Visibilidade da ginástica
crescerá com medalhas

15/08/2016 - 14:38

Pela primeira vez na história, o Brasil colocou dois atletas no pódio da ginástica artística dos Jogos Olímpicos. Diego Hypolito e Arthur Nory conquistaram, respectivamente, as medalhas de prata e bronze na prova de solo disputada neste domingo (14) no Rio de Janeiro. O feito foi considerado extremamente importante pelo professor Marco Bortoleto, da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp, que está no Rio de Janeiro atuando no suporte aos árbitros e especialistas que avaliam as competições da modalidade. “Esse resultado dará mais visibilidade e, esperamos, garantirá mais patrocínios e infraestrutura à ginástica no país”, entende.

De acordo com o docente, o desempenho de Diego Hypolito e Arthur Nory veio revestido de dois fatos inéditos. O primeiro foi a conquista de medalhas no solo. O segundo foi a dupla premiação. “Foi algo inesperado, mas muito bem-vindo”, comemora Boroleto. Ao analisar as chances dos ginastas brasileiros nestes Jogos, por volta das 12h, Bortoleto considerou que o Brasil ainda poderia ganhar pelo menos mais uma medalha, com Arthur Zanetti (argolas) ou Flávia Saraiva (trave de equilíbrio), que participariam da final de seus aparelhos ainda nesta segunda-feira (15).

“Já cumprimos um excelente papel, mas se vier pelo menos mais uma medalha, será ainda melhor. Se nossos atletas fizerem boas apresentações e um de seus principais concorrentes errar, as chances de pódio serão reais”. Mais tarde, Zanetti confirmou as previsões do docente e faturou a prata.Outro destaque feito pelo professor da Unicamp é o comportamento da torcida brasileira nas arenas esportivas.

Segundo ele, o público tem vibrado com os atletas nacionais como se estivesse num jogo de futebol. “Tem sido muito legal. Essa postura tem surpreendido positivamente a todos, inclusive os atletas e dirigentes estrangeiros. Eles estão acostumados com o silêncio durante as apresentações e manifestações somente ao final. Aqui, os torcedores vibram antes, durante e depois. O clima nas arenas é o melhor possível”, relata.

Além de Bortoleto, que também é diretor do Grupo Ginástico Unicamp (GGU), outros docentes e alunos da FEF estão no Rio de Janeiro participando dos Jogos Olímpicos. Alguns atuam na organização do evento, outros nas comissões técnicas das diferentes modalidades e há também um grupo de voluntários. Uma segunda equipe da Faculdade também atuará nos Jogos Paralímpicos, que ocorrem logo após a Olimpíada.