Projeto bilateral investiga
relação alimentação-saúde

11/08/2016 - 16:58

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Cientistas reunidos na Reitoria

Cientistas reunidos na Reitoria

O professor Karsten Kristiansen

O professor Karsten Kristiansen

A professora Gláucia Pastore

A professora Gláucia Pastore

Cientistas da Unicamp e da Universidade de Copenhagen promoveram durante esta quinta-feira (11) a primeira reunião de trabalho no contexto de um projeto colaborativo que tem por objetivo investigar o impacto da dieta alimentar na microbiota intestinal e sua relação com doenças degenerativas não transmissíveis. O estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é coordenado pela professora Gláucia Pastore, pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, e pelo professor Karsten Kristiansen, da Universidade de Copenhagen.

De acordo com a professora Gláucia Pastore, o projeto reunirá um grupo de 15 pesquisadores brasileiros e dinamarqueses e terá 48 meses de duração. O orçamento é de R$ 3 milhões. A expectativa dos cientistas é grande, como reconhece a pró-reitora de Pesquisa da Unicamp. “Nós esperamos promover desdobramentos acerca de um dos mais intrincados mecanismos relacionados à alimentação, que é o papel exercido pela microbiota intestinal na preservação da saúde”, afirma.

Atualmente, segundo a docente, existem estudos apontando que a microbiota intestinal tem participação no desenvolvimento de diferentes doenças, entre elas o diabetes do tipo 2 e até mesmo a artrose. “Ocorre que esses mecanismos ainda não estão elucidados. Nós pretendemos buscar respostas para alguns deles”, adianta. A professora Gláucia Pastore classificou a parceria entre as duas universidades como muito importante para o avanço do conhecimento na área da ciência da alimentação.

Ela explica que os pesquisadores brasileiros deverão se concentrar nas investigações relativas aos compostos bioativos presentes em frutas tropicais, entre elas as espécies do Cerrado. Já os cientistas dinamarqueses investigarão aspectos relacionados à interação dos alimentos com a microbiota intestinal. “A soma das nossas expertises certamente conferirá tanto dinâmica quanto qualidade aos trabalhos”, considera a pró-reitora de Pesquisa da Unicamp.