Fotógrafa que vive em
Nova Iorque expõe no IFCH

09/10/2015 - 17:08

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Aline Gomes, curadora

Aline Gomes, curadora

Vivien Bittencourt, fotógrafa

Vivien Bittencourt, fotógrafa

Um dos retratos da exposição

Um dos retratos da exposição

Exposição na biblioteca do IFCH

Exposição na biblioteca do IFCH

Diórgenes Araújo visita a exposição

Diórgenes Araújo visita a exposição

Fotografias no espaço do IFCH

Fotografias no espaço do IFCH

Árvores. Essa é a temática principal da exposição “Vivien Bittencourt, fotografias" que começou nesta sexta-feira (9) na Biblioteca Otavio Ianni do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. Sua autora, que leva o mesmo nome, é fotógrafa, historiadora e brasileira, mas reside em Nova Iorque há 29 anos. Suas fotografias poderão ser vistas na biblioteca pelos próximos dois meses. Essa é a quinta exposição de um projeto de mostras que acontecem nesse espaço privilegiado da biblioteca, onde as pessoas circulam. Com curadoria da pós-graduanda do IFCH Aline Gomes, a exposição visa trazer o contato de diferentes técnicas e artistas com o público.

A mostra soma 34 fotografias, grande parte realizadas na década de 1990. São retratos (1989-2005), árvores e imagens de família (dos seus filhos gêmeos e do marido), tendo em primeiro plano as árvores, desta vez as magnólias, feitas em 2006. 

Para ela, que é graduada pela USP, essa é uma grande oportunidade de apresentar os seus trabalhos. Começou cedo. Quando muito jovem, pediu aos seus pais que financiassem sua viagem a Nova Iorque (NY). Foi para lá e conheceu seu marido, que é escritor. Acabou ficando em NY, apesar de relatar que tem grandes recordações do Brasil. 

Vivien gosta muito de fotografias "roubadas" e explica: "acho que as fotos pousadas perdem muito da sua movimentação natural e da sua essência". Tem mais: "sempre prefiri as máquinas analógicas às digitais. Há pouco tempo, passei a apreciar também as digitais".

Ao contar um pouco sobre ela, a artista informou que mora em Chelsea, local em que existem mais de 250 grandes galerias de arte e um grande incentivo profissional. Segundo a fotógrafa, se formam nos EUA mais de 100 mil estudantes em artes por ano. "E a esmagadora maioria opta por iniciar a vida em Nova Iorque. Então convivo em um lugar de grande efervescência e rotatividade da arte”, afirma.

Vivien já fez retratos fotográficos de poetas, músicos e artistas, além de fotografias de árvores e sítios arqueológicos. Também realizou documentários sobre artistas, incluindo os renomados Rudy Burckhardt, Red Grooms, Alex Katz e Kiki Smith. Possui trabalhos na coleção do Colégio Museum of Art, Waterville Colby. Seu documentário Man in the Woods: The Art of Rudy Burckhardt foi exibido na 22ª Montreal Festival Internacional de Filmes sobre Arte (2004) e foi premiado com o Best of Festival. Recebeu prêmio na categoria de Artes da Berkeley Film and Video Festival (2004).

De acordo com Aline Gomes, curadora da exposição, um dos maiores desafios foi fazer com que as fotografias coubessem na biblioteca, depois de promover um recorte do material e organizar as obras que melhor cairiam no espaço da biblioteca. “Fiquei muito satisfeita com o resultado do trabalho e agradeço a minha primeira oportunidade de fazer essa curadoria, por incentivo do professor Jorge Coli”, ressaltou. “Apreciei em particular as fotos das magnólias e uma das etapas mais relevantes foi o meu contato com a fotógrafa. Com base nisso, ficou mais fácil visualizar todo o trabalho.”

O aluno Diórgenes Araújo, visitante da exposição, enfatiza que achou muito interessante as fotografias dos filhos da artista. "Eles estavam em contato com a natureza e apareceram muito naturalmente: usufruindo da natureza ao seu máximo, sem animosidade”, frisa. 

Conheça algumas obras da artista.