No ataque contra o Aedes

10/11/2016 - 15:28

Com a chegada do verão e aumento das chuvas, a Unicamp intensifica as ações preventivas contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. O calor acelera o metabolismo do mosquito, que se torna adulto num período mais curto de tempo. Aumenta-se, consequentemente, o ciclo reprodutivo e a possibilidade de incidência das doenças transmitidas pelo Aedes. Com as chuvas há também maior risco de acúmulo de água parada, principal meio utilizado pelas larvas para se desenvolverem. 

Estudante do IB monitora armadilha

“Temos feito ações em caráter permanente. Mas agora é um período que requer maior atenção. Por isso pedimos para que a comunidade do campus permaneça alerta e colabore com as medidas de prevenção que vêm sendo realizadas”, ressalta Rôse Clélia Grion Trevisane, coordenadora adjunta do Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) e membro do Grupo de Trabalho (GT) da Dengue na Unicamp.  

O GT da Dengue na Unicamp vem mobilizando unidades, núcleos e órgãos da Universidade para ações permanentes de caráter preventivo. Em fevereiro deste ano, foi montado um plano de ação de combate ao mosquito. 

Nesta semana foi realizada uma capacitação específica sobre o tema junto aos novos cipeiros que serão empossados a partir de janeiro de 2017. A atividade foi ministrada pela enfermeira do Cecom e membro do GT, Edite Kazue Taninaga. 

Além das vistorias nas unidades, órgãos e outras áreas do campus com possíveis criadouros, há uma ação envolvendo a colocação de armadilhas para o controle das larvas do
mosquito. Denominada Vigilância Entomológica da Dengue (VED), o trabalho está sob a coordenação da docente Patrícia Thyssen, do Departamento de Parasitologia do IB. A atividade envolve a participação de alunos do IB, bolsistas do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp. A docente Patrícia Thyssen e os alunos do IB

As armadilhas, feitas a partir de pneus cortados ao meio, com certo volume de água, estão espalhadas em pontos estratégicos do campus. “São armadilhas de baixo custo, mas bastante efetivas para monitorar o mosquito. Semanalmente, nós fazemos as vistorias das armadilhas com o auxílio de uma equipe de estudantes de biologia treinada para reconhecer as larvas. Caso haja registros positivos de larvas do Aedes em determinada área, nós fazemos um trabalho específico de orientação para a identificação e eliminação dos criadouros”, explica a docente do IB. 
 Integrantes do GT da dengue: Rôse Trevisane (centro)

Rôse Trevisane enfatiza a importância da comunidade universitária colaborar com o trabalho. “Pedimos que as pessoas não mexam nas armadilhas. Além disso, solicitamos de forma geral que a comunidade nos avise sobre possíveis criadouros ou focos da dengue nos campi da Universidade.” 

Ela lembra que, com a formação do GT, foi criado um e-mail institucional (dengue@unicamp.br) para tratar das questões relacionadas ao mosquito transmissor das doenças (leia mais). “Solicitamos que as unidades se empenhem nas vistorias e enviem os relatórios para este e-mail”, ressalta. Outra ação recente, de acordo com ela, diz respeito à conscientização dos trabalhadores que atuam nos canteiros de obras do campus. “Nós fizemos um cartaz bastante educativo sobre o assunto”, acrescenta.
Na reprodução,o mosquito Aedes, principal transmissor da dengue, zica, chikungunya e febre amarela 

Foto da larva produzida em 3D nos equipamentos do Laboratório de Biologia Animal do IB