Descoberta de superelástico é listada
entre 100 melhores histórias sobre ciência

23/09/2016 - 14:19

A Discover Maganize, revista de divulgação científica norte-americana, listou a descoberta de um superelástico envolvido em nanotubos de carbono entre as 100 melhores histórias sobre ciência de 2015. O professor Douglas Soares Galvão e seu grupo do Laboratório de Sólidos Orgânicos e Novos Materiais, do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp, colaboraram nos estudos, que são coordenados pelo físico Ray Baughman, do Instituto Nanotech da Universidade do Texas em Dallas. 

A pesquisa, que abre um leque de aplicações na área de circuitos eletrônicos flexíveis (como em marca-passos, por exemplo), ganhou repercussão depois de ter sido publicada na revista Science em julho de 2015. “A Science e a Nature são consideradas duas das mais importantes revistas de ciência. Portanto, publicar nessas revistas sempre traz um retorno jornalístico alto. Em particular, este trabalho é fruto de uma colaboração que já temos há cerca de 30 anos com o grupo do Ray Baughman. Neste caso, em especial, houve a participação do pesquisador Francisco Alírio Moura, que desenvolveu todo o aspecto de modelagem, ou seja, a parte de simulação e de modelos analíticos”, explica Douglas Galvão.

O docente da Unicamp, que também é assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa, informa que o estudo contou com a colaboração de vários pesquisadores do mundo, entre norte-americanos, brasileiros, coreanos e chineses. A ideia, de acordo com ele, foi envolver borracha elástica com florestas de nanotubos de carbono. “Chegou-se a um resultado, digamos, inesperado. As fibras de nanotubo de carbono  foram enroladas ao redor de borracha. E puxando este plástico, o material assumiu uma configuração que permite ser esticado em até 30 vezes o seu tamanho original, mas a condutividade se mantem. A aplicação mais imediata seria a substituição da fiação em marca-passo de coração.”

A pesquisa, publicada pela Discover Magazine como a 78º melhor história de 2015, pode ser acessada no endereço. O artigo na Science também está disponível no link

Douglas Soares Galvão