História da América é tema de curso de formação de professores

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“Narrativas da América: discursos e dinâmicas locais” é o tema central do 5° Curso de Formação Continuada oferecido no contexto da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), projeto realizado pelo Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. As inscrições devem ser feitas até o dia 18 de fevereiro, no site da ONHB. As aulas serão ministradas online no período de 1º de março a10 de maio de 2018.

O curso é voltado aos professores de História que participam da Olimpíada, cujas inscrições são gratuitas, mas também para estudantes e profissionais de outras áreas que tenham interesse pelo tema. Estes têm de pagar uma taxa única de Rif$ 190,00. De acordo com a coordenadora da ONHB, professora Cristina Meneguello, o objetivo da iniciativa é promover reflexões, além de oferecer informações e materiais, como textos e vídeos, que contribuam para enriquecer o trabalho dos professores em sala de aula, nos ensinos fundamental e médio.

Ainda segundo a docente, nesta edição o curso trabalhará com um tema raro, normalmente circunscrito ao universo da academia, que é a história da América Latina. A responsável pelo curso, a doutoranda em História Ivia Minelli, explica que a ideia é tratar de forma crítica diferentes questões relacionadas à realidade latino-americana. “Muitas vezes, nos esquecemos que o Brasil também faz parte da América Latina. Vamos falar de processos transnacionais que ocorreram de forma simultânea em diversos países”, adianta.

Nesse sentido, continua Ivia, o curso abordará assuntos como cultura indígena, colonização e ditadura, para ficar em apenas três exemplos. “A narrativa da América é muito plural, e essa é uma característica que pretendemos destacar nas atividades propostas”, assinala a doutoranda. A professora Cristina Meneguello acrescenta que uma das atividades a serem cumpridas pelos participantes do curso é a apresentação de um plano de aula.

O material é posteriormente avaliado por uma banca de especialistas, que sugere eventuais ajustes para a elaboração da versão final. Em seguida, os 50 melhores planos de aula são selecionados e disponibilizados para consulta pública no site da ONHB. “Esse tipo de trabalho é muito importante porque, além de ajudar o professor a elaborar aulas mais organizadas e interessantes, ainda cria um repositório para consulta de seus pares”, considera a coordenadora da Olimpíada.

Histórico

A primeira Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) foi realizada em 2009. Este ano o evento completa a décima edição. A ONHB tem um formato original. Participam equipes compostas por quatro pessoas, sendo três estudantes (oitavo e nono anos do ensino fundamental e qualquer ano do ensino médio) e o professor de História do colégio. São cinco fases online, que duram uma semana cada. As respostas às questões propostas são obtidas pelos participantes por meio do debate com os colegas de equipe, de pesquisas em livros e internet e de consulta aos professores.

Na opinião da professora Cristina Meneguello, esse formato é interessante porque permite uma maior interação entre os membros da equipe, bem como um maior aprofundamento do tema. “O legal é isso. Para participar da Olimpíada, não é preciso necessariamente dominar o tema. O propósito é estimular o aprendizado a partir da busca pela resposta, o que envolve pesquisa, discussão e a capacidade de trabalhar em grupo”, pontua.

Decorridas nove edições, a coordenadora da Olimpíada, que tem a seu lado a professora Alessandra Pedro, entende que já é possível tirar algumas conclusões a respeito da relevância do evento. Uma delas, diz, é o fato de a ONHB ter despertado muito talentos entre os estudantes, que optaram por fazer a graduação em História. “De outro lado, muitos professores também se sentiram estimulados a dar continuidade aos estudos, e partiram para o mestrado ou o mestrado profissional”, relata.

Outro dado que demonstra o vigor da Olimpíada refere-se à evolução do número de participantes. A primeira edição contou com 15 mil inscritos. De lá para cá, o evento só fez crescer. Em 2017, foram 42 mil participantes. Entre as equipes, 307 (cerca de 1,2 mil pessoas) foram convocados para participar da final da competição. O Ceará foi o Estado com maior número de finalistas (119 equipes), seguido por Rio Grande do Norte (60 equipes), São Paulo (37 equipes) e Bahia (24 equipes).

A Olimpíada é composta por cinco fases realizadas de forma online. Na sequência, as equipes finalistas participam da grande final presencial, que ocorre na Unicamp, em Campinas. Na final, as equipes realizam uma prova dissertativa e, no dia seguinte, participam da premiação com entrega de medalhas. O calendário da 10ª ONHB será divulgado brevemente.

 

A professora Cristina Meneguello, coordenadora da ONHB
A doutoranda Ivia Minelli, responsável pelo Curso de Formação de Professores
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Estudantes participam da final da Olimpíada Nacional em História do Brasil

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