Aprovados em colégios técnicos, alunos são recebidos pelo Cescon

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Recepção aos alunos aprovados
Celebração no Cescon

Uma reunião de celebração na sexta-feira (10) reuniu grande parte dos 32 jovens da rede pública, estudantes do Centro Estudantil Social de Convivência (Cescon), que foram aprovados em vestibulinhos de escolas técnicas da região, como o Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) e o Colégio Técnico de Limeira (Cotil) da Unicamp. O encontro aconteceu no espaço do Cescon e foi prestigiado por membros da comunidade universitária.

Os alunos do Centro Estudantil conseguiram 50% de aprovação na primeira fase, mas ainda acontecerão outras chamadas, conta Angela Maria Morais, dirigente da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC). "Há uma grande chance de elevarmos esse percentual, pois estamos buscando ampliar os números", diz.

Angela e Celso, coordenadores da CAC
Angela e Celso, coordenadores da CAC

O Cescon é um cursinho gratuito, ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac) da Unicamp através da CAC. Envolve parcerias com o Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) e com a Igreja Presbiteriana de Barão Geraldo, que cede espaço para a realização das aulas e que faz a sua manutenção. Veja como se inscrever.

Segundo Celso Ribeiro, coordenador adjunto da CAC, em 2014 houve 83% de aprovação e em anos posteriores o Cescon vem mantendo um percentual de aprovação em torno de 50%. “Em 2016, ganhamos uma dimensão mais socioeconômica. Outra mudança foi que expandimos a nossa atuação para a cidade toda, não ficando mais circunscritos a Barão Geraldo. Ampliamos as turmas de duas para quatro. Começamos com uma turma, três professores e 1 bolsista”, revela. "Atualmente, são 12 bolsistas SAE e quatro voluntários. Já atingimos mais de 250 jovens desde 2013 e ofertamos anualmente 120 vagas."

Ao abordar o crescimento do cursinho, Celso lembrou que ter feito bioquímica no cursinho Etecap mudou sua perspectiva de vida. “Mas nada pode ser comparado à vitória alcançada por vocês. Aproveitem pois a partir de agora o tempo voará: têm pela frente o Sisu, o Vestibular, o Profis. Só posso pedir que não deixem de lado essas oportunidades.”

O aluno Antonio Marcos
O aluno Antonio Marcos

O bolsista do Imecc (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica) Valdiney Maurício Batista, contente com os bons resultados obtidos pelos estudantes, ressaltou que essa recepção é um reconhecimento ao esforço deles. “Ingressam no Cescon com base no boletim do oitavo ano. Fazemos uma média do desempenho nas disciplinas e agora também priorizamos os alunos com maior necessidade financeira”, explica ele, que leciona matemática.

Em seu depoimento, Valdiney comenta que a porta de entrada para ministrar aulas foi o Cescon. Relata que aprendeu muito e se identificou de cara com a atividade. Para ele, os alunos são uma parte importante de sua vida. "Vejo que eles têm sido aprovados nos cursos mais concorridos dos colégios técnicos como mecatrônica, enfermagem e informática, por exemplo", salienta. Valdiney estudava engenharia elétrica na Unicamp e, com o avançar de sua atuação no Cescon, decidiu-se por cursar matemática. Essa participação no cursinho foi decisiva, afirma.

A aluna Larissa de Castro
A aluna Larissa de Castro

Elaine Moraes, uma das coordenadoras do cursinho, frisa que, nos últimos dias, fazendo um acompanhamento dos alunos aprovados, ela observou que, mesmo os que não tinham um nível alto de conhecimento, conseguiram superar as suas deficiências ao estudar no Cescon, sendo aprovados em até mais de um colégio técnico. 

Um dos aprovados na primeira chamada, Antonio Marcos Firmino, 14 anos, estudante da E.E. "Prof. Luis Gonzaga Horta Lisboa", Jardim Miriam, fez um ano de cursinho. Passou no Cotuca, Cotil e no Colégio "Bento Quirino". "Foi muita alegria. Além de apoio da minha família, recebi muito estímulo no Cescon. Os professores ajudaram com dicas e com suas experiências. Minhas maiores dificuldades eram português e química”, conta.

Outra aprovada, Larissa de Castro, estudava no E.E. "Gustavo Marcondes", no Taquaral. Foi aprovada no Etecap e já sonha, no futuro, em estudar na Unicamp, talvez no curso de arquitetura. De acordo com a jovem, um dos maiores entraves para ela foi ter que aprender química e física, que não são ensinadas na escola pública. “Devo ao cursinho grande parte do meu aprendizado. Sou muito grata a todos que nos ajudaram”, expressa.

De acordo com Davi Romualdo, dirigente da Igreja Presbiteriana e vice-presidente do Cescon, essa iniciativa é muito boa porque franqueia o ensino a todas as pessoas, indistintamente, porém mais ainda àqueles que de outra forma não conseguiriam custear o cursinho. "As dificuldades existem para serem superadas, e os alunos têm feito um ótimo trabalho nesse sentido. É um prazer podermos colaborar nessa parceria", sublinha.

Elaine Moraes, uma das coordenadoras do cursinho
O pastor Davi: apoio ao Cescon
O bolsista Valdiney Maurício Batista
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