Seminário Internacional Paulo Freire
discute "Vivências" em sua 13ª edição

01/09/2015 - 15:51

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Abertura do Seminário Internacional

Abertura do Seminário Internacional

Francisco Genezio Lima de Mesquita

Francisco Genezio Lima de Mesquita

Gláucia Pastore: atualidade das ideias de Freire

Gláucia Pastore: atualidade das ideias de Freire

Luis Alberto Magna

Luis Alberto Magna

Crósta: compromisso com ideais da educação popular

Crósta: compromisso com ideais da educação popular

Participação de diversos segmentos

Participação de diversos segmentos

Juliano Melo, da Prefeitura de Campinas

Juliano Melo, da Prefeitura de Campinas

Mais do que nunca os pensamentos do educador Paulo Freire precisam ser revisitados. Sobretudo no momento atual do país, no qual o respeito às diferenças parece ameaçado por discursos extremistas. Freire tinha como base e princípio o olhar para o outro e a diversidade. Por esta razão o XIII Seminário Internacional Paulo Freire, realizado anualmente na Unicamp, traz nesta edição o tema “Educação e Reflexão Freiriana: Vivências” e reúne tantas “tribos” diferentes homenageando ao mesmo tempo a cultura de rua, com o hip hop, e os povos indígenas, representados por um integrante da etnia Ticuna. A abertura ocorreu nesta terça-feira (1) no Centro de Convenções da Unicamp.

“A Unicamp tem um compromisso com os ideais da educação, principalmente da educação popular e ninguém melhor do que Paulo Freire para simbolizar e representar esse compromisso”, salientou o coordenador geral da Universidade, professor Alvaro Penteado Crósta, presente na mesa de abertura. Além do docente, dividiram a palavra a pró-reitora de Pesquisa, professora Gláucia Maria Pastore; o pró-reitor de Graduação, Luís Alberto Magna; o organizador do Seminário, Francisco Genezio Lima de Mesquita; o coordenador do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) da Unicamp, Edison Lins; a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Margarida Barbosa; e dirigentes de ensino, além de José Nazario, que é representante indígena.

Para a pró-reitora Gláucia Pastore a discussão sobre a obra de Paulo Freire é fundamental na atualidade também porque “este é um momento no qual se discute novamente as bases da educação, a confrontação da realidade brasileira, como você a modifica através de um instrumento tão potente quanto a educação”. A Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) ajudou com a organização e deu apoio à realização desta edição do seminário. “Estamos honrados em ter dado acolhida a essa iniciativa do Genezio que é um batalhador imenso da obra de Paulo Freire. O momento é de reflexão, reflexão para uma ação”, frisou.

Luís Alberto Magna também comentou sobre o papel da educação no respeito à diversidade. “A educação é a única maneira que a humanidade descobriu de aproximar as pessoas e reduzir as diferenças; e Paulo Freire produziu uma obra essencial porque ela tem balizado o papel e a atuação dos educadores”, ressaltou o pró-reitor de Graduação.

Genezio Lima explicou que a escolha do tema “Educação e Reflexão Freiriana: Vivências” tem relação com a abertura do seminário à pessoas de vários segmentos. “Reunimos jovens, pessoas com diferentes vivências. A idéia é propor uma reflexão de como se relacionar com as pessoas de todas as classes e etnias, entre elas a etnia indígena, este ano representada aqui." O organizador também ressaltou que os convidados dos debates são pessoas que conviveram com o educador. “A Universidade está empenhada no projeto de continuar disseminando a ideia de Paulo Freire”, comemorou. O evento segue até quarta-feira (2), quando haverá na Praça da Paz da Unicamp o Festival Hip Hop Dança de Rua.