Cientistas da Unicamp se
mobilizam contra o Aedes

20/01/2016 - 14:11

Vinte especialistas de diferentes faculdades e institutos da Unicamp e de duas outras instituições participaram na tarde desta terça-feira (19) da terceira reunião organizada pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da Universidade, com o objetivo de traçar ações para o combate ao mosquito Aedes aegypti e às doenças por ele transmitidas: dengue, Chikungunya e zica vírus. No encontro, houve a apresentação de estudos que podem contribuir para o enfrentamento das questões e a definição das áreas de trabalho. “Fiquei impressionada com o que foi apresentado e discutido. Penso que a Unicamp pode dar uma importante contribuição para superar esse sério problema de saúde pública que afeta todo o Brasil”, avaliou a pró-reitora de Pesquisa, professora Gláucia Pastore.

Participaram do encontro biólogos, médicos, farmacêuticos, enfermeiros, químicos, engenheiros químicos e engenheiros de alimentos, entre outros profissionais, todos dispostos a participar da força-tarefa instituída pela Unicamp para combater o Aedes aegypti, vetor das três doenças. Na oportunidade, os professores Elizabeth Bilsland (Instituto de Biologia - IB), Simon Bernhard Cämmerer (Instituto de Química - IQ), Daniel Fábio Kawano (Faculdade de Ciências Farmacêuticas - FCF) e o pesquisador Paulo Roberto Nogueira Carvalho (Instituto de Tecnologia de Alimentos – Ital) falaram sobre seus estudos, que apresentam diferentes abordagens sobre o tema.

Carvalho, por exemplo, falou sobre uma pesquisa inicial sobre o uso do óleo de urucum como repelente contra o mosquito transmissor da dengue, zica e Chikungunya. O pesquisador apresentou uma fração do óleo aos participantes da reunião. “Temos evidências de que o óleo de urucum funciona como repelente de insetos. Entretanto, precisamos da parceria de especialistas de outras áreas para avançarmos nas investigações”, disse.

Após as apresentações, os cientistas definiram as áreas de atuação dentro do grupo de trabalho. Na próxima reunião, marcada para 2 de fevereiro, os participantes já estarão alocados nesses subgrupos. Na ocasião, será estabelecido o papel que cada um desempenhará. A pró-reitora de Pesquisa informou que manteve contato com dirigentes da USP e Unesp, que demonstraram interesse em também integrar a força-tarefa. “Acho fundamental essa interação. Entretanto, antes de ela acontecer, precisamos estruturar completamente o nosso grupo”, ponderou Gláucia Pastore.