40 mil jovens têm dia especial

10/09/2016 - 11:44

Entre milhares de estudantes que ainda chegavam à área de concentração da Unicamp de Portas Abertas (UPA, na manhã deste sábado, um grupo uniformizado de amarelo da Escola João Paulo I, de Feira de Santana (BA), foi saudado pessoalmente pelo professor Alvaro Crósta, coordenador geral da Universidade, e por outras autoridades presentes. “Estamos inaugurando a 13ª edição da UPA com a promessa de dar uma boa acolhida para um público de mais de 40 pessoas, que ainda estão chegando aqui pelo entorno. A programação está muito boa, preparada com a perspectiva dos 50 Anos da Unicamp”, disse. 

Alvaro Crósta ressaltou que o objetivo era apresentar o que cada unidade possui em termos de cursos, projetos de pesquisa e laboratórios, numa programação que ainda incluía palestras e atrações artísticas. “Está tudo muito bem organizado para mostrar o que é a Unicamp aos potenciais futuros estudantes nossos. A UPA sempre teve dois objetivos: o primeiro é trazê-los para a Unicamp a fim de mostrar que ela é acessível a todos. O segundo motivo é para que tirem dúvidas sobre as profissões que pretendem seguir, conversando com docentes e alunos, e assumindo com mais certeza a carreira que vão seguir.” 

Almiro Santana, professor de física da Escola João Paulo I, trouxe 21 alunos de Feira de Santana, que segundo ele é o segundo município mais importante da Bahia em relação a pesquisa, extensão e também à economia. “A nossa expectativa com a UPA, que réune tantos jovens, é muito grande. Estava pensando em mim, se tivesse tido essa oportunidade de descobrir qual seria o meu futuro. Para esses alunos de Feira de Santana é a oportunidade de mudar de vida e, depois de algum tempo, ver que fizeram a escolha certa ao virem para a Unicamp, porque aqui encontraram a possibilidade de se desenvolver tanto pessoal como profissionalmente.” 

No grupo baiano estava Guilherme Carneiro, aluno considerado especial, não por ser autista, mas pelo seu gosto por fotografia. A mãe, Ângela, considera que a escola é um caminho que está sendo construído, desenvolvendo atividades específicas, dentro das habilidades que o filho possui. “Ele já participou de concursos de fotografia e é incluído em todos os passeios pedagógicos. Nesta perspectiva para sua formação, estão as visitas a locais que venham a agradá-lo – e ver o que a Unicamp desenvolve é uma forma de colher algo interessante para Guilherme.” 



Eduarda Arcanjo, a Duda, foi eleita por uma turma do Cursinho Popular Contexto, de Valinhos, para falar da expectativa quanto à UPA. “No ensino médio passam para os alunos uma visão preconceituosa das ciências sociais: de coisa de bicho grilo, de quem não quer nada com nada, quando tem gente muito esforçada. Vim para a UPA a fim de tirar minhas próprias conclusões, já que a carreira que pretendo seguir na vida é de socióloga ou antropóloga. Quero pesquisar bastante, conhecer pessoas, conversar com os alunos que já estão aqui e ver se é mesmo o que quero.” 

Base Móvel
O coordenador geral Alvaro Crósta e as demais autoridades aproveitaram o clima festivo para visitar a Base Móvel da Vigilância da Unicamp, posicionada no Ciclo Básico II. O professor Orlando Fontes Lima Jr., assessor da CGU, explicou que a viatura está dentro do conceito de acolhimento e vigilância comunitária da Unicamp. “Quando se tem eventos do porte da UPA, a Base Móvel é posicionada para prestar apoio ou mesmo registrar boletim de ocorrência, num atendimento tanto de informação como de prevenção. A base faz parte de um tripé que já possui a ambulância do Vidas (atendimento médico 24 horas) e que terá dentro do campus uma unidade do Corpo de Bombeiros, cujo projeto de construção já está na Secretaria de Segurança Pública para assinatura e início das obras.”