de sangue nas fezes, que podem ou não serem indicativos da presença da doença.  Para isso, todo ano, um kit com instruções para o recolhimento de fezes é encaminhado pelo Cecom para o público alvo. As pessoas com testes positivos recebem orientação para a realização de um exame de colonoscopia. Esta pode revelar a presença de pólipos benignos que são prontamente eliminados durante o procedimento, mas que poderiam se transformar em câncer com o passar do tempo, ou ainda servir como indicativo de que o sangramento tem outras causas, como constatado na maioria dos casos.

No ano passado foram entregues 3.919 kits, realizados 1.666 testes, que correspondem a adesão de 42,4%, resultando 144 resultados positivos, dos quais 23 eram decorrentes de pólipos e nenhum caso de adenocarcinoma. Em seis anos a média de adesão à campanha foi de 55% e nos últimos três anos nenhum caso de câncer foi detectado, contra dez dos três primeiros anos.

A ideia de fazer exames preventivos ocorreu ao médico Claudio Coy quando se deu conta, atendendo no ambulatório de coloproctologia do HC, que grande parte das pessoas mostrava total desconhecimento sobre o câncer do intestino, mesmo porque as informações sobre a doença na década de 90 eram ainda precárias. A importância da conscientização sobre a necessidade de medidas preventivas do câncer de intestino ressalta, como alerta Coy, quando se sabe que nos homens, se excluídos os tumores de pele, ele é o de maior incidência depois do de próstata e de pulmão. Nas mulheres, ele é antecedido apenas pelo tumor de mama, superando o de pulmão e de útero. “Trata-se de uma doença comum e as pessoas não sabem. A prevenção deve começar aos 50 anos, embora a incidência maior ocorra entre os 60 e 70 anos”, diz ele.

A campanha, promovida desde sua criação pelo Cecom, responsável por outras campanhas de prevenção destinadas à comunidade interna, se mostrou viável porque a Universidade possui uma estrutura de apoio já montada, em que o Gastrocentro disponibiliza a colonoscopia nos casos recomendados e o tratamento necessário é realizado no HC.

Foto: Perri

Claudio Coy, Patricia Asfora Falabella Leme e Lila Léa Cruvinel: apelo para cuidados com a saúde

A cardiologista Patricia Asfora Falabella Leme, coordenadora do Cecom, informa que a adesão tem sido significativa, embora a expectativa seja de que se torne cada vez maior. Para ela, diante de testes negativos muitos deixam de repeti-los nos anos subsequentes, embora existam aqueles que não os realizam por medo dos resultados. A propósito, afirma: “Essas pessoas abrem mão de um privilegio raro no Brasil que é o de ser acompanhada pelo resto da vida. Para que a campanha atinja os benefícios a que se propõe, os testes devem ser realizados todos os anos, como ocorre, por exemplo, com a dosagem de colesterol”. Coy lembra que a maioria dos tumores do intestino tem origem em lesões benignas, diferentemente do que acontece como outros tipos de canceres, como o da próstata. Essa é a grande vantagem da prevenção porque a lesão é removida com facilidade e seu portador fica livre do problema.

A coordenadora do Cecom enfatiza que a prevenção fica também comprometida quando a recomendação de realizar a colonoscopia não é atendida e pólipos que deveriam ser extraídos se tornam um fator de risco. Além de impossibilitar, como constata o médico, que a doença seja identificada no início, quando a cura é de 85 a 90%, mas que revela alta mortalidade quando identificada tardiamente. 

Patricia alerta, entretanto, que tão importante como a inserção em programas de prevenção desses tumores, é a prevenção primária, que envolve a adoção de hábitos saudáveis e atividade física regular. A esse respeito ela enfatiza: “Sabe-se que estão relacionados com o câncer do intestino o excesso de consumo de bebidas alcoólicas e de alimentos processados. Por isso, a alimentação deve privilegiar o consumo de fibras, legumes, verduras, frutas, grãos. A prevenção primária da doença se faz com boa alimentação e atividade física”.

Lila Léa Cruvinel, assessora do Cecom e coordenadora da campanha, organiza a cada início de ano encontro com parceiros dos Cecom nas unidades que compõem a Unicamp, indicados pelas respectivas coordenações ou direções. Essa equipe de facilitadores é responsável pela distribuição e recolhimento dos kits e encaminhamento dos resultados dos testes. Entusiasta do trabalho realizado pelo órgão ela convoca a comunidade da Unicamp: “Sem pólipo, sem câncer. Faça o teste”.

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Voltada para pessoas com mais de 50 anos, iniciativa se estenderá até novembro

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