Colóquios terminam com
palestra de Alvaro Crósta

03/10/2016 - 11:11

Uma palestra ministrada na manhã deste sábado (1°) pelo coordenador-geral da Unicamp, professor Alvaro Crósta, encerrou a série Colóquios Unicamp Ano 50, iniciativa que integrou a programação em comemoração ao cinquentenário da Universidade, que será completado oficialmente em 5 de outubro. Em sua conferência, Crósta abordou o tema “Universidade e Sociedade”. Ele deu especial ênfase à contribuição da universidade pública e gratuita, a Unicamp em particular, para o desenvolvimento do Brasil.

De acordo com Crósta, eventos como os Colóquios são fundamentais para estreitar o diálogo entre a Unicamp e os diferentes segmentos da sociedade. “Neste caso, a conversa é com professores da rede pública de ensino. É importante comunicarmos para esse público o que é a universidade pública brasileira, inclusive numa perspectiva histórica. Também é importante que mostremos o papel fundamental e insubstituível desempenhado por essas instituições de ensino. São elas que formam pessoas, que desenvolvem pesquisas e que produzem impactos sociais por meio das atividades de extensão”, relacionou.

A despeito de toda a contribuição das universidades públicas ao desenvolvimento do país, o coordenador geral da Unicamp disse que essas instituições têm sofrido vários ataques. “Além disso, nós também temos enfrentado problemas causados pelo subfinanciamento de nossas atividades, que vêm de algum tempo. Essas questões nos preocupam e é necessário que a sociedade tome conhecimento desses fatos, para que possa sair em defesa da universidade pública”, considerou o coordenador-geral.

Na opinião do dirigente, não há nenhum outro país na América Latina que tenha alcançado o modelo de sucesso do Brasil, no que se refere à qualidade do ensino superior. “Entretanto, ainda existe uma falta de conexão entre este nível de ensino e os que o antecedem. Essa questão precisa ser discutida em maior profundidade”. Crósta observou, ainda, que uma das missões da universidade pública está justamente em contribuir para a melhoria dos ensinos fundamental e médio.

A Unicamp, lembrou, tem tradição na oferta de programas voltados à atualização e aperfeiçoamento de professores das redes públicas. “São iniciativas valiosas, mas que só conseguem alcançar uma pequena parte desses educadores. Penso que é necessário que pensemos na formulação de um programa nacional nesse sentido, sem o qual dificilmente conseguiremos melhorar a qualidade do ensino nos níveis pré-universitários”, declarou.